Dias atrás quando eu participava de um
debate sobre gestão empresarial e inovação surgiu uma questão sobre as dúvidas
do que priorizar na tomada de decisões. Rapidamente vários participantes
manifestaram questões e opiniões como “o tempo é curto”, “temos muito a fazer”,
“como escolher o que fazer primeiro?”, “o que não fazer?”, dentre outros. Ainda
enquanto os participantes se manifestavam lembrei que também me sinto assim
seguidamente e aproveito o espaço de hoje para compartilhar o que faço e como
penso nestes casos.
Quando
o tempo é curto e há muito o que fazer, penso primeiro naquilo que não deveria
ser feito naquele momento e isso já permite tirar a atenção momentânea de
algumas demandas. Lembro de uma máxima de Peter Druker quando disse: “Não há
nada mais inútil do que fazer com eficiência algo que não deveria ser feito.” Então,
me pergunto sempre por primeiro, quando e o quanto cada demanda que tenho pela
frente precisa ser atendida e qual o nível de detalhamento e atenção que devo
dar a cada uma.
Diante de uma lista grande de
demandas importantes procuro lembrar sempre da frase de Andrew Carnegie quando disse “Aquele que quer fazer
tudo sozinho, jamais será um grande líder, muito menos aquele que quer ficar
com todo o crédito por fazê-lo.” Desta maneira, vou anotando nomes com os quais
posso contar para assumirem comigo cada demanda. Algumas dependem da minha supervisão
ou orientação, permitindo mais tempo de envolvimento com outras, que dependem
mais das minhas habilidades e competências.
É preciso ter muito claro o que é
prioridade para cada um de nós, tanto no campo pessoal, quanto profissional.
Ter prioridades significa também escolher uma única coisa de cada vez para
fazer em cada área, esquecendo um pouco do que vem depois. Ao concentrar-se
numa coisa de cada vez em cada área acelera-se e qualifica-se o processo,
aumentando a produtividade e o uso do tempo, o que também permite priorizar
logo outra demanda.
Lembrar os motivos pelos quais
estamos atendendo a cada demanda é essencial para podermos ficar mais seguros
de que o que precisa ser feito está bem encaminhado. Por vezes, mesmo sem
querer, vemos como barreiras, aquilo que na verdade são desculpas para não
fazer o que precisa ser feito. “A culpa
não foi minha!”, “Isso sempre foi assim...”, “Mas tem muita gente pior que
eu...” são frases que ouvimos de pessoas próximas demonstrando sinais de
fracasso ao invés de fazerem o que precisa ser feito. Da mesma forma, aqueles
que quando veem um talento diferente nos outros, ao invés de buscar sinergias passam
destacar os defeitos destes, assim como aqueles que entendem que os insucessos
foram causados pelo azar estão demonstrando sinais de fracasso para fazerem o
que precisa ser feito.
Seria maluquice dirigir olhando pelo espelho retrovisor e por isso a
vida também deve ser vivida olhando para o que vem pela frente. O que
ocorreu no passado não deveria representar barreiras significativas para fazer
o que precisa ser feito na vida de cada um de nós. Eu sei que a nossa mente nem
sempre colabora e nos faz pensar seguida e insistentemente em erros e reveses
do passado, mas é preciso saber que é uma armadilha terrível para fazer o que é
preciso daqui para frente.
Ter a mente tão ocupada com os problemas,
com a lista de demandas, com o pouco tempo para fazer muito, deixa pouco espaço
para as soluções e até mesmo para a satisfação que nos dá a busca da solução. Quando
pensamos na solução, no problema resolvido, tudo fica mais fácil. É o que tento
fazer.
Para realizar nossos sonhos, precisamos
fazer o que precisa ser feito, o que pode parecer simples, mas não é. Filtrar
os ruídos e fazer o que precisa ser feito, independente do esforço, das horas,
das dores, do tempo, do que temos que deixar de aproveitar, do desconforto, do
que temos que desapegar.
Desejo que faças o que precisas fazer!
Um abraço e até a próxima semana!
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