Quem quer um mundo melhor? Claro que deve ser a imensa
maioria dos 7 bilhões de humanos. E por quem então o mundo ainda não é melhor? Não
é por falta de ideias, nem de propostas, mas arrisco que a resposta no meu
entender é falta mobilização para efetivar a maioria das propostas.
Somos todos testemunhas da mobilização das mídias de massa e
das autoridades políticas focadas há meses nos argumentos da proteção do
contágio da COVID 19, alterando significativamente as atividades e os hábitos
em praticamente todos os setores da sociedade. Com isso, é possível afirmar que
com bem menos esforço dá para resolver muitos outros problemas do mundo, como
outras doenças, fome, frio, falta de acesso a serviços básicos, comunicação,
dentre outros.
Algumas das muitas ideias para tornar o mundo um lugar melhor
vem do economista indiano Muhammad Yunus, prêmio Nobel da paz. Ele costuma
repetir algumas frases que são muito propícias em momentos como este. Uma delas
é "não chore por estar desempregado, crie seu
emprego". Um dos feitos que o promoveu para o Nobel, foi
a inovação ao aplicar e disseminar internacionalmente o conceito de
microcrédito que oferece oportunidades a pessoas muito pobres, que jamais
tiveram acesso ao sistema bancário.
Colocar as pessoas acima do capital é uma das
propostas de Yunus, que defende esta postura para minimizar os impactos
causados pelas disparidades sociais. Obviamente uma pessoa, ou uma família que
gera a própria renda reduz significativamente a pressão sobre os sistemas de
saúde, educação, ação social e ainda faz uma enorme diferença na estima das
pessoas.
Buscar
soluções para problemas reais é outra das ideias que poderiam transformar o mundo
para melhor. Há muito esforço disperso, seja de entidades públicas,
comunitárias, privadas, cooperativas e em alguns casos desfocados das soluções
reais. Se considerarmos apenas o número de projetos, produtos, processos nas
mais diversas áreas, que se desenvolvem nas instituições de ensino ao redor do
mundo, poderíamos ter muitas soluções de problemas reais, caso fossem melhor
direcionados.
Empreender em negócios de impacto social é outra possibilidade ao alcance
de muitas comunidades. A todo o momento percebe-se pessoas e grupos mobilizando
as comunidades e as organizações para diferentes causas sociais. Este esforço,
aliado a boa vontade, a cooperação, com foco e boa distribuição, pode gerar
impactos muito positivos ao redor do planeta.
A ideia de desenvolvimento precisa ser concebida social e
economicamente de forma coletiva e integrada. Yunus defende que “não há
desenvolvimento real quando existem pessoas que sobrevivem com apenas uma
refeição ao dia, ou não tem roupas para vestir (...) e enquanto os bancos
recusarem empréstimos mínimos para comprar alimento, mas realizam empréstimos
milionários aos governos, que por vezes inclusive se tornam devedores”.
Estas ideias podem ser discutidas nas casas, nas escolas,
nas faculdades, nas empresas e nos órgãos públicos para que possam se tornar soluções
reais e de conhecimento geral. Não é só uma questão de educação, ou de ensino,
mas de atitude diante da vida e da sociedade. A mobilização dos governos, das
mídias, e o envolvimento das pessoas diante da pandemia COVID 19 devem deixar
muitas lições aprendidas e dentre estas, que podemos resolver muitos outros
problemas, que pareciam de difícil solução.
A responsabilidade com o coletivo deveria obrigar pautas
globais para a cura de doenças que há décadas se disseminam por populações
pobres, assim também como soluções para a fome, trabalho digno, ensino de
qualidade, profissionalização, baixa estima, proporcionando inclusão e mais
dignidade e tornando o mundo um lugar melhor.
Um abraço e até a próxima!
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