Há uma máxima recorrente em nosso meio, mas apesar de
conhecida, ainda vemos muitas organizações fracassarem olhando para os motivos
errados. “Quando o ritmo das mudanças fora da sua organização é mais rápido do
que dentro dela, você será engolido”. E é uma questão de tempo para uma
organização que não consegue acompanhar o ritmo do seu setor, entrar em
decadência.
É relativamente comum ver também em alguns meios, gestores
comemorando quando a organização superou resultados do ano anterior, esquecendo
de verificar como foi o ritmo de crescimento e de inovação dos concorrentes. Se
a organização cresceu e evoluiu menos que os concorrentes, na verdade, não
deveria se comemorar, pois se perdeu preferência do mercado, encolhendo,
ficando para trás na posição relativa. De qualquer forma, é preciso cada vez
mais inovar na forma de pensar, na forma de fazer e de gerir.
Tanto a colaboração, como a competição tem um papel
importante no processo de inovação. Por este motivo, o gestor precisa ao mesmo
tempo promover algum nível de competição na busca pela inovação, principalmente
na fase inicial, como gerar colaboração para que as soluções encontradas se
complementem em benefício da organização e por consequência, dos clientes
atendidos. Apesar da ideia ser antiga, ainda é pouco explorada, pois Alexander
Graham Bell afirmava que “As grandes descobertas e melhorias invariavelmente
envolvem a cooperação de muitas mentes. Posso receber os méritos por ter aberto
o caminho, mas quando olho os desenvolvimentos subsequentes, sinto que o
crédito devia ser dado aos outros, não a mim.”
A diversidade de pensamentos, contando com pessoas de
talentos e posicionamentos diferentes é que faz uma organização inteligente,
inovadora e principalmente preparada para imprevistos e ameaças que um grupo de
especialistas em somente uma área teriam maior dificuldade para perceber a
aproximação. Desde que todos tenham o foco no cliente, é preciso envolver
profissionais com talentos diferentes para encontrar as melhores soluções.
Os clientes devem estar no centro da estratégia de
inovação, mas é preciso compreender realmente os desejos e necessidades das
pessoas. A maioria das organizações não consegue entender exatamente o que o
cliente busca e por isso não consegue fidelizá-lo. É preciso entender principalmente
aquilo que o cliente não expressa, utilizando diferentes mecanismos de
observação, pesquisas e métricas, com indicadores estatísticos para apoiar as
decisões. Muitos clientes não sabem o que não sabem e por isso são necessárias
análises mais complexas do que a opinião deste ou daquele, ou rápidas enquetes.
É preciso que nossa empresa seja a solução para o problema
que o cliente tem, ou tinha e muitas vezes nem se dava conta. Outro dia numa
entrevista me perguntaram: “Na sua opinião, qual o negócio do futuro?” Respondi
sem pestanejar: “Os negócios do futuro serão aqueles que mais facilitarem a
vida das pessoas.” E não tenham dúvidas, amigos leitores, as organizações que
oferecerem mais conveniência, ou seja, facilidade de acesso, facilidade de
pagamento, facilidade de funcionamento e entendimento, rapidez, conforto e
outros, será preferida sempre, em relação a quem não oferece estas, ou algumas
destas condições.
Todo o profissional da área de confecções já entendeu que
o tamanho único não serve para todos e assim fica cada vez mais claro que os
produtos ofertados no mercado precisam atender as necessidades específicas dos
clientes. As pessoas querem soluções únicas, pelo menos que pareçam únicas,
para que elas se sintam tratadas como únicas, especiais e tendo as suas
necessidades tratadas com a atenção que elas entendem que merecem. Para fazer
isso cada vez melhor, a organização necessita de inovação em todos os setores e
principalmente vindas de várias pessoas que possam interagir e gerar soluções que
facilitem a vida de cada um dos seus clientes, ou clientes pretendidos.
Que você possa ser mais inovador, um abraço e até a próxima!
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