Embora reconhecidas como fatores de
desgaste emocional e físico, a competitividade, o enxugamento das equipes,
dentre outros gera necessidades de jornadas extremamente exaustivas, alcançando
os limites do suportável para gestores, executivos e empresários. Há pesquisas
que estudam o número de horas de trabalho de executivos, mostrando que as
jornadas destes profissionais no Brasil têm sido em média de 70 horas por
semana, bem maiores do que em países desenvolvidos. Neste cenário, o excesso
impede que o indivíduo consiga cuidar de si mesmo, o que muitas vezes se
reflete na dificuldade de comunicação com os setores e grupos da organização
que dirige.
Muitas vezes a evidência de
fragilidades emocionais e físicas impactam negativamente na comunicação
empresarial. Nas pesquisas a respeito, é analisado o nível de stress dos
executivos e no ranking mundial, os executivos brasileiros têm ficado em 2º
lugar, atrás do Egito, como os mais estressados, o que certamente prejudica a
produtividade, a criatividade, os relacionamentos e também, uma boa comunicação
com seus pares e suas equipes.
Sob forte tensão, qualquer pessoa é
levada a ter uma percepção alterada dos acontecimentos. Dependendo do nível de
stress, pode-se acreditar que a realidade é melhor ou é pior do que de fato se
apresenta. O corpo das pessoas envolvidas, dos colaboradores, começa a dar
sinais que podem se transformar em doenças se o clima ruim se mantiver por
muito tempo. A competição externa e interna tem limites, que quando ultrapassado,
faz com que a mesma deixe de contribuir como estímulo, motivação, tornando-se
um freio, quando quase todos passam a se proteger, se fechar e não vão adiante
para não perder ou ser questionado.
A comunicação interna é altamente impactada
por este clima interno, ao mesmo tempo que quando bem utilizada contribui decisivamente
para a melhora do clima organizacional, para a eficiência operacional e para o
alinhamento estratégico. Assim, é muito importante que todos os integrantes de
uma organização, ou grupos entendam a importância de uma boa comunicação, se
comprometam e se engajem com as melhores práticas.
Realizar reuniões periódicas dos
setores e também entre todos os gestores da organização é elementar, mas para
quem não utiliza esta prática, é aquele óbvio que precisa ser feito. É preciso
lembrar sempre que os elogios e os atos de reconhecimento devem ser públicos,
normalmente em reuniões, ao passo que as correções e eventuais repreensões,
devem ser individuais. Se as reuniões serão semanais, quinzenais, mensais, vai
depender do volume de informações e tomadas de decisões em grupo que a
organização tiver. É muito importante lembrar que os encontros presenciais, as
reuniões, sempre engajam mais e melhor, e os tipos de tomada de decisões em
grupo devem ser escolhidos em acordo com a cultura organizacional. É importante
lembrar que nas reuniões, a prioridade deve ser discutir, refletir e entrosar o
grupo. Os avisos, as informações, leituras de documentos, e afins podem ser
priorizados por email, murais, grupos de whats e outros.
É muito importante lembrar que textos do
email, mesmo que curtos, mensagens de whats e até mesmo recados escritos, não
tem emoção e por isso ao serem lidos, muitas vezes podem ser interpretados
pelos receptores diferentemente do que o desejado pelo emissor da mensagem. Ao
saber disso, é preciso dar mais atenção às mensagens escritas para haver uma
melhora na comunicação e no clima organizacional.
Um abraço e até a próxima!
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