sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Vendendo para os nativos digitais

 


Nativo digital é uma expressão utilizada para se referir a quem nasceu após a popularização dos smartphones, tablet, telas touch e redes sociais. A primeira geração de nativos digitais chegou ao mundo do trabalho e ao consumo esperando que as empresas atuem na mesma lógica que eles se habituaram ao longo da vida.

Muitas oportunidades e desafios se apresentam para se relacionar com este público que tem padrões de compra diferentes das gerações anteriores. Uma geração que utiliza dispositivos móveis para pesquisar de tudo e é ambiental e socialmente mais consciente, exige mudanças mais profundas do que o ritmo normal. As pesquisas mostram que este grupo procura ou já tem um propósito e quer fazer a diferença por onde passa.

Nas relações de consumo, os estudos apontam para uma atenção muito maior as causas que as marcas apoiam e defendem, inclusive as cadeias de fornecedores e investidores. Estudos apontam que 70% deste público que tem menos de 30 anos de idade procura comprar produtos de empresas que consideram éticas e costumam pesquisar a origem do que compram. Também afirmam evitar compras em empresas que estão ou estiveram envolvidas em escândalos e controvérsias.

Quem quer vender para os nativos digitais deve estabelecer relacionamentos mútuos, comunicação mais conectada e próxima, e este é o motivo pelo qual os influenciadores fazem sucesso neste segmento de consumidores. A quase totalidade desta geração pesquisa opções de compras, preços, configurações e avaliações de produtos na internet, e boa parte, nas redes sociais e é por isso que o marketing de influência é tão impactante neste público.

Uma das principais características da geração de nativos digitais, geração “Z” ou “millen nials” é a expressão da identidade individual, ou seja, querem ser percebidos como únicos e diferentes. Os produtos/marcas utilizados, preferencialmente únicos, ou personalizados, os locais que frequentam, os grupos com que se relacionam são meios para atingir a singularidade. Isto é diferente das gerações anteriores que consomem produtos, escolhem marcas e locais para se sentirem incluídos na moda vigente. Cerca de 50% dos nativos digitais, das classes A, B e C afirmam que pagariam mais por ofertas personalizadas.

                Os nativos digitais também gostam de “treinar” os algoritmos dos buscadores e das redes sociais para fornecer o que precisam. A informação também é importante para entender que este público espera os atendentes do varejo físico e televendas também façam seu trabalho mais direcionado para o que precisam. A forma com que eles lidam com dados e informações é diferente das outras gerações. O ponto mais marcante é que estão dispostos a ceder seus contatos e a gastar tempo com conteúdos daquilo que desejam e são menos tolerantes a receber informações de conteúdos que a princípio não lhes interessa.

                Instagram e Youtube são as redes sociais preferidas dos nativos digitais, e os estudos apontam que eles querem ver mais conteúdos relevantes de suas marcas, e em vídeos curtos nas suas redes preferidas. Vêm mais redes por aí e a pluralidade de canais com busca por diálogo é a marca desta geração que espera transparência e relevância das empresas, marcas, produtos, vendedores e quem mais queira vender para eles. A geração Z, a primeira a nascer depois da popularização dos dispositivos móveis já representa cerca de 40% da população com poder de compra no Brasil e deve impactar ainda mais o olhar do mercado, bem como as campanhas promocionais, a comunicação, as vendas e o uso de dados.

As empresas, suas lideranças e quem quer ajudar o setor deve ficar atento para as oportunidades, pois há um novo jeito de ver o mundo, que precisa ser entendido, estudado, mas principalmente, considerado nas estratégias de mercado daqui pra frente. 


                Um abraço e até a próxima!

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