Passadas as eleições, a
expectativa começa a tomar conta dos Estados e do País. As expectativas sempre trazem
algumas doses de angústia. Vivendo vários anos de miséria econômica, sucessivas
frustrações e tamanhos escândalos como na última década há tantas expectativas
diferentes no ar, que algumas são quase antagônicas.
Num país em que tem tantas
necessidades não atendidas, com tantas expectativas diferentes postas sobre os
eleitos, me parece óbvio que por melhores que se conduzam, é certo que uma
parte será frustrada. Por outro lado, a expectativa de mudanças significativas
após o 1º turno, e após os primeiros dias do 2º turno, já proporcionou melhorias
importantes em indicadores econômicos como câmbio, bolsa de valores, ações de
empresas estatais e este movimento, mostra o poder da esperança, pois com um
volume maior de pessoas encorajando-se a realizar investimentos, efetivar
contratos, e outras atitudes positivas, os efeitos positivos vão se
multiplicando, mesmo sem que os eleitos façam algo concreto.
A esperança é daqueles fatores
que movem a vida. Esperança de dias melhores para si, para a família e para o
lugar onde se vive proporciona sonhos, mexe no dia a dia, trabalho, vida
pessoal, empreendimentos e no caso da política, desde a estruturação de
partidos, candidaturas, propostas, campanhas e votos. O conjunto de
expectativas contribui em muito para a esperança em dias melhores, que por sua
vez provoca uma onda de atitudes melhores nas pessoas e estas em suas casas,
seus negócios, suas comunidades. É uma evidência de que precisa ficar cada vez
mais claro, para um número cada vez maior de pessoas que as mudanças
necessárias ao nosso País, estados e os lugares onde vivemos, virão das atitudes
de quem vive em cada lugar.
A campanha eleitoral que
acabamos de viver foi mais turbulenta nas redes sociais e um pouco nas mídias
tradicionais, pois nas ruas, nas universidades, empresas, instituições, teve-se
uma campanha bastante tranquila, sem poluição visual (cartazes, placas, muros
pintados), sem poluição sonora (carros e motos de som), sem campanha de boca de
urna, menos episódios de violência se comparado com outros pleitos, menos
carreatas, menos embates no dia a dia das pessoas. A lei eleitoral auxiliou, mas a atitude de uma
boa parte das pessoas também fez a diferença positivamente.
O país precisaria de um pleito
muito mais qualificado, claro. Mas talvez é o máximo que foi possível para este
momento. Infelizmente os estrategistas das campanhas deste pleito, inspirados
em 2014 optaram por ainda mais ataques aos adversários ao invés de defenderem
propostas para a solução dos muitos problemas vividos no Estado e País. Estas
práticas determinam o comportamento do eleitorado mais atento as campanhas na
mídia tradicional. A exploração de pontos fracos dos adversários, algumas vezes
fatos, outras vezes, especulações, pode estar mais para incompetência dos
estrategistas, que ao invés de valorizar suas propostas, procuram criar um
monstro sobre o seu adversário, para que o seu candidato possa ser menos pior,
o “anti” aquilo, e então, nos livrar do monstro. Este tipo de prática serve
para esconder falta de propostas e pontos fracos reais, mas não auxilia o
eleitor em suas decisões, nem o país a ter o melhor que poderia.
Passadas as eleições, nos cabe o
respeito as autoridades eleitas e constituídas, mas especialmente a consciência
de que são as atitudes de cada um que mudam o dia a dia e aumentam ou não a esperança
em dias melhores. Pense na sua vida, na sua família, amigos, na sua comunidade,
onde você trabalha e vive. Quem foi responsável pela maior parte do que está ao
seu redor? Você e as pessoas que vivem ali, certo? São estes, que movidos pela
esperança, precisam mudar de atitude.
Honestidade, respeito,
coerência, integridade, gratidão, solidariedade começam comigo, contigo, nas
nossas casas, nas nossas comunidades e de casa em cada, vão se espalhando até
chegar nos poderes públicos. Eu espero menos da expectativa e mais da esperança
e das atitudes que devem mover a todos em busca de dias melhores.
Um abraço e até a próxima!
A esperança agora é maior, mas temos que trabalhar com afinco, responsabilidade e honestidade. Nada vem de graça, e com certeza colhemos aquilo que plantamos!
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