Diferentemente
do que pensam alguns, o futuro não está exatamente a nossa espera e a sua
construção demanda mais do que trabalho e dedicação. É preciso haver ruptura
com a forma de ver e fazer aquilo que já se sabe que gera resultados
indesejáveis.
Diante da reconfiguração de cenários políticos,
econômicos e sociais no planeta, é cada vez mais clara a percepção de que esse
início de milênio demarca um importante momento de transição na história da
humanidade, redefinindo velhos conceitos e fazendo emergir novos hábitos,
transformando pouco a pouco a maneira de pensar e agir. Entre outras coisas,
isso significa produzir, negociar e consumir, nesta cadeia que orienta nossa
sobrevivência, de formas diferentes.
O pesquisador
Danny Quah, da Escola de Economia e Política de Londres diz que a era do
conhecimento começou há bem mais tempo e que com a difusão, o acesso e a
escalabilidade, começamos a viver a “economia
leve”. Isso significa algo como a desmaterialização dos mercados, ou pelo menos
a redução do “peso” daquilo que é material, sobre o restante. Assim temos
economias podendo ser mais produtivas e abrangentes, com menores efeitos
colaterais sobre o planeta.
Por trás das
tecnologias, entretanto, o grande motor das mudanças são as ideias e ações que
dão sentido e utilidade aos instrumentos. A nova economia já deu amostras muito
fortes do seu caráter colaborativo. Esta nova era permite que as pessoas
participem da economia como nunca foi possível em outros períodos da história.
Novas formas de colaboração em massa estão mudando a maneira como bens e
serviços são criados, produzidos, distribuídos e comercializados globalmente.
Entendendo o
poder que tem, as pessoas não aceitam mais simplesmente ser uma massa capaz de
potencializar as possibilidades favoráveis aos interesses das marcas. Eles
querem se sentir donos e querem o direito de produzir, desconstruir, fundir e
compartilhar. Veremos como cenário mais bem definido para o sucesso aquilo que
tiver ampla participação das pessoas, na criação, produção, distribuição,
organização. O autor Pierre Lévy, neste sentido, afirma que é preciso mais valorização
técnica, econômica, jurídica e humana de uma inteligência distribuída por toda
a parte, e que assim, pode-se desencadear uma dinâmica positiva de
reconhecimento e mobilização de diferentes competências.
A colaboração e
participação têm desenvolvido os mais diferentes setores. O egoísmo, o
individualismo, o protagonismo de um só, que muitas vezes são frutos de
arrogância, vão perdendo espaço, mercado e prestígio para as iniciativas
colaborativas, com grande participação de usuários, fornecedores,
proprietários, produtores.
Quando fizer seus
desejos para o próximo ano, lembre que o futuro não está pronto, precisa ser
construído e o caminho é a colaboração entre os diferentes.
O desejo de um
Feliz e Abençoado Natal aos amigos leitores e suas famílias!
Um abraço e até a próxima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário