sexta-feira, 19 de maio de 2023

Emoção X Negócios

 


Quem observa de longe, e para quem estuda pouco, talvez o mundo dos negócios pode ser tido como muito racional, com poucas emoções impactando nas decisões. No entanto, observando e estudando mais profundamente os processos de adesão, é possível identificar um forte impacto das emoções nas decisões. O fato é que as pessoas compram com emoção e depois justificam com lógica.

Quem quer utilizar melhor a emoção para vender mais deve focar na transformação que será proporcionada ao cliente, e não nas características, ou componentes dos produtos e serviços. A transformação é o valor que o seu produto tem para o momento do cliente. Para quem faz isso bem feito, o preço não será problema.

As pessoas aderem bem mais fácil a uma oferta que resolva uma dor, do que algo que satisfaça um desejo. Independente do setor de atividade, é muito importante estudar psicologia, tendências cognitivas, comunicação, linguagem corporal, comportamentos de consumo, dentre outros. Lembre-se que as pessoas dão importância ao que o produto pode fazer por elas.

O seu composto de produto/serviço deve atender a demanda, não tentar criá-la.

Na comunicação procure inserir depoimentos com imagens para aumentar a credibilidade das informações. Acrescentar palavras e números específicos também ajuda bastante. Uma boa escrita, bom conteúdo tem ¾ de pesquisa e 1/4 de redação. Uma pessoa com ensino fundamental incompleto deve ser capaz de entender o que você e sua empresa escrevem/dizem para promover a empresa e vender os produtos. Se difícil, ou confuso, menos pessoas vão comprar. Usar as mesmas expressões do seu mercado alvo ajuda a aumentar as adesões.

Não são os notebooks, smartphones, eventos, cursos caros e famosos que fazem os negócios de sucesso. Os melhores e mais inovadores negócios nascem com bem menos aparatos, mas bastante energia, persistência, criatividade e ação.

Lembre-se que os produtos de grande valor agregado e os profissionais mais bem pagos, se tornam primeiro valiosos, e depois escassos. No início, é preciso dizer sim, para muitas oportunidades, mas para crescer é preciso aprender a dizer não. Um uma prova social como resultados e depoimentos, usando o conceito de escassez/urgência, com baixo risco e garantias, mais um bônus, gera uma oferta irresistível. Concorrer por valor, não tem preço!

As ofertas, quando existirem, devem ter prazo estabelecido e preferencialmente curto. Quem acredita que o mercado esteja saturado, precisa reavaliar a oferta em relação ao público. Além disso, ter uma ótima oferta não significa que a empresa é ótima em vendas. Os bons resultados é que medem a qualidade das vendas. Muitas vezes não é o preço que é muito alto, mas o valor entregue as pessoas que é muito baixo.

Um produto de qualidade média, com um bom trabalho de marketing sempre vai vender mais do que um ótimo produto com marketing ruim. Mas lembre de alguns pontos importantes sobre marketing: 1) um cliente fidelizado é uma das estratégias mais poderosas; 2) marketing precisa de empatia; 3) quem entrega valor para o cliente não precisa se preocupar muito com os preços; 4) vender um bom produto em um mercado ruim é uma batalha perdida.

Para vender melhor é preciso ouvir bem mais do que falar. Um bom “discurso” de vendas deveria ser de 2 minutos, então aprenda sobre pitch.

Revise o site e os apps, procurando substituir as palavras e descrições chatas por outras mais impactantes, fortes, e crie uma seção de perguntas frequentes para também responder as possíveis objeções. Se você ou a empresa não poderão ajudar o cliente naquele momento, seja honesto.

Analise e haja sobre o comportamento na decisão pelo que você e o seu negócio oferecem. Assim, precisará se preocupar menos com as vendas e ganhar mais.

Um abraço e até a próxima!

sexta-feira, 12 de maio de 2023

O valor da persistência

 


Um objetivo é uma situação que se deseja alcançar no futuro, indo do ponto “a” ao ponto “b”. Escrevendo parece fácil de entender, mas na prática há um caminho de altos e baixos, com diversos obstáculos. Todo bom plano prevê alguns obstáculos, porém, alguns surgem sem dar sinal antecipadamente. Nesses momentos, há quem desista e há quem continue até sair vitorioso. O que faz a diferença é a persistência. O quão persistente você realmente é? Qual é a importância da persistência em todas as áreas da vida? Hoje vamos refletir um pouco sobre esta importante competência para a vida pessoal e profissional.

         O propósito, a autoconfiança, a resiliência e a flexibilidade são os 4 pilares da persistência. Persistir é necessário para alcançarmos nossos objetivos e realizarmos os sonhos. Qualquer objetivo ou sonho terá obstáculos e é assim para todas as pessoas, em qualquer época e lugar do mundo. Quem não tem persistência desiste da formação desejada, do emprego sonhado, da casa, da pessoa amada, da viagem especial, da prosperidade, dentre outros. A persistência é a força que motiva e permite superar obstáculos para viver a vida desejada.

Para ser capaz de superar obstáculos, é preciso, antes de tudo, saber o que se quer. Se você se propõe a abrir uma empresa, por exemplo, mas não tem certeza se é uma boa ideia ou se você realmente deseja empreender, as chances de desistir são grandes. Já uma pessoa que realmente sabe qual é o propósito de suas ações encontra muito mais motivação, como o sonho de ter seu próprio negócio, e a atividade o que lhe fará feliz. Com esse propósito a pessoa vai enfrentar a burocracia, falta de recursos, limitações, contratações, planejamento, estruturação, etc., sem desistir.

A autoconfiança é a capacidade de reconhecer e confiar em seus talentos, capacidades, habilidades e experiências que a vida lhe trouxe. Quanto mais conhecemos a nós mesmos, maior a autoconfiança e nesse sentido, relembrar das dificuldades superadas e como as suas competências ajudaram solucionar problemas são sempre ótimas escolhas. Quando uma pessoa desenvolve a autoconfiança, ela torna-se mais otimista em relação a superação dos desafios do caminho. Quando falta a autoconfiança, as chances de desistência aumentam.

Boa preparação, propósito e autoconfiança não evitam o surgimento de obstáculos. É preciso ter em mente que “Perder uma batalha não é perder a guerra” e por isso a resiliência é o outro pilar tão importante na persistência. A capacidade de retomar seu rumo depois de uma dificuldade, aprendendo a fazer melhor a cada nova tentativa é de uma riqueza sem par. Os erros que cometemos quando encarados como fontes de aprendizado, geram uma competitividade incomparável. A inteligência emocional contribui decisivamente para a resiliência e assim, reforçamos a persistência.

A flexibilidade completa os pilares da persistência, e faz toda a diferença da teimosia, que por sua vez, é ignorar o fato de que as circunstâncias mudam de tempos em tempos. As pessoas e as organizações verdadeiramente vencedoras se adaptam aos novos cenários. Enquanto a determinação é importante, também é preciso flexibilidade para recalcular a rota, sempre que houver uma alternativa melhor. A flexibilidade também é fundamental para reconhecer que ninguém faz nada sozinho, que pedir ajuda é necessário e ainda, para admitir quando não foi possível alcançar um objetivo. É a flexibilidade que desperta a hora de partir para a próxima missão, sem perder a motivação. No fim da jornada, fica claro que de pouco em pouco, alcançamos grandes resultados.

Espero que esta reflexão contribua decisivamente com a melhoria da forma como levar a sua vida.

Um abraço e até a próxima!

quarta-feira, 10 de maio de 2023

O futuro do trabalho

 




            Em meio as comemorações do Dia do Trabalhador, as análises sobre o futuro do trabalho também tiveram o seu espaço, e vale compartilhar algumas reflexões com os amigos. Algumas profissões em fase de declínio e morrendo, enquanto surgem novas profissões faz parte do ciclo da humanidade. Então, o que mais podemos observar no futuro do trabalho?

Um número cada vez maior de pessoas está se demitindo de seus empregos e gerando novas atividades com renda para si e geração de novos empregos. As relações de trabalho estão se modificando e algumas, se automatizando. As funções que não exigem muito das habilidades humanas, tendem a ser substituídas por robôs. E estas situações não deveriam causar medo em ninguém, nem grupos, nem classes. Este movimento deve liberar mais pessoas para trabalhos criativos e mais inteligentes. É um ciclo que se repete ao longo da história, vejam: começou na agricultura, foi para a indústria, depois para a prestação de serviços e para a digitalização, e ao que tudo indica a robotização e automatização farão a grande transformação das relações de trabalho. Os trabalhadores terão atividades com menos riscos de acidentes, mais seguras, menos insalubres, mais inteligentes, mais criativas, e assim, mais qualidade de vida.

As habilidades são sempre realocadas para manter, e se possível aumentar, a competitividade no mercado de trabalho. Por este motivo as habilidades necessárias aos trabalhadores são reavaliadas conforme as transformações da tecnologia vão gerando mais impacto nas organizações. De outra forma podemos dizer que os robôs não vão competir com os humanos em vagas de empregos, pois novas vagas dependentes das habilidades humanas serão e precisam ser criadas para que a tecnologia faça o que se espera.

As vagas de trabalho na tecnologia da informação e engenharias como ciber segurança, internet das coisas, inteligência artificial, computação em nuvem, novos materiais, novos produtos, novos processos, condutores de processos robotizados, pesquisadores de engenharia e tecnologia, e outras nesta linha seguirão crescendo forte. Por outro lado, a remuneração média não deve mudar muito nos próximos anos, enquanto a transparência salarial, a flexibilidade nos horários e locais de trabalho podem ter mudanças mais rápidas.

As habilidades e competências leves, chamadas soft skills como a criatividade, resiliência, capacidade de se reinventar e inteligência emocional seguem aumentando de importância nas carreiras e serão cada vez mais requisitadas no mercado.

Estima-se para o Brasil, a necessidade de requalificação de mais de 6 milhões de trabalhadores ao ano, para manter os empregos e a competitividade das empresas. No sul do Brasil, quase 50% das vagas de trabalho formal estão na indústria e se prevê um aumento nas vagas neste setor.

Com as novas gerações Millennials e Geração Z assumindo mais funções de liderança, a hierarquia vai perdendo a importância. Ambientes de trabalho em que todos conversam com todos, independente dos cargos na organização, serão cada vez mais frequentes. Estas gerações são desapegadas de alguns dogmas do mundo do trabalho, como as 8 horas fixas por dia, local fixo de trabalho, preferindo modelos híbridos de horários, locais, remuneração, etc., que devem ser cada vez mais frequentes neste e nos próximos anos.

Ambientes de trabalho mais aconchegantes, customizados com o jeito de cada grupo que os ocupa vão contribuir cada vez mais com a atração e a retenção dos talentos. Você, sua organização estão se preparando para o futuro do trabalho? Espero que esta reflexão tenha contribuído.

Um abraço e até a próxima!

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