Na próxima semana, o dia 15
de outubro é dedicado aos professores e com o texto de hoje quero estimular as
suas lembranças sobre eles.
O que penso, escrevo, falo,
ensino, aprendo, faço e deixo de fazer tem forte influência dos muitos
professores que tive e tenho. Foram elas e eles que influenciaram a escolha da minha
carreira, pois me constituí professor admirando a dedicação de cada um deles/as
para que novos/as cidadãos/as pudessem sonhar juntos e trabalhar para deixar um
mundo melhor do que recebemos.
Meus pais não concluíram o
ensino médio, mas sempre valorizaram e priorizaram os poucos recursos que
tinham para que minha irmã e eu tivéssemos a melhor formação escolar. Minha irmã
tem uns 4 anos menos que eu e quando ela passou para as séries iniciais os
nossos pais compraram um pequeno quadro de giz para que eu a ajudasse com os
temas de casa, brincando de aulas. Não demorou para que na companhia de
vizinhas e prima, brincar de escola na garagem de nossa casa, passasse a ser
uma das brincadeiras prediletas. Coincidência ou não, eu, minha irmã, minha
prima, 2 vizinhas fizemos magistério e começamos a carreira docente com cerca
de 18 anos. Eu e minha irmã fizemos estágio do magistério na escola municipal Germano
Dockhorn, no município de Três de Maio, RS, um espaço historicamente bem
cuidado por todas as gestões e a comunidade do entorno. Algumas de minhas
lembranças frequentes como professor vem deste tempo, onde dentre outras
atividades, jogava futebol com os meninos no recreio. Logo depois montei uma
empresa para completar a renda e pagar a faculdade, enquanto atuei no magistério
estadual, em cursos técnicos de nível médio e após concluir a especialização,
iniciei a docência no ensino superior em 1º de março de 1996. Constituindo a segunda
empresa, foquei somente na docência no ensino superior e 24,5 anos depois
contabilizo o trabalho na graduação em 5 instituições e na condição de convidado
em cursos de Especialização e MBA em 16 instituições do RS, SC e PR. Com isso,
muitas das redes de relacionamento que tenho, dos livros, artigos, pesquisas,
textos, se devem ao fato de ser professor.
O que as famílias, pais e
responsáveis estão dispostos a abrir mão em favor da educação, do ensino, da
formação de seus filhos faz uma enorme diferença. Algumas pessoas parecem
esquecer isso quando se pronunciam atribuindo tanta responsabilidade e até
culpa à escolas, professores e professoras. Sabemos que aprende-se pelo amor ou
pela dor. A vida ensina pela dor, mas quem é professor, dedica a carreira e passa
a vida acreditando e professando no aprendizado pelo amor.
No estágio atual da sociedade,
sem um bom nível de estudos, há cada vez menos espaço para trabalho digno,
saudável, ergonômico, e desejável. O aumento da escolaridade média da
população, é a forma mais segura, racional e perene de aumento e distribuição
de renda que pode-se desenvolver. O ensino de qualidade fez os recursos
financeiros e patrimoniais trocarem de mãos ao longo da história nos mais
diferentes locais e culturas. Mas é preciso lembrar que um ensino de qualidade
só é possível com professores respeitados e bem cuidados pela sociedade.
Quem está lendo este texto
pode lembrar de quem o alfabetizou. Quem pensou na distribuição de renda e
renda média, pode lembrar de quem ensinou sociologia, economia e se faz pensar
dá para lembrar dos professores de filosofia. Quem encontrou os erros
ortográficos, de acentuação, concordância pode lembrar dos seus professores de português
e outros que tentaram contribuir. Aos profissionais das mais diversas áreas,
nível técnico ou superior, em início de carreira, ou bem experiente, pode lembrar
que a base para seguir aprendendo foi formada por professores, que você gostou
e dos outros também, pois todos deixaram uma contribuição importante para ser
quem você é.
Lembre dos seus professores,
sempre!
Um abraço e até a próxima!
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