sábado, 29 de dezembro de 2018

O respeito do líder


 “As pessoas não querem um chefe amigo. Querem um líder que as ajude a alcançar metas." A frase é do empresário Brian Scudamore que publicou um artigo no site Inc.com que teve boa repercussão entre colunistas de diversas revistas, como a Época Negócios. O autor conta como pode-se fracassar ao tentar ser um “chefe legal”, e deixou dicas para uma liderança efetiva, comentadas brevemente neste espaço.
          Brian afirma que as pessoas não querem que seu chefe seja seu melhor amigo, pois elas “querem um líder que apoie seu sucesso e as ajude a conquistar suas metas”. De acordo com o empresário, é melhor ser um chefe que todos respeitam do que um amigo de toda a equipe. Brian afirma que chegou a essa conclusão depois de tentar “ser um chefe legal e criar um ambiente divertido para o trabalho” no começo do seu negócio. “Meus esforços saíram pela culatra: toda vez algo dava errado. Era quase impossível dizer aos meus ‘amigos’ que eles estavam falhando”, diz o empresário. “Percebi que não os conduzi ao sucesso. Agindo primeiramente como amigo, falhei em ser o bom líder que eles precisavam”. Ele diz que percebeu que as pessoas realmente precisam de um chefe honesto e respeitoso, que trate a todos com imparcialidade, equidade e que dê feedbacks úteis. Com a experiência de ter experimentado diferentes formas de liderar as equipes da sua empresa Scudamore escreveu quatro dicas para ser um líder efetivo:
1. Estabeleça limites – Considerando que se passa a maior parte útil do dia no trabalho é natural criar um relacionamento com os colegas, mas é preciso definir limites desde o primeiro dia. O bom ambiente  de trabalho é casual com líderes acessíveis, mantendo avaliações regulares para entender o que está e o que não está funcionando. “Interações com os subordinados diretos devem ser sempre tratadas com profissionalismo e integridade”, sugere Brian.
2. Evite o favoritismo - É muito importante que não se crie alguma espécie de “favoritismo” nas equipes, isto porque os membros de um time que sentem que alguém está tendo um tratamento especial, perdem o respeito pela autoridade. O líder precisa ser objetivo mantendo todos “remando juntos”. Quando todos são cobrados e orientados da mesma forma se estabelece uma fonte de amparo para qualquer conflito que surja.
3. Ajude subordinados a definir e alcançar suas metas – Gerentes, Diretores, Executivos que ajudam suas equipes a definir e alcançar suas metas têm times mais engajados, produtivos e criativos. Realizar reuniões semanais para definir e revisar metas, discutir a melhor solução para os problemas que aparecem é o que assegura aos bons chefes que estejam “de olho” no que está acontecendo e ainda, que os times estão recebendo o suporte de que precisam.
4. Conquiste o respeito de sua equipe – O empresário afirma que é melhor ser um chefe respeitoso e respeitado do que ser o camarada de todo mundo. “Há um equívoco de que sua equipe vai te odiar se você não pegar leve com eles. Na verdade, ser um frouxo prejudica a lealdade do empregado e reduz sua produtividade” afirma Scudamore.
Um bom líder precisa saber quando é hora de relaxar e quando é hora de trabalhar duro, e transmitir isso para a equipe. Quem encontrar este equilíbrio certamente terá uma boa equipe e com sorte, a gratidão de quem colherá os resultados a longo prazo.
Desejando uma melhor liderança e um melhor desempenho nos negócios dos amigos leitores, desejo um próspero 2019 a todos!

sábado, 22 de dezembro de 2018

A nova economia e a colaboração


Diferentemente do que pensam alguns, o futuro não está exatamente a nossa espera e a sua construção demanda mais do que trabalho e dedicação. É preciso haver ruptura com a forma de ver e fazer aquilo que já se sabe que gera resultados indesejáveis.
Diante da reconfiguração de cenários políticos, econômicos e sociais no planeta, é cada vez mais clara a percepção de que esse início de milênio demarca um importante momento de transição na história da humanidade, redefinindo velhos conceitos e fazendo emergir novos hábitos, transformando pouco a pouco a maneira de pensar e agir. Entre outras coisas, isso significa produzir, negociar e consumir, nesta cadeia que orienta nossa sobrevivência, de formas diferentes.
O pesquisador Danny Quah, da Escola de Economia e Política de Londres diz que a era do conhecimento começou há bem mais tempo e que com a difusão, o acesso e a escalabilidade,  começamos a viver a “economia leve”. Isso significa algo como a desmaterialização dos mercados, ou pelo menos a redução do “peso” daquilo que é material, sobre o restante. Assim temos economias podendo ser mais produtivas e abrangentes, com menores efeitos colaterais sobre o planeta.
Por trás das tecnologias, entretanto, o grande motor das mudanças são as ideias e ações que dão sentido e utilidade aos instrumentos. A nova economia já deu amostras muito fortes do seu caráter colaborativo. Esta nova era permite que as pessoas participem da economia como nunca foi possível em outros períodos da história. Novas formas de colaboração em massa estão mudando a maneira como bens e serviços são criados, produzidos, distribuídos e comercializados globalmente.
Entendendo o poder que tem, as pessoas não aceitam mais simplesmente ser uma massa capaz de potencializar as possibilidades favoráveis aos interesses das marcas. Eles querem se sentir donos e querem o direito de produzir, desconstruir, fundir e compartilhar. Veremos como cenário mais bem definido para o sucesso aquilo que tiver ampla participação das pessoas, na criação, produção, distribuição, organização. O autor Pierre Lévy, neste sentido, afirma que é preciso mais valorização técnica, econômica, jurídica e humana de uma inteligência distribuída por toda a parte, e que assim, pode-se desencadear uma dinâmica positiva de reconhecimento e mobilização de diferentes competências.
A colaboração e participação têm desenvolvido os mais diferentes setores. O egoísmo, o individualismo, o protagonismo de um só, que muitas vezes são frutos de arrogância, vão perdendo espaço, mercado e prestígio para as iniciativas colaborativas, com grande participação de usuários, fornecedores, proprietários, produtores.
Quando fizer seus desejos para o próximo ano, lembre que o futuro não está pronto, precisa ser construído e o caminho é a colaboração entre os diferentes.
O desejo de um Feliz e Abençoado Natal aos amigos leitores e suas famílias!
Um abraço e até a próxima!

domingo, 16 de dezembro de 2018

Prepare-se para amanhã


Por vezes me parece que se fala muito de futuro e se faz tão pouco por ele. Para alguns o futuro pode parecer distante, mas depois dos vinte e poucos anos de idade o futuro chega tão rápido, que é melhor falar em amanhã.
Preparar-se para o futuro, ou para amanhã na sociedade líquida em que quase tudo parece nos escorrer por entre os dedos em pouco tempo, é talvez uma das maiores preocupações e portanto um dos maiores desafios quando se pensa no futuro.
        O trabalho e os negócios tão rapidamente e não é só pela tecnologia, mas pela evolução da forma de pensar das pessoas enquanto consumidores, fornecedores e executivos de empresas. Assim, surgem novos postos de trabalho com atividades bem diferentes do que existia antes, reduzem-se postos de trabalho de quem não evolui no ritmo e na diversidade das formas de pensar e agir na modernidade. Como as famílias e as escolas podem auxiliar os estudantes no desenvolvimento destas competências?
    De acordo com uma pesquisa da Pew Research Center, 90% dos líderes entrevistados disse que as habilidades de comunicação são vitais para o sucesso profissional e pessoal. Estimular o aprendizado de uma boa comunicação escrita, oral, apresentação pessoal, linguagem, abordagem, idiomas, bem como a melhoria das relações interpessoais é essencial e um dos mais importantes investimentos, independente da idade.
Um estudo realizado pela Pearson concluiu que os estudantes que pensam criticamente têm maior sucesso tanto no ambiente acadêmico, no campo pessoal, quanto no mundo do trabalho. Estimular as pessoas que estão próximas a focar na solução de problemas que surgem tanto em casa, ou na escola e nas empresas desenvolve competências de resolução de problemas o que é fundamental para nossos dias. A capacidade de enxergar crítica e sistemicamente um problema, avaliar, tirar conclusões lógicas e propor encaminhamentos e soluções tende a ser cada vez mais valorizado. Da mesma forma, quem vê problema em tudo, reclama e não é propositivo, tende a ficar com menos espaço de trabalho, independente da formação.
A pesquisa da Pearson corrobora com muito do que vem sendo estudado e publicado sobre as competências necessárias na visão de futuro do mundo do trabalho. Criatividade e inovação já vêm se apresentando há tempos como destaque nos perfis profissionais mais proeminentes. A capacidade de ter iniciativas, inovar, gerar ideias novas e úteis na solução de problemas será fundamental na seleção para vagas de empregos, e ainda mais importantes na busca por sócios, parceiros de negócios, executivos, coordenadores de setores, e profissionais que todos querem ter consigo. São pessoas a quem se confia o futuro para adaptar e formular soluções eficazes para os problemas do mundo real.
A capacidade de trabalhar bem em equipes colaborativas é vital no mercado de trabalho atual e futuro. Os pais que estimulam atividades colaborativas em casa, os professores que criam aulas colaborativas preparam melhor os jovens para o sucesso em qualquer carreira que se queira desenvolver, melhorando perspectivas de emprego e as possibilidades de avançar em suas carreiras.
Uma pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial mostra que as 10 principais competências para 2020, por ordem serão: Solução de problemas complexos; Pensamento crítico; Criatividade; Gerenciamento de pessoas; Colaboração com os outros membros das equipes; Inteligência emocional; Capacidade de avaliar e tomar decisões; Orientar-se pelos serviços; Habilidades de negociação; Flexibilidade cognitiva, que também pode ser entendida como a capacidade de aprender a aprender e mudar conceitos próprios anteriormente estabelecidos.
Comunicação, solução de problemas, pensamento crítico, criatividade, inovação, colaboração, liderança, negociação, relacionamento e adaptabilidade são competências que independentemente da idade, profissão, profissão, ou lugar em que se estiver, é preciso desenvolver para melhorar o que está ao redor.
Um abraço e até a próxima!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Pare de reclamar


Pare de reclamar e transforme seus problemas em grandes chances de melhores negócios!
Pense na energia que é gasta para reclamar, resmungar, xingar, esbravejar sobre os problemas que vão surgindo ao longo dos dias. Agora imagine se fosse possível canalizar esta energia para a solução dos problemas, para a criatividade, inovação e novos negócios. Seria bem diferente, não é mesmo? Pense no tempo gasto e no desvio de foco e atenção com as reclamações e lamentações. Então, mãos... melhor: mente a obra!
Parece que muitos não preparados mentalmente para transformar os problemas em soluções e nem para visualizar aquilo que não está escancarado em na frente, mas não é com todas as pessoas que ocorre isso. Enquanto muita gente reclama, outros tantos, enxergam oportunidades nas reclamações e transformam pequenas ou médias crises em oportunidades para melhorias e prosperidade. Qualquer um pode fazer isso, pois enxergar um problema, ou uma oportunidade é uma questão de escolha diante de cada situação. É uma decisão pessoal a forma de agir com o que aparece em sua frente.
Diante das questões mais complexas algumas dicas sempre são importantes. Então, pesquisar sobre casos semelhantes e como foram solucionados é algo que está ao alcance de todos. Mesmo no caso de problemas bem difíceis, é quase impossível que alguém já não tenha enfrentado e que alguns já tenham encontrado soluções que podem ser adaptadas a sua realidade. Outra dica importante é não seguir passivamente os aprendizados sem levar em conta as mudanças rápidas que ocorreram e as peculiaridades de cada caso. É preciso avaliar se os padrões tidos como corretos e aceitáveis ainda estão valendo com o que mudou nos últimos tempos.
Muita gente confunde inovação com invenção. Invenção tem mais a ver com produtos imaginativos que podem não resolver o problema. Inovação é fazer melhor do que era antes. Para isso é preciso mais flexibilidade, que é uma caraterística daquelas pessoas que conseguem mudar de opinião e de direção, conforme recebe mais informações e leituras de cenários.
Estar realmente presente de corpo, mente e espírito num lugar é importante para ter mais clareza das situações e assim enxergar as oportunidades. A atenção plena facilita o encontro das soluções. Toda a organização passa por dificuldades e muitos não conseguem manter o equilíbrio quando os problemas começam a se acumular. Se há uma tempestade lá fora, é preciso ter maior resistência dentro da casa para suportar o mau tempo e mais rapidamente poder reagir e arrumar tudo, quando a tempestade passar.
Antecipar soluções aos problemas que podem ocorrer é saudável para a equipe, gera segurança e exercita o planejamento, preparando os diversos setores e pessoas para quando e se ocorrer determinada dificuldade.
Quem ama o que faz tem mais facilidade em encontrar soluções, se dedicar mais e ser criativo para encontrar saídas antes dos concorrentes. Embora seja muito comum falar isso, mas acreditar na capacidade dos executivos, da equipe e do conjunto, vai criando um espírito de equipe, com crença na capacidade de superação, que faz uma grande diferença.
Pare de reclamar! Primeiro porque não é o momento, segundo, porque não vai resolver nada, terceiro porque vai tirar sua energia, quarto porque vai tirar a energia e a motivação de quem está contigo e quinto porque esta energia pode ser canalizada para transformar os problemas em resultados que darão muita satisfação a todos!
Um abraço e até a próxima!

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