Muita gente acredita que ponto forte é algo que se sabe fazer bem
feito, ao passo que ponto fraco é algo que precisa ser desenvolvido. Ao olhar
mais atentamente, percebe-se que é preciso diferenciar um ponto forte de uma
habilidade bem desenvolvida e que é preciso pensar de maneira mais simplificada
o que é visto como ponto fraco, ponto forte e habilidade. A psicóloga e
escritora Gisele Meter afirma que ponto fraco é qualquer atividade que te faça
sentir-se mais fraco, entediado e desmotivado, mesmo que seu desempenho seja
excelente, pois é algo que esgota energias e causa tédio ou faz com que você se
desvie de seu objetivo principal, aquele idealizado por você ao longo dos anos.
Resumindo, segundo a autora, ponto fraco é aquela atividade que o fato de
lembrar dela, já causa desânimo, angústia ou tristeza. Com alguma frequência vemos
isso a nossa volta, não é mesmo? Uma atividade profissional, uma aula, uma
regra, ou rotina que a pessoa não gosta, pode sim ser o ponto fraco de alguém,
por ser algo que a enfraquece, mesmo que seja algo realizado de maneira
excelente e inquestionável.
Por esta mesma analogia, o ponto forte é algo que como o próprio
nome diz, faz sentir-nos mais fortalecidos, sendo aquilo que desperta a vontade
em fazer, que motiva e que não precisa de esforço para manter a concentração,
porque é prazeroso, realiza e faz bem. Conforme Gisele, quando você conclui
algo que gera uma sensação imensa de bem estar, você está diante de um dos seus
pontos fortes. A autora afirma que o perigo é confundir pontos fortes com
habilidades bem desenvolvidas, por induzir a pessoa a ficar por anos a fio
fazendo o que no fundo não suportam, simplesmente porque consideram que aquilo
é o ponto forte delas, não percebendo que levaram anos treinando tal habilidade
para serem exímios executores daquilo que fazem de maneira quase que
automática.
O que estamos levantando aqui pode ser parte da dificuldade de
muitos que se dizem infelizes no trabalho, na carreira e na vida de forma geral,
pois passam grande parte do tempo focando nas habilidades e não nos pontos
fortes. Fazendo isso, geram insatisfação, potencializando ainda mais os pontos
fracos. A princípio parece contraditório pensar assim, mas fácil de comprovar
quando olhamos para nós mesmos e ao nosso próprio redor.
Vejam amigos, que boas habilidades pessoais aplicadas naquilo que a
pessoa não gosta de realizar podem acabar se transformando em pontos fracos,
trazendo angústias, frustrações e até desespero, parecendo estar no lugar
errado, ou andando em círculos sem caminhar para a direção que foi sonhada.
Assusta pensar que é possível passar uma vida profissional longe dos
pontos fortes, apenas alimentando as fraquezas, mas é preciso atenção, pois o
que gera profissionais medíocres é em boa parte, a falta de reflexão sobre o
que se faz do próprio trabalho. Por acomodação ou por falta de coragem muitas pessoas
seguem vivendo de maneira medíocre, em um emprego que não agrega, não
desenvolve e não as realiza, desperdiçando toda sua energia em algo que não faz
bem.
Você perceberá que está desenvolvendo um ponto forte, quando ao
final do dia, tem aquela sensação de missão cumprida, de ser valioso e
principalmente de sentir que está no lugar certo, fazendo o que é certo, sem procurar
atender expectativas alheias ou aquilo que os outros acham que você faz bem.
Ninguém sabe melhor de suas potencialidades do que você mesmo!
Finalizando peço que os amigos leitores lembrem sempre desenvolver
aquilo que os fortalece e os faz sentir realizado, pois o restante podem ser tentativas,
por vezes frustradas, de agradar aos outros e até de enganar a si mesmo.
Um abraço e até a próxima!
Eu venho relendo esse texto diariamente porque considero uma excelente descrição de como as pessoas devem exercer atividades que lhe tornem mais fortes a cada dia.
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