Porque fui nestes locais? - Pela
indicação de muitos amigos e conhecidos, também por encontrar indicações
positivas e boas avaliações dos produtos e negócios destes lugares, e ainda, porque
como sabem, sou um admirador (e curioso) das iniciativas de desenvolvimento
local e regional.
Um terreno
extremamente acidentado, variando rapidamente entre 150 e 800 metros de
altitude em relação ao nível do mar, solo rochoso e temperaturas que variam 20
graus num mesmo dia, nas 4 estações bem definidas, são algumas das
características em comum destes municípios e localidades. É intrigante saber
que os primeiros colonos foram atraídos para e ficaram neste locais, que por
estas características, foram considerados inóspitos por expedições francesas e
outras que séculos antes haviam passaram por lá.
Uma parte
deste interior eu já conhecia, porém, a maior parte dos caminhos percorridos e
locais visitados foi novidade e quanto mais adentrávamos ao interior, em meio a
subidas e descidas de morros, mais ficávamos admirados com a quantidade de
empresas produtoras de vinhos, sucos, bebidas destiladas, doces de frutas,
embutidos de carne, queijos, móveis, máquinas e ferramentas industriais.
Especialmente
Flores da Cunha, com quase que a totalidade das vias de acesso às mais
distantes localidades, asfaltadas, com excelente acabamento, sinalização, sem
buracos ou desníveis, garantindo segurança, conforto, orientação e assim atraindo
e mantendo compradores, clientes, turistas, visitantes, consultores,
vendedores, fornecedores de insumos, e especialmente, motivando os
trabalhadores e empreendedores a permanecerem na localidade. É a descentralização
do desenvolvimento econômico na prática, distribuindo melhor o transito, a
geração de tributos, de resíduos e ruídos, ocupação da mão de obra, dentre
outros.
Conheci somente
por leitura, e ainda assim, poucos lugares em que as indústrias estão
distribuídas quase que equitativamente ao longo do território, nas mais
diversas localidades, como nestes municípios. Entre uma empresa e outra, entre
a sede de uma localidade e outra, as propriedades rurais, tanto a área
residencial, quando os espaços de cultivo, principalmente videiras, milho,
pomares de frutas com destaque para o pêssego, chamam a atenção pela
organização, cuidado, limpeza, gramados amplos e bem aparados, jardins floridos
e bem cuidados, assim como os acessos, as casas, os silos, armazéns e abrigos
para as máquinas.
O que tem
aqueles lugares de diferente de tantos outros que convivemos, conhecemos e que
gostaríamos que fossem assim? É uma pergunta que me faço há tempos, e é o que me
motiva a visitar e revisitar, ler, estudar, tanto a história dos lugares,
quanto as pesquisas realizadas a respeito do seu desenvolvimento. Até o
momento, as respostas que tenho encontrado é de que são as pessoas que moram
nestes locais que fazem tamanha diferença. Claro que as administrações
municipais fizeram chegar o asfalto e a energia de excelente qualidade aos
locais mais distantes das sedes, mas quem empreendeu, construindo fábricas,
lojas e locais para visitação e compras, nos pés ou nos altos dos morros,
agregando valor a produção de frutas da propriedade, e também a outros produtos
a base de madeira, aço, fios, assim como cuida impecavelmente das lavouras,
casas, instalações para animais e máquinas, estando ou não a primeira vista da
estrada, foram as pessoas que moram lá e seus antepassados. Um conjunto que é fruto
de um legado de amor pelo lugar e satisfação com o que fazem, plenamente
demonstrado na capacidade de cuidar do que conquistaram, acolher muito bem a
quem chega e buscar o melhor a cada dia.
Todo e
qualquer lugar pode ser muito melhor, e só depende de mora lá!
Um grande abraço e
até a próxima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário