Dentre as muitas
correntes que estudam e propõe métodos para motivar as equipes, há algumas
unanimidades e dentre elas a busca pelo comprometimento da equipe fazendo com
que a maior parte possível se sinta como se fossem donos. Nos processos de mudança,
na inovação dos serviços e produtos, poucas atitudes engajam mais gente do que
o sentimento de ser dono ou parte da ideia.
A indústria
voltando a contratar, o varejo motivado pelas boas vendas de fim de ano, férias
e carnaval, boas perspectivas para a economia em 2018, trazem um novo ânimo
para os negócios, e com ele, mais concorrência. É o momento de inovar, tanto
para se diferenciar de alguns, quanto para se equiparar aos que já saíram na
frente.
Sempre que algum
empresário ou executivo me fala que quer inovar mas sua equipe não tem
iniciativa, não traz novidades, eu pergunto o que a empresa tem feito para
incentivar a inovação entre os empregados. Os salários, os bônus, prêmios, são
elementos importantes no alinhamento dos colaboradores com as metas globais da
empresa, mas já está provado que não são suficientes na criação de um ambiente
de criatividade e inovação. A experiência mostra que por vezes, incentivos
financeiros muito focados no curto prazo até atrapalham a inovação e o
desempenho da organização á longo prazo. Por este e outros motivos, é
fundamental criar um ambiente positivo, que estimule a geração de novas ideias,
sem qualquer tipo de penalização, ou constrangimento quando alguém apresentar
um conceito considerado inicialmente absurdo.
Com o passar do
tempo, é importante criar um ambiente em que a equipe como um todo se sinta co-criadora
das novidades e com o tempo, “dona” do empreendimento ou produto, portanto, corresponsável
pelo sucesso ou fracasso de cada iniciativa, podendo receber o reconhecimento
pela superação das expectativas.
A inovação é
estimulada pelo líder trazendo sua visão, desenvolvendo o espírito e dando
liberdade para questionar, refletir e avaliar constantemente os mais diversos
processos. Sabemos que as vezes até sem querer, a postura do dirigente inibe a
exposição de novas ideias, de propostas que amadurecidas e complementadas com
sua experiência e conhecimento dos outros membros da equipe, podem gerar
melhores resultados. Para os dirigentes que querem melhorar a abertura para as
iniciativas inovadoras, além de realizar reuniões com foco em novas ideias é
preciso avaliar e reavaliar a sua própria postura nas reuniões, tanto na fala,
quanto nos gestos e expressões, é pouco, mas já é um começo.
Algumas vezes os
membros da equipe inibem os colegas a proporem inovações, então, sugere-se
preparar, pensar e fazer tudo para ter um ambiente positivo, gerador de novas
ideias e principalmente, que não desencoraje as pessoas a apresentá-las. É
preciso preparar os líderes de setores para serem cada vez mais líderes,
orientando mais estratégias e focando menos em cobrança de questões
operacionais. Também é fundamental criar a sensação de que os projetos são de
todos, não somente seus, pois o sentimento de propriedade de mais pessoas da
equipe é fundamental para o desenvolvimento da inovação.
Inovação sempre é
importante, mas entendo que este é um momento propício para aqueles que
aguardam um bom momento para realizar mudanças nos negócios e nos processos. Para
quem vai começar, é importante avaliar se tem energia positiva o suficiente
para estimular e inspirar as pessoas na busca de novidades. Não esqueça de avaliar
antecipadamente suas falas, textos, orientações, posturas, verificando se você
tem sido mais catalisador ou mais inibidor da inovação. Aproveite o momento!
Desejando muita
inovação em 2018, um abraço a todos!
Um abraço e até a
semana que vem!
Gostei muito do texto, Marcelo! Olha, eu acho que outro ponto fundamental para que inovação surja a partir dos colaboradores é que os gestores estejam abertos a escutar seus subordinados e não criem punições para ideias que não tiveram resultados positivos.
ResponderExcluirAbraço e parabéns!