Resiliência é a capacidade de “voltar
ao estado normal” e neste contexto significa a condição de lidar com os
problemas, adaptar-se as mudanças, superar obstáculos e resistir a pressão em
situações adversas, sem abalos emocionais, sem traumas, sem revanchismos, sem
guardar rancores ou buscar alguma espécie de vingança. A forma como as pessoas
tem se manifestado em reuniões públicas, redes sociais, no trabalho ou nas
famílias, me faz pensar que precisamos de um entendimento melhor sobre a
importância de desenvolver a resiliência.
Em tempos de crise política e
econômica como as atuais, a pressão aumenta significativamente. Por este motivo,
quanto mais resiliente for o profissional, maior será sua vantagem competitiva
e maior será sua capacidade de lidar com essas adversidades. A resiliência é
uma competência cada vez mais valorizada no mercado de trabalho e por isso,
geralmente avaliada nos processos seletivos. No meio profissional é fundamental
para a tomada de decisões, relações com os colegas, contribuição para inovação
e atuação com tranquilidade e excelência, mesmo sob pressão, respondendo rapidamente
às crises, demonstrando criatividade, encontrando soluções mesmo com poucos
recursos, além de manter a integridade e a alta performance em situações
difíceis. Sabe-se que as pessoas têm graus diferentes de capacidade de
resiliência, mas todos podem aprender a elevar este grau a um nível adequado ao
meio em que deseja viver melhor.
Esta capacidade também pode e deve ser
desenvolvida nas organizações, não somente nas pessoas. As organizações
resilientes desenvolvem firmeza de propósito, com atitudes do conjunto de
colaboradores, no médio e longo prazo, mantendo-se firmes na missão, visão e
valores sólidos, compartilhados por todos os colaboradores e revisados
frequentemente para manter atualizados e presentes. Estas organizações se
mostram mais capazes de seguir adiante mesmo em momentos difíceis, avaliando riscos
e oportunidades de modo ético e realista, respondendo de modo rápido e eficaz a
imprevistos, crises e fatalidades. Organizações resilientes qualificam seu
pessoal para que se tornem mais resilientes, visto que esta capacidade envolve mudança
de mentalidade, comportamento e ações que podem ser aprendidas e desenvolvidas.
A chave é fazer com que todos percebam que embora determinadas emoções são
ativadas por fatores externos, o modo de lidar e expressar as emoções, é
responsabilidade de cada um.
A forma como cada um lida com a
responsabilidade sobre suas emoções pode contribuir para aumentar ou para
diminuir seu nível de resiliência. Feedbacks bem aplicados podem gerar ótimos resultados.
A mentalidade dos líderes e dos liderados é muito importante para isso, pois o
foco deve ser no encorajamento, no aprendizado, na criação de maior confiança e
na cooperação, visando a solução dos problemas e o aprimoramento de habilidades
de sua equipe.
Os estudiosos da área afirmam que pessoas
resilientes apresentam basicamente três pontos fundamentais: aceitam a
realidade com otimismo e “pés no chão”; vivem em consonância com os valores e
propósitos que estabeleceram para a sua vida; e possuem uma grande capacidade
de improvisar. Bibianna Teodori em seus dois livros destaca algumas
dicas para ser mais resiliente: “Foque no futuro; Olhe para frente
e não se prenda ao passado; Mantenha-se motivado. É importante lutar por seus
sonhos e objetivos; Invista em relacionamentos, eles são uma grande fonte de
apoio e de encorajamento; Fique atento as suas necessidades, cuide da mente, do
corpo e da sua saúde; Não permita que emoções negativas o controlem; Evite
colocar defeito nas coisas.”
Por mais resiliência nas relações
pessoais e profissionais!
Um abraço e até a próxima!
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