Creio que
todos os amigos leitores já ouviram e leram bastante ao longo dos anos, que as
crises e os problemas, são também oportunidades e trazem alguns benefícios.
Deste modo, com as crises que estamos vivendo na saúde e na economia,
precisamos atentar para os benefícios,
aprendizados e oportunidades geradas por elas.
Para
perceber oportunidades precisamos ter olhos para o que é novo e de certa forma,
inesperado. É certo que vamos superar a crise sanitária, pois temos muito mais
estrutura de saúde, conhecimento e cientistas, do que nas pandemias dos séculos
passados. A solução da saúde é uma questão de tempo. Todavia, quanto aos
hábitos, tanto de convivência, quanto de consumo, a situação econômica, os
negócios, me parece certo que teremos muitas mudanças pela frente. Falo de mudanças
que ainda não estão prontas, mas que estão nascendo na mente de muita gente,
inclusive de quem está lendo este texto.
Me
parece inevitável uma recessão econômica a partir da imposição do
distanciamento e isolamento social como medida para retardar o contágio da
maior parte da população no mesmo período. Todavia, quando todas as
atividades econômicas estiverem na ativa juntas e ao mesmo tempo, buscando
recuperar o atraso, os indicadores econômicos retornarão ao positivo e com
força. Precisamos então, prestar mais atenção naquelas mudanças que provocam
reestruturações de longo prazo.
Ficando
em casa para trabalhar, estudar, tempo livre e tudo mais, as pessoas estão usando a internet e o smartphone para tudo o que é possível
imaginar, passando muitas ações de experimentos para realidade em nossos lares
e empresas em poucos dias.
Só no campo da comunicação já é
fácil imaginar importantes mudanças nos próximos dois a três anos, que afetarão
os relacionamentos em todo o planeta. É certo que antes de agendar viagens para
reuniões, pensaremos algumas vezes, se não é melhor fazer uma reunião on line
na segurança, conforto e praticidade de nossas casas e empresas, do que viajar
mais horas do que o tempo da reunião. Embora essas tecnologias já estivessem
disponíveis há muito tempo, nossos hábitos ainda exigiam presencialidade em
quase tudo. Por necessidade, imposição, sem muita escolha, as pessoas estão se
adaptando ao uso da tecnologia para intercomunicação e embora alguns estão
incomodados, muitos estão gostando dessa experiência. Quantas oportunidades
surgem só neste campo?
Para cada um de nós e a imensa
maioria das pessoas do planeta, durante muito tempo será inevitável refletir
sobre a presença em grandes aglomerações, seja em shows, filas, festas, e
outros, não só em locais que poderiam ser alvo de ataques terroristas. Um novo
momento para o turismo, entretenimento, cultura, eventos, comemorações,
atividades religiosas se aproxima, oportunizando reinventar atividades com opções
que ainda não foram exploradas.
É
certo que a população mundial independente de país, cultura, etnia, clima, vai
cuidar mais da higiene pessoal e de suas casas, assim como cobrará mais ações sanitárias,
prevenção, limpeza de ambientes empresariais e públicos, investimentos na
saúde, dentre outros. Laboratórios, indústrias farmacêuticas, planos
de saúde, veem uma perspectiva de crescimento econômico muito forte em todo o mundo,
seja com testes, vacinas, novos medicamentos e a proteção da saúde em
geral.
Creio
que as relações comerciais internacionais terão uma dinâmica diferente, de mais
proteção, respeito, identificação de alternativas, a partir do que está
ocorrendo na pandemia. A flexibilidade nas relações trabalhistas, é outra tendência
que deve abranger todos os lugares do planeta. A flexibilização das relações
comerciais, trabalhistas, fiscais, e outras deve estar presente em todas as
novas tratativas que surgirem a partir de agora e para muito tempo.
Durante um
tempo o universo nos mostrou possibilidades para os reinventarmos, mas agora
fomos forçados a nos reinventar de um dia para o outro, nos adaptando à novas realidades e assim, continuamos aprendendo. É o
lado bom da crise!
Um abraço!
Com o desejo de que Deus nos proteja e ilumine em nossas decisões!
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