Nos últimos
anos as administrações municipais e entidades do setor empresarial tem feito pedidos
e campanhas para valorizar o que é produzido e vendido local e micro
regionalmente. Todavia, chegamos no momento em que mais do que nunca é
importante valorizar o trabalho, a prestação de serviços, a produção, o
comércio local e micro regional.
A manutenção do emprego de um
familiar e aquela vaga de emprego que seu filho, está procurando, podem ser
garantidas ou não pelos negócios locais e micro regionais. Quem compra em
outras cidades e na internet deveria esperar que seus empregos e de sua família
fosse garantido por empresas destes locais. Os tributos referentes a estas
compras, que gerariam a receita que falta para a Prefeitura fazer as obras que você
e os vizinhos consideram importantes e necessárias para uma vida melhor, tem
ido para os cofres das grandes cidades, sedes dos centros comerciais físicos e
on line.
Se você quer a cidade mais limpa,
com mais saúde, melhores ruas e estradas, mais empresas, mais empregos, mais
renda, a ação mais importante que você tem a fazer é mobilizar amigos, vizinhos
colegas para valorizar, prestigiando a produção, o comércio, a prestação de
serviços e o trabalho local.
Mais de que nunca, é hora de
valorizar o que é local.
O que é do Brasil, feito pelo
brasileiros, o que é feito no seu Estado, na sua região, no seu município, na
sua comunidade deve ter muito mais valor da sua família e amigos. As doações, a
solidariedade, a ajuda aos hospitais, aos profissionais da saúde, aos mais
necessitados, vieram de onde? As pessoas que integram as diretorias das
associações que cuidam da saúde, da economia, da espiritualidade, do bem estar,
segurança e conforto da sua comunidade integram as empresas, cooperativas e
instituições locais. Lembrem-se que não são as pessoas daquelas empresas da
internet que estão no dia a dia doando seu tempo e recursos para ajudar lar de
idosos, orfanatos, APAEs, entidades carentes.
Na compra de produtos que se
tornaram disputados pela grande demanda mundial, cada país tentou salvar a sua
população, cada nação busca cuidar da sua gente de todas as formas. Da sua
gente, não de quem compra seus produtos. Precisamos ter isso presente ao
decidir pela compra de cada peça de roupa, calçado, acessório, bebidas,
alimentos, olhando bem o rótulo, a etiqueta e analisando os empregos de quem
vamos manter.
Já publiquei nesta coluna o
percentual de pessoal ocupado nas cidades sedes dos jornais em que esta coluna
circula e vimos que gira entre 10 e 35% da população. Os empregos e a renda
gerada por no máximo 1/3 da população, vem em grande parte dos negócios locais.
A comida local, os pontos turísticos locais e micro regionais, o artesanato, os
artistas, os dentistas, os médicos, as escolas, as faculdades, as lojas, os
produtos coloniais, os produtos fabricados na sua cidade e micro região nunca
foram tão importantes para a sua vida e a vida da comunidade quanto agora.
É hora do servidor público, que
tem a renda preservada e garantida, bem como todas as muitas pessoas da
iniciativa privada que não teve redução de renda, manter os pagamentos de todos
os serviços contratados, e promover ações colaborativas e solidárias. Não é
hora de levar vantagem, de pressionar, principalmente entidades e empresas que
já enfrentavam dificuldades e agora mais do que nunca precisam de ajuda.
É hora das empresas que estão bem
estruturadas, prestigiarem os pequenos produtores locais e micro regionais, que
conhecem, podem confiar, que sabem onde estão e podem dar boas respostas. Certamente
não estão tão bem estruturados e profissionalizados quanto os das outras
cidades, mas certamente sua empresa pode fazer um esforço a mais para
prepará-los para serem seus fornecedores. É hora de pensar na manutenção da
estrutura econômica local de todas as formas, e em todos os aspectos.
Para viver em
comunidade, com saúde, segurança e bem estar precisamos de muito mais
compromisso com os que estão ao nosso redor.
Um abraço, desejando que Deus
nos ilumine em nossas decisões sempre!
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