A análise que circula nas redes é a seguinte “Uma barra de ferro custa US$ 5, mas transformada em ferraduras vale US$ 12. A barra de ferro transformada em agulhas vale US$ 3.500, mas transformada em molas para relógios, tem seu valor de mercado avaliada em US$ 300.000,-.” (aproximadamente um milhão e meio de reais) Em todas estas etapas, mesmo a fundição do minério em barra de ferro, precisa trabalho, equipamentos e inteligência, porém, quanto mais trabalho inteligente for empregado, mais valor é possível obter ao final do processo.
Um quilo de uva é R$ 1, mas transformada em suco passa a R$ 10, e em vinho bem simples R$ 15, enquanto um vinho médio passa para R$ 40, a R$ 100, sendo que alguns vinhos do RS e SC ultrapassam os R$ 500, a garrafa. Da mesma forma, é preciso trabalho, capital, tecnologia, inteligência para produzir uvas em condições de fazer sucos e vinhos, mas aqueles que transformam R$ 1, de uva em R$ 200, a R$ 300, de vinho o fazem com agregação de trabalho inteligente de várias formas, incluindo embalagem, rotulagem, apelos de marca e imagem, esforço de vendas e boas histórias.
Um quilo de soja custa R$ 2, mas transformada em óleo e farelo, vale mais, sendo que transformado em lecitina, proteína texturizada, suco, tofu, molhos, farinhas, fibras, ingredientes para outros alimentos e cosméticos, alcança valores de mercado muito superiores. O milho avaliado em R$ 1, o quilo, transformado em frango, ou suíno, tem um valor de mercado bem superior, sendo que por sua vez, o quilo da carcaça do suíno avaliada em R$ 10, tem o valor aumentado quando transformada em cortes especiais, ou embutidos de preço médio como salame e presunto cozido, que vão de R$ 25, a R$ 100 o quilo, enquanto o famoso presunto pata negra pode alcançar R$ 800,00 o quilo.
A economia de nosso país, bem como de cada estado, assim como o volume de riqueza e a qualidade de vida, com os recursos que giram na economia local tem relação direta com a agregação de valor que as pessoas de cada comunidade se esforçam e estão dispostos a empregar em sua produção primária. Conforme conclui a análise que circula nas redes sociais, fazemos muitas “ferraduras” e poucas “molas de relógio”. A superação das dificuldades de geração de emprego e renda pode vir mais rápida, ou com menor dificuldade, se conseguirmos que mais pessoas, especialmente as lideranças entendam que a riqueza, a qualidade de vida, o bem estar vem com a transformação do trabalho na produção primária, básica, extrativa, em agregação valor, com mais inteligência, tecnologia e inovação.
Esta análise também pode e deve ser uma lição aprendida em cada uma de nossas casas, pois o valor do trabalho é determinado pelo que cada um é capaz de fazer com o seu esforço e com o seu tempo.
Como se obtém mais inteligência, tecnologia e inovação para as comunidades, estados e país? Ainda não foi inventado nada que substitua a necessidade de estudar, aprender, desenvolver conhecimento, para aprimorar processos e gerar mais valor. Pessoas, famílias, comunidades mais dispostas a aprender a agregar valor são o primeiro passo para a mudança de rumo que muitas gerações esperam do país em que vivemos.
Um abraço e até a próxima!
Excelente artigo!!! Parabéns!!!
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