sexta-feira, 24 de abril de 2020

Hora de valorizar o local


          Nos últimos anos as administrações municipais e entidades do setor empresarial tem feito pedidos e campanhas para valorizar o que é produzido e vendido local e micro regionalmente. Todavia, chegamos no momento em que mais do que nunca é importante valorizar o trabalho, a prestação de serviços, a produção, o comércio local e micro regional.
A manutenção do emprego de um familiar e aquela vaga de emprego que seu filho, está procurando, podem ser garantidas ou não pelos negócios locais e micro regionais. Quem compra em outras cidades e na internet deveria esperar que seus empregos e de sua família fosse garantido por empresas destes locais. Os tributos referentes a estas compras, que gerariam a receita que falta para a Prefeitura fazer as obras que você e os vizinhos consideram importantes e necessárias para uma vida melhor, tem ido para os cofres das grandes cidades, sedes dos centros comerciais físicos e on line.
Se você quer a cidade mais limpa, com mais saúde, melhores ruas e estradas, mais empresas, mais empregos, mais renda, a ação mais importante que você tem a fazer é mobilizar amigos, vizinhos colegas para valorizar, prestigiando a produção, o comércio, a prestação de serviços e o trabalho local.
Mais de que nunca, é hora de valorizar o que é local.
O que é do Brasil, feito pelo brasileiros, o que é feito no seu Estado, na sua região, no seu município, na sua comunidade deve ter muito mais valor da sua família e amigos. As doações, a solidariedade, a ajuda aos hospitais, aos profissionais da saúde, aos mais necessitados, vieram de onde? As pessoas que integram as diretorias das associações que cuidam da saúde, da economia, da espiritualidade, do bem estar, segurança e conforto da sua comunidade integram as empresas, cooperativas e instituições locais. Lembrem-se que não são as pessoas daquelas empresas da internet que estão no dia a dia doando seu tempo e recursos para ajudar lar de idosos, orfanatos, APAEs, entidades carentes.
Na compra de produtos que se tornaram disputados pela grande demanda mundial, cada país tentou salvar a sua população, cada nação busca cuidar da sua gente de todas as formas. Da sua gente, não de quem compra seus produtos. Precisamos ter isso presente ao decidir pela compra de cada peça de roupa, calçado, acessório, bebidas, alimentos, olhando bem o rótulo, a etiqueta e analisando os empregos de quem vamos manter.
Já publiquei nesta coluna o percentual de pessoal ocupado nas cidades sedes dos jornais em que esta coluna circula e vimos que gira entre 10 e 35% da população. Os empregos e a renda gerada por no máximo 1/3 da população, vem em grande parte dos negócios locais. A comida local, os pontos turísticos locais e micro regionais, o artesanato, os artistas, os dentistas, os médicos, as escolas, as faculdades, as lojas, os produtos coloniais, os produtos fabricados na sua cidade e micro região nunca foram tão importantes para a sua vida e a vida da comunidade quanto agora.
É hora do servidor público, que tem a renda preservada e garantida, bem como todas as muitas pessoas da iniciativa privada que não teve redução de renda, manter os pagamentos de todos os serviços contratados, e promover ações colaborativas e solidárias. Não é hora de levar vantagem, de pressionar, principalmente entidades e empresas que já enfrentavam dificuldades e agora mais do que nunca precisam de ajuda.
É hora das empresas que estão bem estruturadas, prestigiarem os pequenos produtores locais e micro regionais, que conhecem, podem confiar, que sabem onde estão e podem dar boas respostas. Certamente não estão tão bem estruturados e profissionalizados quanto os das outras cidades, mas certamente sua empresa pode fazer um esforço a mais para prepará-los para serem seus fornecedores. É hora de pensar na manutenção da estrutura econômica local de todas as formas, e em todos os aspectos.
            Para viver em comunidade, com saúde, segurança e bem estar precisamos de muito mais compromisso com os que estão ao nosso redor.
Um abraço, desejando que Deus nos ilumine em nossas decisões sempre!

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Problemas geram oportunidades


                Creio que todos os amigos leitores já ouviram e leram bastante ao longo dos anos, que as crises e os problemas, são também oportunidades e trazem alguns benefícios. Deste modo, com as crises que estamos vivendo na saúde e na economia, precisamos atentar para os benefícios, aprendizados e oportunidades geradas por elas.
                Para perceber oportunidades precisamos ter olhos para o que é novo e de certa forma, inesperado. É certo que vamos superar a crise sanitária, pois temos muito mais estrutura de saúde, conhecimento e cientistas, do que nas pandemias dos séculos passados. A solução da saúde é uma questão de tempo. Todavia, quanto aos hábitos, tanto de convivência, quanto de consumo, a situação econômica, os negócios, me parece certo que teremos muitas mudanças pela frente. Falo de mudanças que ainda não estão prontas, mas que estão nascendo na mente de muita gente, inclusive de quem está lendo este texto.
                Me parece inevitável uma recessão econômica a partir da imposição do distanciamento e isolamento social como medida para retardar o contágio da maior parte da população no mesmo período. Todavia, quando todas as atividades econômicas estiverem na ativa juntas e ao mesmo tempo, buscando recuperar o atraso, os indicadores econômicos retornarão ao positivo e com força. Precisamos então, prestar mais atenção naquelas mudanças que provocam reestruturações de longo prazo.
                Ficando em casa para trabalhar, estudar, tempo livre e tudo mais, as pessoas estão usando a internet e o smartphone para tudo o que é possível imaginar, passando muitas ações de experimentos para realidade em nossos lares e empresas em poucos dias.
Só no campo da comunicação já é fácil imaginar importantes mudanças nos próximos dois a três anos, que afetarão os relacionamentos em todo o planeta. É certo que antes de agendar viagens para reuniões, pensaremos algumas vezes, se não é melhor fazer uma reunião on line na segurança, conforto e praticidade de nossas casas e empresas, do que viajar mais horas do que o tempo da reunião. Embora essas tecnologias já estivessem disponíveis há muito tempo, nossos hábitos ainda exigiam presencialidade em quase tudo. Por necessidade, imposição, sem muita escolha, as pessoas estão se adaptando ao uso da tecnologia para intercomunicação e embora alguns estão incomodados, muitos estão gostando dessa experiência. Quantas oportunidades surgem só neste campo?
Para cada um de nós e a imensa maioria das pessoas do planeta, durante muito tempo será inevitável refletir sobre a presença em grandes aglomerações, seja em shows, filas, festas, e outros, não só em locais que poderiam ser alvo de ataques terroristas. Um novo momento para o turismo, entretenimento, cultura, eventos, comemorações, atividades religiosas se aproxima, oportunizando reinventar atividades com opções que ainda não foram exploradas.
                É certo que a população mundial independente de país, cultura, etnia, clima, vai cuidar mais da higiene pessoal e de suas casas, assim como cobrará mais ações sanitárias, prevenção, limpeza de ambientes empresariais e públicos, investimentos na saúde, dentre outros. Laboratórios, indústrias farmacêuticas, planos de saúde, veem uma perspectiva de crescimento econômico muito forte em todo o mundo, seja com testes, vacinas, novos medicamentos e a proteção da saúde em geral. 
                Creio que as relações comerciais internacionais terão uma dinâmica diferente, de mais proteção, respeito, identificação de alternativas, a partir do que está ocorrendo na pandemia. A flexibilidade nas relações trabalhistas, é outra tendência que deve abranger todos os lugares do planeta. A flexibilização das relações comerciais, trabalhistas, fiscais, e outras deve estar presente em todas as novas tratativas que surgirem a partir de agora e para muito tempo.
                Durante um tempo o universo nos mostrou possibilidades para os reinventarmos, mas agora fomos forçados a nos reinventar de um dia para o outro, nos adaptando à novas realidades e assim, continuamos aprendendo. É o lado bom da crise!
                Um abraço! Com o desejo de que Deus nos proteja e ilumine em nossas decisões!

quarta-feira, 8 de abril de 2020

10 ideias para negócios na pandemia

     Uma das preocupações que mais cresce com a crise da pandemia, além da prevenção da doença, é claro, é a renda, empregos, manutenção dos pequenos negócios e economia local. Por este motivo, traço algumas ideias para manter os negócios neste período.
     1ª - Pare de compartilhar notícias ruins e fake news! Listo 5 motivos para parar com esta prática: 1- Se é difícil vender e motivar colaboradores e clientes em tempos normais, as notícias ruins espalhadas nas redes só desmotivam e reduzem novas compras e gastos. 2- Os canais de TV e as redes sociais já tem notícias ruins em grandes volumes e as pessoas não precisam de mais do mesmo, para piorar o clima. 3- As pessoas já não sabem o que fazer com as divergências das autoridades a respeito da pandemia, não precisam que você espalhe mais fake news para atrapalhar mais. 4- Os gestores das redes sociais estão divulgando o aumento das mensagens distribuídas por robôs eletrônicos contratados para espalhar notícias falsas e de interesse de grupos políticos, não precisam de você para isso. 5- Ao compartilhar notícias falsas e notícias ruins, você liga estas com a sua imagem pessoal e profissional.
     2ª - Se estamos com dificuldades de planejar e decidir sobre os nossos negócios, que são menos complexos que um município, um estado ou o país, precisamos tentar imaginar o nível de dificuldade dos Prefeitos, Governadores, e Presidente ao tentar conciliar todos os interesses e públicos envolvidos e ainda administrar a fortíssima pressão dos mais diferentes grupos. Sabe-se que quanto mais pressão, maior a probabilidade de medidas precipitadas e equivocadas. Coloque-se no lugar das autoridades, tendo que decidir rapidamente e mediante a todas as informações que chegam.
     3ª – Troque as culpas aos outros, pelas atitudes em favor do seu negócio e da sua comunidade. Em meio a uma pandemia que atingiu todos os países, todas as comunidades do planeta, o que salva vidas, empregos e economia são atitudes pró-ativas e positivas. Culpar os outros só atrapalha, desmotiva e deixa tudo pior do que já está.
     4ª – Coloque sua energia ociosa em trabalhos voluntários, tanto para ajudar os serviços e profissionais da saúde, quanto para auxiliar os pequenos negócios, prestadores de serviços e pessoas da sua comunidade. Muitas coisas podem ser feitas com o uso do telefone, redes sociais, email, em casa, ou outros lugares sem aglomerações.
     5ª – Estimule na sua empresa e os empresários das suas relações para todas as formas de vendas não presenciais como venda por telefone, anúncios em redes sociais, aplicativo de vendas, market places locais ou nacionais, site próprio, sites de associações, dentre outros.
     6ª – As pessoas não vão sair de casa no mesmo volume que saiam antes, mesmo que todos os estabelecimentos pudessem abrir livremente. Crie toda a conveniência possível, como tele entregas, encomendas, e outras ações para as pessoas comprarem da sua empresa, sem sair de casa.
     7ª – A Páscoa chegou e é a 3ª maior em consumo/compras. Reflita sobre o que a sua empresa fez ou está fazendo para estimular as vendas dos seus produtos como presentes, decoração, alimentação e outros para aproveitar o estímulo desta semana. Pesquise sobre o que pode ser feito de diferente.
     8ª – Os municípios, o Estado, as autarquias, e outros órgãos públicos continuam com licitações abertas e abrindo novas, para atender as necessidades de sempre e também as demandas da pandemia. Os entes públicos pagam no momento combinado em contrato e o dinheiro fica na comunidade, potencializando a economia local. A apresentação da documentação dá um pouco de trabalho além da venda ao consumidor, mas é uma forma de venda que pode fazer muita diferença neste momento.
    9ª – Estimule o cliente a comprar, dando ideias, mostrando imagens dos produtos pelas diversas formas possíveis com as ferramentas da internet. Com as pessoas muito mais tempo em casa, ideias de artigos de decoração podem inspirar pessoas a comprar. O mesmo vale para utensílios domésticos, com as pessoas fazendo comida e limpando a casa juntos.
     10ª – Inspire o “faça você mesmo” com ideias de produtos para artesanato, marcenaria, ferramentas para concertos e cuidados com o veículo e casas, que podem ser feitas por quem está em casa.     
      Muita força e criatividade nesta hora! Um abraço e até a próxima!      

sábado, 4 de abril de 2020

Hora de pensar grande


   
          Os prédios de escolas, faculdades e muitas empresas praticamente vazios, restaurantes e bares fechados e as ruas com pouco movimento, geram cenários para aquela música do Raul “o dia em que a terra parou...”. Por outro lado, o movimento nas mídias sociais, aumentou significativamente e quanta informação! Um absurdo em repetições do mesmo assunto, e de outro lado, uma pandemia de fake news de todo o tipo, o que atrapalha ainda mais.
Governos Federal e Estaduais se apresentam na mídia muito mais preocupados com disputas político-partidárias do que com saúde, economia, que em outras palavras quer dizer a minha e a sua vida. Diferente do que alguns vêm pregando, sobre uma disputa entre saúde X economia, entendo que há uma disputa entre os que colocam política partidária em tudo X àqueles que querem resolver problemas reais das pessoas. Infelizmente vemos uma disputa de espaço entre os que querem aproveitar todos os momentos possíveis para atrair atenção X aqueles que querem salvar vidas, proteger a saúde, proteger os negócios locais, garantir a renda das pessoas, que é o que sustenta quase tudo, na saúde e na doença. Falo de gente que trabalha, que emprega, que paga imposto, que paga as contas, que cuida de si e de quem pode, que é solidária, que sabe que não adianta esperar pelos governos, que parecem não lembrar deles.
Depois de 4 a 5 anos de recessão e estagnação econômica, a redução do movimento, das vendas e até a paralização de muitos negócios como medida de prevenção a pandemia gera enormes preocupações, com toda a razão de ser, pelos maus resultados que já começam a aparecer.
Creio que mais do que nunca, é hora de pensar grande! Reclamando ou não da pandemia, culpando outros países, outros líderes pela tragédia anunciada não vai amenizar nem desviar os efeitos. Reclamar dos outros só tira atenção e energia do foco que todos deveríamos ter, que é como vamos nos salvar da pandemia, considerando tanto a doença em si, como seus efeitos na redução das vendas, da produção, faturamento, tributos e outros.
São necessários outros olhares, outras ações, outras opções, outro foco! Mais do que nunca é preciso pensar grande para cooperar, e não competir, na busca de resultados.
Que tal engajar-se pela internet, no apoio aos hospitais e lares dos idosos com máscaras, aventais, produtos para desinfecção e outros equipamentos para o trabalho dos profissionais que lá trabalham?
Mesmo de sua casa você pode ajudar as ações para estimular as vendas dos negócios locais na sua cidade, ou mais perto de você?
Fale com a família, amigos, colegas para manter o pagamento dos prestadores de serviços como jardineiras/os, faxineiras/os, piscineiras/os, pintores/as, eletricistas, lavadores de automóveis, e outros serviços das suas casas e empresas, mesmo que em função das ações de distanciamento social os tenham dispensado.
Inspire-se nas boas ideias como a criação de vouchers/bônus vendidos/comprados onde o cliente/consumidor paga agora e usa o serviço depois da volta ao normal de restaurantes, bares, artistas, salões de beleza, barbearias, dentistas, e outros que estão com muita dificuldade para receber clientes agora, mas que precisam seguir pagando, aluguel, empregados, energia, água, tributos.
As associações, sindicatos, e outros grupos, poderiam estar mais focados em promover vendas de bens de consumo, bens duráveis e serviços locais com o uso de aplicativos mobile, sites, televendas, integrando com tele entregas, incluindo aí os aplicativos de mobilidade, taxistas, freteiros, motoboys, todos com muita necessidade de geração de renda. 
As licitações públicas que ocorrem no seu município e municípios vizinhos representam grandes oportunidades de vendas com garantia de pagamento.
Quem tem um número expressivo de imóveis comerciais locados pode abrir mão de 2 a 3 meses de aluguel, pensando em garantir o inquilino para os próximos anos.
Enfim, pense grande, para sairmos desta juntos e mais fortes!
Um abraço e até a próxima! 

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