Você lembra do dia de abertura de sua empresa? E do seu 1º dia daquele
trabalho que tanto quis? Lembra do seu nível de motivação, ansiedade e
principalmente, de tudo o que você queria realizar... das contribuições que
queria dar?
Quanto tempo alguém que monta um negócio fica pensando, sonhando,
elaborando mentalmente tudo o que gostaria de fazer e oferecer? Seja quanto
tempo for, de semanas a anos, até que tudo amadureça na mente e se possa partir
para a prática, se acumulam muitos desejos, expectativas e vontade de fazer
acontecer a partir deste 1º dia. Ter o emprego, cargo ou função desejada também
leva algum tempo, na maioria das vezes anos, que igualmente acumulam muita
vontade de realizações, a partir do 1º dia.
Deixar o seu legado, a sua marca nas pessoas, na comunidade, no
meio em que você gosta é considerado por muitos, o principal elemento de
motivação no trabalho, seja como empreendedor, ou profissional de uma
organização. Os primeiros dias numa atividade precisam ser de ambientação, de
conhecer as pessoas, entender a estrutura, como tudo funciona, etc., mas isso é
a rotina, as normas, e as necessidades que se impõe. O sentimento dentro de
cada um neste 1º dia na atividade não tem descrição, nem normas, mas em maior
ou menor nível, sabe-se que a expectativa gera sempre muita vontade de acertar
e de realizar muito.
Seja você empresário, gestor, empregado, servidor público, a
intenção deste texto sugerir que procures resgatar um pouco daquele sentimento
do 1º dia na atividade, querendo fazer muito, desejando proporcionar o melhor
ao dar suas contribuições, deixando seu legado neste lugar e para estas
pessoas.
No conhecidíssimo filme o treinador Mickey diz para Rocky Balboa
“o pior que pode acontecer a um lutador é ele tornar-se domado”. Amigos, olhem
para os lados e nos lugares que frequentam, para ver quantas pessoas parecem
ter sido “domadas” pelo conformismo, pela
acomodação com o que está vivendo. Quantos espíritos empreendedores,
quantos novos empregados entusiasmados foram “domados” pelo passar dos anos,
pelas limitações que eles mesmos estabeleceram em suas mentes ao pensar que a
idade, que a família, que a cidade, que fatores externos são barreiras para
fazerem mais e melhor?
O empresário gaúcho Raul Anselmo Randon, das indústrias Randon,
articulou a criação e o desenvolvimento de outros 5 grandes e excelentes
negócios na área de vinhos, laticínios, frutas, logística depois dos 70 anos.
Erick Clapton compôs “I Still Do”, o 23º álbum da carreira, tido por muitos
como o melhor da carreira. Estes e tantos outros que admiro, mas o espaço não
permite mencionar não precisam mais provar nada para ninguém, nem precisam
sustentar suas famílias, mas criam, fazem, empreendem, até o fim da vida como
se estivessem no 1º empreendimento, no 1º dia de trabalho, na 1ª empresa, na 1ª
música, no 1º álbum, querendo muito fazer melhor do que tudo o que já fizeram.
Por estes tantos bons exemplos, tenho certeza que quando aprendemos a gostar do
que temos, de quem temos, do que fazemos, conseguimos manter um tanto do
entusiasmo, motivação e esforço do 1º dia, para fazer mais e deixar um legado
melhor.
Ao pensar sobre a estagnação de determinadas empresas,
instituições, ou de carreiras de gente conhecida, parece que haviam
estabelecido uma linha de chegada, mas esqueceram de seguir adiante, para o
próximo desafio. Depois de curtir, comemorar a chegada, descansar, precisamos
planejar e partir para o próximo desafio. Além disso, a construção do legado, onde
várias etapas podem ser concluídas já podendo contribuir com os outros e gerar
satisfação a quem proporcionou, me parece ser mais importantes do que a
tradicional linha de chegada.
Com o entusiasmo e a motivação do 1º texto, da 1ª aula, da 1ª
palestra, da 1ª consultoria, da 1ª gestão, da 1ª empresa, do 1º livro, da
estreia no jornal, desejo ótimos dias e até a próxima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário