sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Criatividade e inovação

 




                A inovação finalmente entrou na pauta de governos, políticas públicas e na “moda” no Brasil e já pode-se ver resultados com a melhora da posição no ranking do Índice Global de Inovação, onde o país ainda tem muito a avançar. Os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina demoraram para criar programas estruturantes de inovação, mas já aparecem como o 5º e o 6º, Estados respectivamente, com mais inovação no país.

Globalmente os países mais inovadores são Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Finlândia, Singapura, Alemanha, Israel e Coreia do Sul. Entender como chegaram ao topo da lista é fundamental e um ponto em comum em todos os casos é o estímulo à criatividade e o desafio ao aprimoramento da inteligência dos envolvidos. Nestes países, criatividade e inovação está envolvida com a cultura, com a forma de agir de pessoas e organizações, há muitos anos.

            "Criatividade não é um talento. É uma forma de agir", conforme a frase célebre de John Cleese. Sabe-se que o QI (Quociente de Inteligência) não é garantia de um trabalho de sucesso, nem de prosperidade, que são influenciados mais pela criatividade, do que pela inteligência. Gênios reconhecidos pela sua criatividade são capazes de reunir elementos aparentemente contraditórios de forma incomum e inesperada. A análise mostra que apesar de cada um ter seu estilo e seu método Wolfgang Amadeus Mozart, Albert Einstein e Pablo Picasso, tinham características em comum para expressar a criatividade em suas respectivas artes. Mais do que inteligência e criatividade, ao ler suas biografias, fica claro que eles tinham a determinação necessária para dominar suas áreas, o que fez toda a diferença na vida e na obra de cada um.

Determinação é um fator que aparece com muita frequência nas pesquisas sobre sucesso pessoal e profissional, especialmente ligados a inovação e criatividade. Determinação pode ser muitas vezes tão ou mais importante que o talento pessoal para determinada atividade. É bastante comum os casos de pessoas muito talentosas, que ao não seguir aperfeiçoando suas competências, tem carreiras curtas e são superados por outros com mais determinação.

Os gênios, do passado e do presente, podem ser analisados e reconhecidos pela perseverança, concentração e foco absoluto naquilo que eles querem fazer de melhor. Dedicação acima da média parece ser pré-requisito ao status de gênio numa profissão, arte, esporte, função, ou posição. Einstein, por exemplo, tinha uma inteligência altíssima, mas diversos indicativos mostram que ele amava e era obcecado em buscar a sua teoria da relatividade, estando sempre curioso e disposto a estudar ideias novas e radicais.

Criatividade e inovação são alcançadas com determinação, dedicação, esforços em longos períodos focados naquilo em que se acredita. Também é preciso ter a coragem suficiente para abraçar o desconhecido, abrindo novos caminhos e formas de pensar. A disposição para arriscar-se, deixar o conforto da forma de fazer e pensar é fator chave para ações criativas e inovadoras. O ápice de uma carreira dificilmente é alcançado sem risco e sem lidar com o que ainda não conhece.

Arriscar mais para ter melhores resultados está presente nas ações dos que são considerados gênios da criatividade e inovação ao longo da história como Einstein, Mozart, Picasso, dentre outros, que valorizaram seus processos de trabalho, tanto quanto os resultados, pois viam os obstáculos para aprender, criar, inventar e fazer algo além, como oportunidades para conseguir progredir mais a cada dia. Uma declaração conhecida de Einstein é "Eu não tenho nenhum talento especial. Sou apenas alguém profundamente curioso." Outra revelação foi feita por Mozart quando disse que as pessoas pensam que era fácil para ele, mas que no entanto, ele dedicava-se muito mais tempo numa composição do que todos os demais músicos que ele conhecia.

Determinação e curiosidade são componentes que acompanham os gênios da inovação e criatividade, há séculos. Vamos aprender com eles.

                Um abraço e até a próxima!

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Como você percebe as coisas ao seu redor?



O modo de ver as coisas afeta diretamente a percepção e portanto o conceito particular sobre tudo o que rodeia cada um de nós. Por isso antes de alterar alguma situação da vida pessoal, profissional, ou ainda da empresa cidade ou país, é preciso entender a percepção dos outros a respeito. Muitas vezes é possível obter melhores resultados ao agir sobre a percepção sobre determinada situação, do que mudar, reformar, comprar, reestruturar. 

Quando se olha para o que se tem, o que é positivo na empresa, na cidade, ao redor, é possível perceber que há muito. Quando olha-se para o que não se tem, o que falta, fica-se com sensação de que falta muito e o tempo todo. Ao dar muito mais atenção ao que se consegue, nos resultados positivos, mesmo que pequenos, a tendência é a maior satisfação com o que se vive e se faz, enquanto que os que dão mais atenção ao que não tem e ao que não conseguem, o muito não é o suficiente. 

Gostar do que se tem, não significa acomodar-se na situação atual, mas estruturar-se  para evoluir, desenvolver e poder criar mais coisas boas na vida. Trata-se de aprender a valorizar o que se tem, o que foi conseguido até então, ao invés de desejar o que não se tem. Friedrich Nietzsche, consagrado filósofo e escritor alemão lembrava que “Tudo é precioso para aquele que foi, por muito tempo, privado de tudo!”. Quem tem pouco e valoriza este pouco, está mesmo que inconscientemente se preparando para ser e ter muito mais. Quem não se dá conta disso, vive em diferentes escalas, a situação de lamentar e dar valor ao que tem ou tinha, após perder.

Esta mensagem é um convite a avaliar melhor como você percebe os diferentes momentos da vida e que se conseguiu até aqui. Um homem do campo, que gosta da sua pequena propriedade a ponto de percebê-la como seu império, é o oposto daquele milionário que não fica satisfeito com o que possui, entendendo seu império como se fosse uma pequena propriedade onde lhe falta muito. Fernando Pessoa lembra que “não possuímos mais que as nossas próprias sensações”. Temos do mundo, da vida, dos outros, do que está ao nosso redor, o que percebemos deles. Vamos levar desta vida, exatamente as sensações vividas e por isso precisamos valorizar o que de melhor conseguimos, para que ainda possamos viver mais.

Estamos falando de felicidade! O modo como cada pessoa se vê e percebe tudo ao seu redor impacta diretamente no sentimento de felicidade. Thomas Hardy escreveu “A felicidade não depende do que nos falta, mas do bom uso do que temos.” Acrescento que o mesmo conceito pode ser levado para cada casa, cada equipe de trabalho, negócios e instituições. O sucesso depende mais do bom uso que se faz dos talentos que cada um possui. Um pequeno negócio, bem planejado, bem gerido, bem cuidado, por uma pequena equipe bem treinada e que ama o que faz, pode gerar muito mais e melhores resultados do que uma grande estrutura, com uma equipe numerosa que não tiver propósito e sem compromisso.

A beleza, os valores e a natureza de uma pessoa podem ser observados a partir do modo como ela vê o mundo. Pode-se cultivar este modo de ver e perceber a vida e o que está ao redor com a família, colegas de trabalho, de voluntariado e amigos. Num ambiente em se dá mais atenção para as coisas ruins, se reclama mais do que se elogia, as energias do que é bom, vão se esvaindo e o que era uma visão negativa vai se concretizando. Por outro lado, num meio em que mais gente valoriza o que têm, valoriza as coisas ao seu redor, é sempre mais evidente a prosperidade, passando muito mais tranquilos pelas intempéries invitáveis do ambiente externo.

  Desejando uma melhoria de percepção a todos, um abraço e até a próxima!


sábado, 11 de setembro de 2021

7 passos para melhorar o país

 


         Se muitos temas importantes para o país e para o mundo tem uma semana para ser mais lembrado, discutido, refletivo, estudado, a Semana da Pátria parece ser uma excelente oportunidade para que mais gente passe a refletir mais profundamente como melhorar o país.

          O que é melhor para o país sempre rendeu grandes discussões e atualmente o tema domina muitas rodas e espaços na mídia. Hoje faço uso deste espaço para apresentar o meu entendimento de como melhorar o Brasil em 7 passos, sintetizados a seguir.

Como primeiro passo, entendo que cada brasileiro deveria cuidar bem melhor da sua saúde, começando com a higiene pessoal, alimentação, exercícios, vacinas, seguindo as demais orientações dos agentes de saúde como exames e consultas preventivas. Com hábitos mais saudáveis, atuando preventivamente o país teria mais pessoas animadas para trabalhar, empreender, atuar em causas sociais, e também poderia direcionar melhor os recursos da saúde.

Segundo passo - cada brasileiro poderia fazer um esforço para estudar mais, orientar os familiares para seguir estudando, estimular a qualificação profissional continuada e assim, dotar o país de mais profissionais qualificados e capazes de agregar valor a produção nacional, que preponderantemente é de baixo valor. Pessoas que estudam mais, também tem mais saúde, mais renda, caem menos em golpes e informações falsas, tem melhores condições de conhecer os indicadores econômicos e contribuir com as propostas de vereadores, prefeitos e lideranças locais e regionais públicas e comunitárias, bases das estruturas do país.

Terceiro passo - a educação financeira deveria ser estimulada nas famílias, nas escolas, nas comunidades, para a organização pessoal e emocional de todos, lembrando que ter poupança é fruto de disciplina no uso da renda e não de renda maior. Com mais educação financeira os programas sociais poderiam abranger mais aspectos da dignidade dos brasileiros, sendo uma porta para sair da condição de vulnerabilidade. Pessoas com contas pendentes, com o tempo nesta situação tendem a acumular outros problemas por não conseguir se concentrar nos demais pontos importantes da sua vida.

Quarto passo – mais pessoas deveriam ser orientadas o tempo todo a assumir a responsabilidade pessoal pela sua vida, pelo seu desenvolvimento, evitando culpar os outros, a sociedade, o governo e outros países pelas coisas que não gosta. Assim o país teria mais pessoas tomando decisões baseadas em indicadores e fatos, e não em boatos, fofocadas e ideias que impedem o desenvolvimento.

Quinto passo - cuidar melhor da sua casa, com limpeza e organização capaz de eliminar focos de insetos e roedores transmissores de doenças, lembrando que um ambiente organizado contribui significativamente para a organização metal e ânimo para empreender, aprender e estabelecer relações saudáveis.

Sexto passo - entender que o ímpeto de levar vantagem em tudo, desde furar fila, esconder informações e querer resolver tudo com um jeitinho, até comprar produtos falsificados e contrabandeados, subornar e aceitar suborno, é uma das maiores barreiras para o país se desenvolver.

Sétimo passo – saber que o desenvolvimento precisa de paz e que as pessoas, as empresas, as sociedades se desenvolvem em ambientes de paz, tanto interna, quanto externa. A história do Brasil e de outros países mostra que a paz, a confiança, a estabilidade geram as melhores condições para o desenvolvimento econômico e social.

Pensando no 7 de setembro, semana da Pátria, escrevi estes 7 passos para melhorar o país. A partir deles, certamente os leitores lembraram de outros e sugiro que compartilhe, tanto estes 7, se lhe fizerem sentido, quanto os outros que lhe sugiram.

Um abraço e até a semana que vem!

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

As maiores vendas do varejo

 


Grande parte dos players do comércio de bens duráveis e de consumo se prepara para seu melhor período do ano, que promete ser um dos melhores dos últimos anos. O fim do ano, as festas, o ingresso do 13º salário, arrumar a casa para o Natal, perspectivas de visitas, férias, verão... é um conjunto imbatível para animar a maioria das pessoas para as compras.

A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE) mostra crescimento das vendas de bens de consumo e bens duráveis ao longo de 2021, em 9 dos 10 setores analisados. Os destaques positivos desde o início do ano têm sido os segmentos de “tecidos, vestuário e calçados”, “combustíveis e lubrificantes” e “outros artigos de uso pessoal e doméstico”. Diversos outros institutos e organizações que estudam o setor entendem que as vendas no varejo continuaram aumentando ao longo do 2º semestre, respaldadas pelos avanços na campanha de vacinação contra a Covid-19.

Maiores condições de biossegurança provocam outra alteração importante na circulação de dinheiro. Se no início da pandemia, com muita insegurança e muitas informações desencontradas o dinheiro foi para aplicações financeiras conservadoras e depois, com um melhor entendimento e maior convívio nas casas, os recursos foram investidos em melhorias para a infraestrutura das moradias, mobiliário, comida e bebida, a partir de agora o dinheiro volta a cada dia, a ser mais disputado com os setores que mais tiveram retração durante a pandemia, ou seja, passeios curtos, viagens um pouco mais longas com hospedagem, além de maior frequência em restaurantes, cinemas, ambientes de cuidados pessoais e tratamentos não eletivos. Resumindo, o consumo das famílias volta a ser mais distribuído entre bens e serviços.

As vendas do varejo estão projetadas para fechar o ano com crescimento de 8,2% em 2021, segundo o IBGE, recuperando com folga a queda de 1,5% em 2020. A recuperação robusta do setor a partir do 2º trimestre contribuirá de forma relevante para o crescimento do PIB Brasileiro este ano, projetado em 5,2%, previsto em analises de órgãos nacionais e internacionais.

Para quem está no varejo de bens e serviços, é hora de focar nos preparativos que vão desde o reforço e a organização dos estoques, melhorias de processos para reduzir filas e atender rápido pelos meios digitais, melhorar o atendimento para não perder o contato captado, para a concorrência mais ágil. Seleção de pessoal, calendários de decoração, de exposição interna, de vitrine física e de exposição externa quando for o caso, bem como para sites e perfis, devem ser planejados com antecedência.

Tudo alinhado com os fornecedores? Como está a sinalização para localizar do ponto de venda físico?  A pintura da fachada e acabamentos estão com boa qualidade e são atrativos para o público desejado? Analise também a vitrine e a exposição interna e verificando se a iluminação é adequada ao longo do dia e também á noite. Lembre-se que nas noites de verão aumenta significativamente o número de pessoas que passeiam, caminham pelas ruas e calçadas e por isso fachada, vitrine e organização interna da loja representam o maior e melhor outdoor que você pode ter.

O ponto de vendas digital está em boas condições de competir com os demais? As imagens dos produtos estão adequadas, mostrando-os em cenários de utilização? A comunicação visual física ou digital das seções de mercadorias e dos preços estão auxiliando no estímulo para a compra? É preciso lembrar toda a equipe que os ambientes de vendas, físicos e digitais precisam ser vendedores silenciosos e quem faz isso bem, sabe que são muito eficientes.

As perspectivas são muito boas, mas só vão transformar em resultados positivos, aqueles que se prepararem.

Um abraço e até a semana que vem!

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