Chegou a campanha
eleitoral e muitos temas vem a tona, com discussões que se afloram em
diferentes campos. Alguns temas mais periféricos, outros mais centrais, quase todos
de alguma forma representando os diferentes segmentos e correntes de pensamento
da população que agora pode escolher novos representantes.
Mais do que
nunca, fica claro que precisamos de melhores representantes, mais comprometidos
com o que é preciso fazer. Os resultados da economia são sempre consequência de
decisões e ações, então, mais especificamente as propostas em relação as
finanças públicas e ao desenvolvimento de negócios precisam ser temas centrais
nestas eleições. Por este motivo, as entidades empresariais como FEDERASUL, ACIs
e outras estão propondo uma pauta para as lideranças comunitárias, associativas
e empresariais desenvolvê-la sempre que houver oportunidade de diálogo com os
candidatos. A burocracia, a carga tributária, a infraestrutura, o tamanho do
Estado, empresas estatais, ajuste fiscal e previdência são temas centrais que
impactam diretamente nos negócios e estes na economia. Um candidato realmente
comprometido com o futuro do Estado e do País, precisa ter uma posição clara
sobre estes pontos.
A posição dos
candidatos ao legislativo é tão ou mais importante do que do executivo pois da
Assembleia, da Câmara e do Senado é que partirão propostas, assim como aprovação,
alteração ou rejeição de propostas. A dívida pública aumentou muito nos últimos
anos e tem afetado diretamente todos os tipos de investimentos. Quais as
propostas do candidato que visitou a tua comunidade sobre este ponto? Temos
tido menos de 3% das receitas correntes líquidas para investimentos. São estas
receitas que podem ir para ampliação das estruturas de apoio a saúde, educação,
estradas, segurança. O que os candidatos propõe sobre a distribuição do
orçamento público?
A cada ano aumenta
o comprometimento de tudo o que se arrecada em tributos com a folha de pagamento dos servidores públicos,
restando cada vez menos recursos e dificultando inclusive os compromissos com a
própria folha. Para piorar muito esta situação, algo que é pouco divulgado é quando
aumenta ano a ano o gasto total com servidores inativos e pensionistas,
consequentemente reduzindo o que sobra para os servidores ativos. Não é a toa
que há anos os economistas fazem alertas sobre a situação que é insustentável. Olhando
os números, só voto em alguém que tenha uma proposta clara e confiável para encaminhar
a situação que é das mais graves!
Considerando que
os gastos com pessoal já ultrapassaram em muito o patamar do suportável pelas
contas públicas, o que o candidato pretende propor para manter o Estado e o
País funcionando? Considerando ainda que a carga tributária em vários casos é a
maior do mundo e causa comprovada por estudos internacionais de falta de
competitividade do Estado e do país, o que o candidato pretende propor para
aumentar a atratividade de novos empreendimentos e a manutenção dos atuais?
O orçamento com
educação pública tem uma proporção similar em relação ao PIB de países
desenvolvidos e onde alcançaram índices exemplares de desenvolvimento social. Os
baixos índices da educação brasileira devem-se mais a má utilização de recursos,
má gestão, do que falta de dinheiro. O esforço se perde, não revertendo em
qualidade na educação e nem acesso a quem precisa. Só vou considerar voto em
candidatos que tiverem propostas claras para estes pontos. O que seu candidato
propõe a respeito?
Um abraço e até a
próxima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário