Convivemos
com muita gente que parece ter muito potencial, mas não se desenvolve por
acreditar que “os outros” a estão prejudicando e não a deixam crescer. Desenvolver
a si mesmo implica em romper amarras e saber que as barreiras internas como o
medo, a timidez, a preguiça, a vergonha, desculpas, falta de ânimo, baixa
estima é que atrapalham verdadeiramente a realização dos seus sonhos.
Marco Aurélio Ferreira Viana em sua
extensa obra afirma que para o autodesenvolvimento o indivíduo deve assumir a
responsabilidade por sua evolução, através da busca pessoal por recursos e
condições que lhe permitam reconhecer que hoje está “melhor” (em qualquer
aspecto) que ontem, e ter a certeza de que, amanhã, estará melhor que hoje. Quando
pensamos nos recursos para promover este autodesenvolvimento, estamos
fundamentalmente considerando a educação e qualquer outra ação, que venha a
contribuir para que o indivíduo gerencie a si mesmo!
No contexto das organizações, este tema
assumiu uma grande importância, pois o autodesenvolvimento tornou-se uma das
mais importantes competências para o profissional do século XXI e dele
dependerá o sucesso das pessoas e consequentemente das organizações. Só as
organizações que tiverem pessoas que estejam absolutamente conscientes e
focadas em seu autodesenvolvimento, serão capazes de responder rapidamente a
mudanças tão aceleradas, adaptar-se à nova realidade tecnológica, e superarem
os desafios, que garantam, mais do que a sobrevivência, o sucesso organizacional.
A reflexão de hoje não serve apenas
para a gestão da carreira, embora, este ponto ganha cada vez mais importância. Peter
Drucker, destaca em sua obra “Os desafios para o século XXI” que gerenciar a si mesmo é colocar-se onde
você possa fazer sua maior contribuição à sociedade, aprendendo a se
desenvolver constantemente, mantendo-se mentalmente ativo e aprendendo como e
quando mudar.
Sabe-se que as pessoas que conhecem bem
a si mesmas, tem um bom senso de auto-observação, conseguem analisar as melhorias
necessárias às suas capacidades, condutas, atitudes e alinhá-las as exigências
do seu trabalho, de profissões de interesse e do mercado, obtém maiores
possibilidades de realização na carreira e na vida pessoal, pois encontram
alternativas adequadas ao seu perfil e adaptando-se mais facilmente às mudanças
trazidas pelas novas tecnologias.
O trabalho ganha cada vez mais
significado nas vidas de muitas pessoas, que irão trabalhar por necessidade ou
por satisfação, por 50 anos ou mais, sendo que cada vez mais gente passa a encarar
o trabalho como fonte de satisfação e realização, buscando atividades que deem
significado à sua vida e que estejam compatíveis com seus valores e sua visão
de futuro.
O que é sucesso para um, pode não ser
para outro, tendo em vista essencialmente os valores e a forma de entender a
vida, são muito particulares e por este motivo, prefiro falar em sonhos e
realizações. E são diversos os pesquisadores e pensadores, de diferentes
correntes que afirmam que a realização dos sonhos dependem da pessoa assumir a direção
de sua própria vida, conhecendo seus limites, tentando superá-los, sem culpar
os outros ou situações externas por aquilo que não gosta ou não sair como
deseja.
Daniel Goleman, dos best-sellers Inteligência
Emocional/Múltiplas inteligências identificou em suas pesquisas que 90% das
diferenças entre executivos de desempenho excepcional e os de desempenho médio,
estão relacionadas aos fatores relacionados à inteligência emocional e não às
habilidades cognitivas e competências técnicas adquiridas na escola e
universidade. Entender que a motivação não vem dos outros e ter capacidade de automotivação,
conseguir escolher e fazer o que gosta estão entre os fatores mais importantes
para a realização profissional e pessoal.
Quanto às empresas, que são integrações
de seres humanos, não há como não estabelecer uma correlação direta entre o
sucesso pessoal/profissional e o sucesso da organização, mas sabe-se que
pessoas felizes são mais produtivas, e vice-versa, gerando ambientes mais
positivos e melhores resultados para todos.
Um abraço e até a próxima!
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