Tem
coisa legal que é imoral, tem coisa imoral que é legal, tem coisas ilegais e
imorais, tem coisa que precisa ser feita excepcionalmente, e tem coisa que não
é proibido, é permitido, até tolerado, mas simplesmente não se deve fazer!
Por
vezes parece que as regras mais simples da vida são as mais difíceis de serem
entendidas e praticadas. Hoje falo da regrinha: “certas
coisas não se deve fazer”. Não têm nada a ver com o fato de serem permitidas ou
não por lei, ou não serem proibidas por alguma
regra, regulamento, orientações morais, e coisas do tipo. Falo de atos,
atitudes, ações que podem não ser, em si mesmas, boas ou más, certas ou erradas,
mas que não devem ser feitas. Tem valores que se ensinam nas boas escolas, nas
boas empresas, mas principalmente nas boas famílias. Quantos leitores lembram
como eu, dos pais mostrando e dizendo “isso não se faz”? Com alguma frequência
repito esta frase aos meus filhos, com 16 e 19 anos. Quando iniciei a carreira
docente e trabalhava com turmas das séries iniciais do ensino fundamental
falávamos desta regra simples nas salas de aulas.
Certas
coisas não se fazem, e é motivo suficiente! Simples assim. São atos, ações,
atitudes que pessoas dotadas de coeficientes médios de decência, consideração
pelos outros, boa educação, valores espirituais independentes de religião e
credo, sabem que não devem fazer e pronto!
Atitudes
como o Presidente indicar o filho para ser embaixador, mesmo sem discutir se é
legal ou não, tenho certeza de que ninguém precisa disso, nem o Presidente, nem
o filho, nem outro país ou o Brasil. Assim como falas depreciativas à
colaboradores, correligionários, grupos e outras pessoas sem avaliar as
consequências a quem quer que seja, abalando a própria imagem e do País, dentre
outras, estão na lista das coisas que não se faz. Também não é porque alguém
fez igual ou pior, que outro fica autorizado a ter uma atitude inadequada!
Antes
que alguém tente colocar um rótulo neste texto, aproveito para lembrar que
pedir “comissão” por sugerir, encaminhar, defender, contratar, trabalhos,
obras, compras, assim como criar situações de benefício direto ou indireto
próprio, a outros e a agremiações partidárias ou não, além de ser ilegal,
imoral, não há fins que justificam os meios, muito menos com o argumento de
salvar o país de x, y, z, por que simplesmente não se faz e ponto! Quem fizer algo
ilegal deve ser severa e exemplarmente punido como estão 2 Presidentes da
República, dentre outros tido como poderosos em tempos idos!
Antes
que outro alguém foque só nos políticos, ou nos poderosos, a lista do que não
se faz, no meu entender é longa e abrange muitas coisas que estão entre nós, a
quem o poder (pelo menos ainda) não vai tão longe. Embora não seja proibido,
procurar atalhos nos processos seletivos da iniciativa privada, por exemplo,
para se beneficiar, ou favorecer a um amigo ou parente está igualmente na lista
do que “não se faz”, assim como colar na prova, colocar o nome num trabalho que
não fez, turbinar o curriculum com cursos ou habilidades que não tem, publicar
notícias falsas, espalhar boatos, assinar por outra pessoa, sonegar impostos,
omitir informações na declaração de renda, trair, enganar, mentir, fofocar...
Tem
coisas que simplesmente não se faz, independente de alguém estar vendo, de não
ser proibido, ou não estar escrito em algum lugar! Não interessa o poder, o
lugar, o tamanho, a importância, tem coisa que não se faz! Pronto!
Agora...
vamos deixar os desvios de atenção, que precisamos trabalhar para reconstruir o
País, cada um com o melhor da sua ideologia, religião, preferências e costumes!
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