quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Ano Novo, Vida Nova

 


                Muita gente começa o ano pensando, e até citando aquele velho jargão: “ano novo, vida nova” e é fato que os ciclos também existem para nos ajudar a refletir sobre o que devemos manter e o que devemos mudar em nossas vidas. Quem vai aproveitar a virada de ano para repensar e mudar para valer, segue algumas dicas.

                Comece fazendo uma verdadeira auditoria na sua vida, pois isso é crucial para identificar onde fazer ajustes e iniciar a sua jornada. Inicie pela avaliação das 6 áreas que mais impactam a percepção sobre a sua vida: saúde, finanças, desenvolvimento pessoal, relacionamentos, autocuidado e vida familiar.

                Você sabe que nossa forma de pensar define o tom para tudo na vida. Marco Aurélio já dizia que nossa vida é o que é o que nossos pensamentos fazem dela. Só mudança de mentalidade é o que pode realmente mudar a nossa vida. O que pensamos, no que acreditamos e no que não acreditamos é decisivo na forma de qualquer pessoa agir. Sêneca pregou que a verdade é que sofremos mais com a nossa imaginação do que com a realidade. Aquilo que não gostamos em nossas vidas, só muda com uma nova forma de entender e agir sobre as situações. Cada vez que surge algo desagradável, ao invés de nos sentimos vítimas, precisamos nos perguntar o que podemos controlar ou mudar. Conforme escreveu Laot, quem se preocupa com o que os outros pensam de si, será sempre um prisioneiro.

                Crie uma visão para o seu futuro, pois isso pode significar um maior sentimento de propósito. Também significa que temos uma imagem muito mais ampla do nosso negócio e da vida, além de apenas estabelecer e alcançar objetivos de curto prazo e lidar, reagir, superar os problemas à medida que surgem. As visões são impulsionadas pela paixão e pelos sonhos e se refletem através de esforços reais para criar resultados reais.

                Tendo claro sua visão de futuro, seu propósito, os caminhos ficam mais claros, mais fácil de planejar e fazer as escolhas mais assertivas. Todavia, ninguém vai conduzir o carro por nós. É preciso esforço e escolhas próprias, para alcançar as metas e mudar sua própria vida. A prática constante e diária é a forma de fazer isso acontecer. Se você regar as plantas um pouco a cada dia, tirar as ervas daninhas, com o passar dos dias terá um jardim bonito. Carl Young dizia que pensar parece difícil e também é por isso que a maioria se limita a julgar os outros.

                Quem quer mudar coisas importantes na sua vida neste próximo ciclo precisa saber que seu ambiente também precisa mudar. Por exemplo, se seus espaços de trabalho e de convivência são bagunçados e você quer uma vida mais organizada, mais planejada, é preciso organizar seus ambientes físicos primeiro. Se você convive com pessoas que falam e agem negativa e passivamente, é preciso mudar de ambiente e companhia para pensar e agir positivamente, pois eles te imporão limitações, mesmo que inconscientemente. Por outro lado, estando na companhia de pessoas fazedoras, que se esforçam, vencem dificuldades, conquistam, teremos muito mais chance de conseguir alcançar o que desejamos. Nunca é tarde para sermos o que poderíamos ter sido. (George Elliot).

                Também é preciso aprender novas habilidades e melhorar as que já temos. Nada muda tão rápido em nossas vidas quanto o efeito do desenvolvimento de uma nova habilidade. Para isso, é preciso dedicar um tempo do dia para desenvolver novas habilidades que vão contribuir para nossos objetivos e pode ser através da leitura, vídeos, podcasts, cursos, ou habilidades esportivas, artísticas, físicas.

                Não importa o quanto estejamos bem ou malsucedidos neste momento. Nosso foco deve ser muito maior com a trajetória, com o que estamos fazendo para mudar, do que com os resultados atuais.

                Na esperança de ter contribuído com o novo ciclo dos amigos, um abraço e até a próxima!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Hora de vender mais

 


                A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o Natal deste ano movimente R$ 69,75 bilhões em vendas, o que representa aumento real de 1,3% (já descontada a inflação) no faturamento do varejo. Quer aproveitar mais este momento? Então recorde a seguir o básico sobre o comportamento do consumidor, pois o texto de hoje tem por objetivo relembrar aos gestores e equipes de vendas aqueles efeitos que quando gerados, tendem a produzir decisão favorável ao que se oferece.

                A aversão a perda é um dos pontos mais explorados no comportamento do consumidor, para vender mais. Isto porque as pessoas são mais motivadas pelo medo de perder algo, ou seja, tendem a evitar mais uma eventual dor da perda do que a perspectiva de ganhar algo melhor. É por este motivo que tantas empresas usam frequentemente expressões como “não perca...”, em seus anúncios.

Outro comportamento bastante explorado para vender mais é o chamado “efeito Halo”, que é o efeito da impressão geral de uma pessoa ou marca na percepção de qualidades ou características específicas, ou seja, se o cliente tem uma impressão geral boa, ele tende a comprar ou aderir, mesmo que algum ponto específico da sua oferta não seja favorável. É por este motivo que é fundamental trabalhar para obter a melhor impressão geral possível, pois do contrário, muitas das características positivas da oferta podem ser desconsideradas pelo cliente.

                Sabemos que há mais probabilidade de uma pessoa confiar num produto, serviço, marca, quando veem outros usando e aprovando. Este efeito no comportamento do consumidor é chamado de prova social e quem faz um bom uso desta situação, tende a vender mais.

                Uma característica antropológica perceptível ao longo dos séculos é aquela em que as pessoas tendem a buscar informações que confirmem suas crenças ou atitudes existentes. O chamado viés de confirmação é a característica comportamental que faz com que as pessoas tendem a se aproximar de outras que compartilham as mesmas opiniões e informações. Entre as evidências e as crenças, as vendas ocorrem quando os fatos reforçam conceitos nos quais o cliente acredita.

                Também sabemos que quando algo é percebido como raro, ou limitado, as pessoas se sentem mais motivadas a obtê-lo. O efeito da escassez, usado em anúncios como “vagas limitadas”, “últimas peças”, “só até o dia x”, “só hoje...”, “lote 1 até o dia ...”, “último dia para aproveitar o lote 2 ...”.

                As estatísticas mostram que as pessoas tendem a confiar bem mais na primeira informação recebida para tomar uma decisão em que tenham mais opções. Este é o efeito da ancoragem. Por este motivo, a primeira impressão é bem importante. Além disso, fazer um primeiro anúncio bem objetivo e atrativo, podendo deixar as demais informações e os detalhes que podem dispersar a atenção para depois, tende a ter efeito positivo.

                O chamado “efeito gradiente de meta” explica que as pessoas se sentem mais motivadas a completar uma tarefa à medida que se aproximam do fim. Ou seja, se o cliente tem uma jornada a cumprir, é importante mostrar que falta pouco para ele concluir, buscando evitar que ele desista.

                As pessoas também tendem a preferir e escolher coisas que lhe são familiares, que já sabem como funciona, qual o sabor, resultados esperados, etc.. O efeito da exposição repetida pode ser explorado no comportamento do cliente, para vender algo diferente, buscando mostrar novidades e também os detalhes que tragam familiaridade ao que ele usa e conhece.

                Finalizamos com o conhecido “viés de autoridade”, pelo qual o comportamento geral das pessoas mostra a maior probabilidade em confiar e seguir os conselhos de quem está em posições de autoridade. É por isso, que pessoas que podem ter alguma autoridade sobre o comportamento do consumidor são tão utilizadas nos anúncios de tantos produtos.

                Espero ter contribuído novamente e aproveito para desejar ótimas vendas! Até a próxima!

Novos modelos mentais

 


            Parte do que conseguimos e do que não conseguimos tem relação com nossos modelos mentais, que podem ser entendidas como as formas habituais que cada um de nós tem de entender e reagir aos estímulos externos. Vem aí a virada do ano, com festas, encontros e muitas oportunidades para mudar a forma de perceber e responder ao que desejamos que seja diferente.

Uma boa forma de começar é substituir “eu não consigo fazer isso...” por “eu ainda não consigo, mas estou trabalhando para conseguir.” O alcance de objetivos importantes deve ser percebido como uma jornada e todos aqueles que admiramos por terem conseguido algo que desejamos já foram iniciantes.

      Um modelo mental melhor substitui o “não é justo...” por “eu vou encontrar uma maneira independentemente dos desafios.” O que muitos não entendem, ou não aceitam, é que os desafios impulsionam o crescimento e quem usa a adversidade ao seu favor se fortalece, aprende e estará mais preparado.

         Muito comum nestes dias é outro modelo mental que deveríamos substituir: “não tenho tempo para isso” por “vou dedicar tempo ao que importa”, pois o que priorizamos reflete o que valorizamos. Adquirir o hábito de gerenciar o seu tempo, ao invés de deixar o tempo gerenciar a sua vida melhora muito o sentimento de satisfação em relação as coisas boas no seu presente.

             Podemos trocar “eu não tenho sorte”, por “eu crio minhas próprias oportunidades”, pois quanto mais nos empenhamos, mais sortudos ficamos e assim construímos nosso destino.

         Ninguém começa algo sendo excelente, pois é o esforço que define o progresso. Procure substituir o modelo mental “eu não sou bom o suficiente...” por “estou melhorando a cada dia”. Na mesma linha, o modelo mental “sou muito jovem (ou velho) para isso” deve ser mudado para “este é o momento certo de começar”. Quem tem menos idade deve entender que tem um bom tempo ao seu favor, para aprender e refazer se algo der errado na primeira vez, além de muitas perspectivas. Quem tem mais idade tem outras vantagens que são a experiência, a segurança e o grande número de conhecidos que podem ser aliados.

          Quando surgir o pensamento “eu já tentei de tudo” é preciso substituir por uma interrogação como “o que posso tentar a seguir¿”. As pessoas mais felizes e as que tem mais sucesso nos seus objetivos modelaram seus pensamentos para entender cada fracasso como uma lição. E com mais lições aprendidas podemos experimentar novas formas para dar certo.

          “Eu não sou bom com as pessoas” pode ser alterado para “estou trabalhando para construir melhores relacionamentos”. Invista na criação de uma boa rede de relacionamentos, pois para muita gente, inclusive para mim, esta rede é um dos maiores patrimônios.  

          Outro modelo mental que deve ser alterado é “não estou pronto”, substituindo por “vou descobrir o caminho conforme avanço”, pois a única forma de estar pronto é agir, a melhor forma de se preparar é praticar e o progresso é melhor que a perfeição.

          As novas ideias nunca deveriam gerar medo! As novas formas de pensar, de ver o que está ao redor e as novas perspectivas podem significar a diferença entre o triunfo e o fracasso, nas mais diferentes intenções que venhamos a ter.

Aproveito para deixar um abraço, um excelente advento e até a próxima!

Multiplica o salário por 6

 


A internet está cheia de propostas mirabolantes, milagrosas, mágicas, para multiplicar a renda. Todavia, quem tem uma noção razoável da realidade, sabe que o dinheiro e outros recursos não se multiplicam nem fácil, nem rapidamente. Uma das formas mais seguras de ampliar a renda futura exige um tanto de esforço, pois inúmeras pesquisas mostram que a renda pessoal aumenta proporcionalmente conforme os anos de estudo.

Ter um ensino superior de qualidade é o grande diferencial para aproveitar as muitas oportunidades que surgem, inclusive para percebê-las. Além disso, conforme mostra o estudo publicado pelo Insper, os profissionais com nível superior no Brasil, têm ganhos de até 6 vezes mais do que trabalhadores com menores níveis de escolaridade. Essa diferença salarial é também consequência dos efeitos da economia brasileira. Os números que deram suporte ao estudo foram extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) e tiveram como base o rendimento mensal habitual do trabalho principal dos brasileiros.

Quanto maior a escolaridade, melhores são as oportunidades de renda. Embora ainda haja em 6,7% de desempregados no Brasil, por outro lado há um grande número de vagas de trabalho não preenchidas, que se avoluma a cada pequeno aumento das atividades produtivas. Uma das barreiras para maior agregação de valor a produção nacional, aumento do PIB, é a falta de profissionais qualificados. Basta ver ao nosso redor, quantos negócios, pequenos, médios ou grandes poderiam produzir e faturar mais, se tivessem mais pessoas dispostas a trabalhar.

Outra situação tão importante quanto o nível de renda, é a recolocação dos profissionais quando perdem a vaga, pois as pesquisas baseadas no CAGED (cadastro geral do emprego no Brasil) mostram que quanto maior a escolaridade, mais rápida é a recolocação. Também é fato conhecido, que os candidatos menos escolarizados enfrentam um número cada vez mais restrito de vagas, e/ou com maiores dificuldades em relação a ergonomia, segurança, insalubridade, e a periculosidade. As pesquisas indicam que no ano passado a ocupação dos trabalhadores sem instrução ou com menos de um ano de ensino recuou em torno de 20%, em relação ao ano anterior, enquanto que entre os brasileiros que concluíram o ensino médio, a ocupação cresceu 2% ano e, para os trabalhadores com ensino superior, o avanço foi de 5,3%.

A literatura mostra há muito tempo que uma das maneiras mais efetivas de aumentar os níveis de emprego e especialmente de renda nos municípios é estimular o aumento do nível médio de escolaridade da população. É possível que algum leitor esteja pensando que não viu os candidatos prometerem soluções neste sentido nas últimas eleições municipais. Evidentemente um grande número de eleitores não tem estas informações e por este motivo, também não geram demandas por estímulos a escolaridade nas pesquisas de percepções e intenções de voto, e tampouco geram protestos pela falta destes incentivos. Por outro lado, boas lideranças comunitárias, pessoas realmente preocupadas com o melhor por seu município, região, estado, devem primeiramente entender o que faz o seu município desenvolver e na sequencia desenvolver propostas que façam o bem para a comunidade, mesmo que seus eleitores não tenham informações para gerar estas demandas.

Voltando a provocação do título (multiplique a renda por 6), parece haver muita gente atrás da multiplicação máxima de sua renda, com minimização dos seus esforços. Precisamos auxiliar mais gente a entender que o que gera renda é o trabalho e que quanto mais procurada e qualificada a função, maior a renda sobre o trabalho. E é por isso, que uma forma segura de aumentar a renda e garanti-la por mais tempo é aumentar os anos e os níveis de estudo. Para aumentar a arrecadação de municípios e estados, é preciso aumentar o nível médio de renda da sua população, pois a capacidade de consumo é diretamente proporcional ao nível médio de escolaridade.

Um abraço a todos e até a próxima!

Constatações que ninguém consegue fugir

 


Refletir sobre nossas atitudes e sentimentos é fundamental para evoluirmos mental, comportamental e espiritualmente, independente do credo de cada pessoa. Hoje compartilho um texto bastante reproduzido e atribuído a Johana De Angelis, irmã e escritora, também considerada guia espiritual de Divaldo Franco, que traz constatações necessárias para evoluirmos e das quais ninguém consegue fugir.

A primeira constatação trazida no texto é de que precisamos ter bem presente que os outros não existem para nos agradar ou para nos desagradar. Os outros existem para que possamos aprender sobre nós mesmos e sobre os eles também.

Ninguém pode ser culpado pelo que estamos sentindo. Na verdade, cada um de nós opta pelo sentimento que temos em cada momento. Só você! Só eu!

 A arte de viver com perspectivas, porém, sem expectativas, é a chave para não se frustrar. Expectativa é esperar algo acontecer, seja resultado de suas ações ou das contingências, enquanto perspectiva é vislumbrar o horizonte possível, um ponto de vista do futuro.

Precisamos nos curar do vício da necessidade da aprovação dos outros. Com este vício não poderemos desfrutar de tudo o que nossa essência nos permite. Livre da necessidade de aprovação dos outros, podemos desfrutar da ousadia e da confiança natural de nosso espírito.

Temos controle sobre bem menos coisas do que acreditamos que temos. Quando conseguimos abrir mão do controle do que está ao nosso redor, poderemos ter maior domínio sobre nós e sobre nossa vida. Na verdade, o controle é um reflexo do medo, enquanto o domínio é um reflexo do estado de ausência absoluta de tensão interna e do encontro com a paz. Perceba como você se sente em paz, quando tem a sensação de que domina aquele assunto, ou aquela situação.

Outra constatação fundamental para a vida é que não devemos tentar nos descaracterizar para tentar “caber” no espaço apertado dos pensamentos que os outros podem ter sobre nós. Acredite: isso não vai dar certo. Quem se anula para agradar alguém, apaga a sua luz e acaba ficando no escuro, sentindo-se perdido. É preciso ter mais cuidado com o que os outros nos dizem. Por mais romântico e poético que possa ser, o que importa são as atitudes das pessoas e é o que realmente contribui e faz a diferença.

O orgulho e o delírio de que tudo vai ser como queremos, desejamos ou necessitamos precisam ser abandonados. Desta constatação, pode depender a nossa saúde mental e emocional.

Tudo é passageiro é outra constatação que precisamos ter presente. De perto, a vida pode parecer uma tragédia, enquanto de longe pode parecer uma comédia. Daqui algum tempo iremos rir de boa parte dos dramas que criamos e vivemos. Tudo passa, tanto o que consideramos bom quanto o que consideramos ruim.

Somos responsáveis pelo que está acontecendo em nossa vida. Nossos pensamentos e sentimentos predominantes vão formando nossa realidade, mesmo que não queiramos realmente o fruto de nossos pensamentos, ou queiramos outras coisas. Portanto, se quisermos mudar a realidade, é fundamental mudar os pensamentos e sentimentos.

A carência emocional na verdade não é a necessidade de receber, e sim de se dar. Somente cada um de nós é capaz de suprir as próprias necessidades emocionais. A autora prega que projetar nossas necessidades emocionais em alguém é o mesmo que pedir para que alguém se alimente para saciar nossa fome.

Para viver com mais realidade é preciso mais simplicidade. Só assim, quem realmente somos vai surgir de verdade. É preciso rir mais e não levar tudo tão a sério. O texto finaliza com a constatação: a essência da vida é se descobrir e desfrutar dessa maravilhosa aventura chamada evolução.

 Um abraço e até a próxima!

Quando o líder ajuda e quando atrapalha

 


Um bom líder pode fazer os bons profissionais da sua equipe terem uma carreira ainda melhor, mas um líder deficiente, ou mau chefe também pode ter influência nos resultados das vendas, produção, interpretação, entendimento de cenários, de toda uma equipe.

As pessoas em cargos de liderança podem ajudar ou atrapalhar o desempenho individual, da equipe e da organização como um todo. A ajuda vem pela atenção na escolha da melhor estratégia e direcionamento da equipe. Por outro lado, a liderança pode atrapalhar quando interfere de forma inadequada na tarefa diária, que os colaboradores conhecem melhor.

Quem está numa função de liderança deve fazer no mínimo 5 coisas: não desmotivar; criar um clima de confiança que permita aflorar o talento dos profissionais de sua equipe; inserir os profissionais em projetos desafiadores que incrementem sua autoconfiança; dar bons exemplos; assumir os erros da equipe e dar os méritos a cada um por suas conquistas. Agindo assim, as lideranças ajudam bastante e não atrapalham.

Um superior irá contribuir com as vendas, na prospecção, na criatividade, na produção, na organização, desenvolvimento, planejamento, de suas equipes quando apoiá-las com subsídios relativos a informações pertinentes aos produtos e processos priorizados no momento. O mesmo vale sobre demandas relativas a mercado e concorrência quando pode assessorar a negociação especialmente quanto aos preços e prazos. Todavia, um ponto muito importante a observar é o cuidado para não passar a imagem de que as pessoas da equipe não têm conhecimento ou autonomia suficientes para as negociações, tocar o seu dia a dia e para decidir com bom senso. É preciso atenção e cuidado para não constranger nem o vendedor ou outro profissional da equipe de atendimento, nem o prospect ou cliente, gerando desconfiança, dúvidas ou má impressão dificultando uma próxima venda e o estabelecimento de uma parceria bem-sucedida.

Bons líderes também ajudam quando ficam mais presentes e dispostos a ajudar, como naquelas entregas de material em atraso em que é preciso conversar com a liderança da produção e fazer um pedido mais contundente para concluir o trabalho, pois o prazo já venceu. Por outro lado, o chefe atrapalha quando se dispõe a ajudar, a equipe conta com isso, mas quando chega a hora, ele precisa dar uma saidinha, ainda demora bem mais do que o previsto, e o cliente continua esperando sem solução até que o chefe retorne.

Os líderes podem auxiliar muito no bom relacionamento, para os clientes e prospects se sentirem bem e terem vontade de voltar para as próximas compras. Um programa de pós-venda que garanta a manutenção e o contato periódico com o cliente após a compra é fundamental nos dias de hoje, mas a liderança e os profissionais de vendas precisam de boa vontade e disciplina para este fato. Maus chefes e maus profissionais nem se dão conta do que deixam de ganhar a médio prazo sem um sistema para acompanhar o relacionamento, as vendas, pós-vendas, etc., o que pode equilibrar a concorrência com quem tem e dar uma vantagem sobre os concorrentes que ainda não tem esta importante ferramenta.

Outra forma da liderança contribuir é criar ferramentas para estimular a boa comunicação entre a estratégia e as pontas dos processos, como os vendedores, o pessoal da produção, das entregas, para que se entendam e se unam em torno do objetivo da organização. Enquanto maus chefes insistirem em pagar pouco aos seus subordinados, dificilmente terão times fortes, pois os bons não trabalham por pouco e o mercado tem ótimas ofertas por estes. Também é verdade que existem maus profissionais em todas as áreas, que não ligam para a necessidade da empresa em que trabalham para lucrar e prosperar para dar melhores condições para os empreendedores e colaboradores. Maus profissionais trabalham pelos descontos, e reclamam quando alguém põe os limites. Bons profissionais trabalham para aumentar o valor percebido, tornando o desconto desnecessário para boas vendas. Boas lideranças estabelecem diálogos, e sabem que a verdade, honestidade e franqueza ainda são os melhores remédios para o aumento consistente dos bons resultados.

Um abraço e até a próxima!

Não perca a próxima oportunidade!

 


Todos os dias passamos por muitas oportunidades, porém, percebemos poucas delas. Um conceito síntese de oportunidade é ocasião favorável aos nossos objetivos. Outro fato é que mesmo atentos, é difícil saber quando uma oportunidade rara e de mais valor vai se apresentar novamente.

Uma ótima oportunidade é aquela ocasião favorável que se bem aproveitada pode mudar o seu futuro, abrir novos horizontes, ou mesmo, proporcionar algum dinheiro extra, um prazer ou aprendizado a mais. Por qualquer um desses motivos, vale a pena experimentar ou pelo menos analisar as ocasiões favoráveis aos projetos que se apresentam no caminho.

A acomodação, a falta de tempo (desculpa ruim) ou o simples fato de algumas vezes não entendermos o valor real de algumas oportunidades, permitem que as deixemos passar. É bem comum percebermos pessoas conhecidas perdendo grandes oportunidades, seja no trabalho, ou nos assuntos pessoais e particulares.

            Tempos atrás, apresentamos um projeto realmente inovador, quase disruptivo, para o fornecedor de uma empresa para qual prestamos consultoria. Este fornecedor era a melhor opção pela sua excelência profissional, por conhecer a empresa e os parceiros, ter bom relacionamento, etc., além de um bom custo-benefício. Quando a ideia surgiu, desenhamos alguns pontos e apresentamos, solicitando avaliação e complementação para transformar num produto que ele forneceria dentro do projeto. Na semana seguinte, em nova reunião para dar andamento e ouvir as ideias de complementação, para surpresa de todos, o tal fornecedor ao invés de atuar como vendedor do seu negócio, trouxe poucas ideias e sem relevância, além de ter empilhado objeções e possíveis problemas que enfrentaríamos. Seus olhos não brilharam pelo novo projeto em nenhuma etapa da apresentação e discussão. Ficou a sensação de falta de empenho ou então, pior, de que só complementaria as ideias, caso o projeto estivesse fechado. O segundo encontro foi frustrante, ao invés de estimulante, pois deveria ser de muitas ideias para aproveitar as oportunidades.

Os consultores e os dirigentes da empresa demandante estavam convictos de que o projeto era excelente e não poderíamos esmorecer diante de alguém que não percebeu a oportunidade em seus braços. Decidimos então procurar um novo possível fornecedor e conseguimos uma agenda para o mesmo dia. Ao apresentarmos a ideia inicial para este outro possível fornecedor, os olhos dele brilhavam e assim que deu um espaço já começou a complementar as ideias, apresentar sugestões, citar referências e demonstrar grande interesse, indicando até mesmo outros possíveis parceiros que poderiam contribuir em outras etapas que ainda nem havíamos pensado. Nitidamente, este 2º contato percebeu a grande oportunidade que recebeu de presente.

Nem preciso dizer com qual dos fornecedores preferimos trabalhar neste e projetos seguintes. Certamente enquanto você lê, veio a memória algum caso semelhante. O mais importante é entender que muitas vezes agimos como o primeiro fornecedor e deixamos passar grandes oportunidades simplesmente por não as identificar ou por aquela falta de tempo que é outro problema disfarçado. Além disso, é fundamental lembrarmos que oportunidades podem mudar nossas vidas, nossos negócios e aumentar nossa renda.

                Novos negócios, novos empregos, novos relacionamentos passam por situações como esta, onde por vezes estamos fechados em nossas convicções, que deixamos passar ótimas oportunidades. Quem não está satisfeito com o trabalho atual, pode ter mais dificuldade de ver oportunidades. Procure avaliar como é a sua reação e a de colegas diante da apresentação de uma ideia, um novo projeto, uma proposta diferente. Quem não fica aberto e atento às oportunidades, terá muita dificuldade de mudar o que não gosta na sua vida pessoal e profissional. A longo prazo, talvez seja difícil até de manter. E nestes casos, entendo que nem é justo reclamar que sua vida é sempre a mesma coisa, um tédio ou, pior, que te falta sorte.

Ao ficar mais atento as oportunidades e agir quando perceber aquela ocasião favorável as suas pretensões, o sucesso dos seus objetivos está mais perto.

Que seus olhos possam brilhar mais com as oportunidades que surgem ao longo dos seus dias.

Um abraço e até a próxima!

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