Ouvimos
a todo o momento que entregar resultados é essencial para um bom desempenho
profissional. Profissionais com boa formação e histórico de entrega de
resultados estão sempre na mira das melhores empresas. Todavia, ao pesquisar
mais profundamente o tema, verificamos que embora seja essencial, resultado não
é tudo! Pesquisas mostram que para se
tornar um profissional indispensável, e altamente valorizado, daqueles que a
organização está disposta a um bom desembolso para tê-los, é preciso mais.
Compartilho parcialmente o texto da especialista Talita Abrantes, publicado
originalmente na revista Exame.
Pró-atividade:
“Esses profissionais, geralmente, se colocam em situações sem que sejam
mandados”, afirma o psicanalista Luiz Fernando Garcia, autor do livro “Inconsciente
na sua vida profissional”. Agora, atenção: ser proativo não é sinônimo de ser
workaholic. Profissionais indispensáveis, geralmente, têm uma percepção aguçada
sobre o que precisa ser feito. “Essas pessoas são comprometidas com o trabalho.
Não no sentido de ser reativa, mas elas fazem o que precisa ser feito, vão além
e trazem outros com ela”, diz o antropólogo Luiz Marins, autor do livro “Tudo o
que é fácil já foi feito”.
Assumir
riscos: Profissionais indispensáveis não se restringem à zona de conforto.
Antes, volta e meia, ultrapassam os limites daquilo que lhes é confortável e
assumem riscos. Mas não é preciso estar na mesa de operações ou em posições
estratégicas para vivenciar riscos. Basta abrir-se para as novidades e
ultrapassar os seus próprios limites, rotineiramente.
Enxergar
soluções: Independente do cargo que estão, profissionais indispensáveis são
capazes de ligar os pontos, solucionar problemas e trazer novas propostas para
a organização onde trabalham. Geralmente, são pessoas criativas, que estão um
passo à frente da maior parte da população. “Em média, bons gerentes, tem uma
visão de até 3 anos, bons diretores, de até 10 anos. Agora, quem tem uma
personalidade empreendedora, tem uma visão de longo prazo de 30 anos”, diz
Garcia.
Ser “gente boa”: “As organizações estão
atrás de pessoas que saibam pensar em conjunto”. Isso significa que ganha
pontos quem não se fecha querendo apenas o próprio sucesso, mas que pensa no sucesso
da organização. Em termos práticos, segundo o autor, as pessoas indispensáveis
sabem dar feedback, transmitir conhecimentos e valorizar todos com quem
trabalha. Se não estão em cargos de liderança, geralmente, são capazes de gerar
vínculos e contribuem para um ambiente corporativo amigável.
Levar
outras pessoas junto: Essa capacidade de gerar vínculos, geralmente, é
fundamental para que estes profissionais também sejam capazes de influenciar
outros, sem manipulá-los. “Uma coisa são os engajados, outra, os ativamente
engajados. Os últimos, além de proativos, engajam outras pessoas também”,
explica Marins.
Entregar resultados de
qualidade: Resultados sempre falam mais alto, mas no contexto corporativo
atual, o que leva a eles também conta e muito. Se o profissional bate todas as
metas, mas sob as penas de burlar leis, afugentar outros bons profissionais e
cometer desvios éticos, provavelmente, não durará muito tempo. Porque, no longo
prazo, o custo benefício deste tipo de combinação pode acabar no prejuízo.
Ter
“olhos que brilham”: “Tem gente que não brilha por nada. Tem aqueles que os
olhos só brilham quando se fala de salário ou férias”, diz Marins. “Agora, tem
gente que brilha quando recebe um desafio novo, quando tem algo a aprender. São
essas pessoas que eu contrato”. Mas o que está por trás de olhos brilhantes
diante de novos desafios profissionais? Paixão pelo que faz e ponto.
Finalizando, queridos leitores,
a sustentação de todos os profissionais insubstituíveis está em, realmente,
gostar do que faz, pois do contrário, fica difícil tomar iniciativa, assumir
riscos, influenciar pessoas e contribuir para um ambiente motivador no
trabalho.
Desejando
ótimos relações e negócios, um abraço a todos e até a próxima!
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