Os últimos anos e em especial os últimos meses têm
sido testes de altíssimo nível para quem vive sob a pressão dos resultados, da
tomada de decisões difíceis, da elaboração de planos rápidos, dentre outros. Sabe-se
que um dos segredos para enfrentar a pressão é manter a calma, porém, é
possível que a maioria esteja fazendo isso de maneira errada.
Um
estudo coordenado pelo professor Allison Wood Brook da Harvard
University mostra que sob pressão a maioria de nós tenta ficar calmo da maneira
errada. Outra constatação é que quem abraça o desafio de superar uma crise, ultrapassar as
dificuldades as anima e assim tendem a obter melhores resultados do que aquelas
que se esforçam muito para permanecerem calmas. “Quando as pessoas se sentem
ansiosas e tentam se acalmar, elas estão pensando no que poderia dar errado.
Quando elas ficam animadas, elas estão pensando nas coisas que podem dar
certo", afirma Brook. A justificativa é que permanecer composto, focado e
efetivo sob pressão, é uma atitude mental, pois aqueles que dominam uma crise
são capazes de canalizar suas emoções para o comportamento que desejam,
transformando ansiedade em energia.
Uma
recomendação é se apegar a lógica, avaliando o que pode ocorrer de pior com
este resultado, como isso vai impactar em 5 anos, e assim por diante. O pânico
no caso de um erro ou acidente é a antecipação de passar vergonha em público.
Assim, os estudos recomendam construir confiança e concentração de esforço em
busca das soluções. O coordenador do estudo recomenda lembrar sempre: "Tem
mais para mim do que essa situação. Um erro não vai me definir". E ainda,
de que é preciso reconhecer “que as pessoas são menos focadas em você do que
imagina.” Ou seja, seus colegas, as pessoas próximas tendem a se preocupar mais
com a solução dos problemas do que com quem tem responsabilidade com o erro ou
acidente.
Nada
ajuda mais a manter o foco durante uma crise do que o pensamento lógico. É
preciso se recuperar logo do susto e focar no que realmente aconteceu, possíveis
repercussões, como evitar mais repercussões, quem pode ser envolvido para
reduzir impactos negativos, dentre outros. Não há nada de produtivo em autoacusações
e nem culpas aos outros. Entendidos os fatos e o problema, é hora de “tomar as
rédeas” da situação. Concentrar energia para superar e tentar fazer as coisas
melhores dará mais forças e auxilia na redução da ansiedade. Animar-se pelos
desafios de “voltar das cinzas” irá melhorar sua performance drasticamente. Para
manter as coisas funcionando, é importante não ser muito duro consigo mesmo, lembrando
que ninguém é perfeito e que até as pessoas mais bem sucedidas cometem grandes
erros.
Gerenciar
suas emoções, manter a calma e ter um modelo mental preparado para trabalhar
sob pressão está diretamente ligada ao desempenho de cada profissional. Muitos
testes de seleção, especialmente para cargos e funções que precisam lidar com
pressão, avaliam a capacidade da pessoa para lidar com suas emoções. É um
aprendizado contínuo, que todos podem desenvolver.
Ninguém
gosta de cometer erros e não importa o tamanho e o tipo de erro, o certo é que
paralizar diante do medo, da incerteza, da vergonha não só não vai gerar
soluções, como tende a piorar as coisas. Quando se deixa os pensamentos ruins aflorar,
a capacidade de tomar boas decisões e de seguir em frente de forma efetiva
reduz significativamente. É preciso controlar as emoções, manter a calma para
pensar e desenvolver planos para fazer as coisas da maneira correta e seguir em
frente.
Erros e pressão são inevitáveis,
especialmente para aqueles que se propõe a fazer algo e é justamente destes que
o mundo mais precisa. Para que nossas famílias, organizações e comunidades
possam se beneficiar dos fazedores, é fundamental que eles mesmos e todo o entorno
saibam manter a calma e encontrar juntos as melhores soluções.
Um abraço e até a próxima!
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