Preciso
confessar aos amigos leitores que estou cansado de ouvir que tudo é ruim,
porque o Brasil é ruim! Não é só pelas discussões intermináveis, chatas,
desmedidas entre fãs de Bolsonaro e de Lula, pois ouço e leio gente de
diferentes níveis de escolaridade reclamando e destacando tudo o que tem de
ruim no Brasil há muito tempo. Estou cansado disso! E você, como se sente?
Independente
do governo, Sarnei, Collor, Itamar, Fernando Henrique, Lula, Dilma, Bolsonaro, sempre
houve uma avalanche de críticas, onde parece que tudo é ruim, sem destacar as
coisas boas e levando a uma crença coletiva de que o Brasil é ruim. Estou
cansado também porque os anos estão passando muito rápido, e este tipo de
discurso, crença e práticas não constroem nada e nem apontam como melhorar. Um
grande volume de problemas é conhecido e vem da cultura da nossa gente.
Precisamos antes de muitas coisas, de mudanças de hábitos de muita gente
independente da idade, da renda, dos níveis de escolaridade.
É
construindo que mudamos as coisas para melhor! Críticas sem propostas de
alternativas, sem mostrar que se consegue fazer melhor só destroem. O Brasil já
provou todos os tipos de governos e governantes e o hábito de destruir parte do
pouco que os antecessores fizeram de bom, nos trouxe a situação atual. Porque
repetir ?
Podemos
ver nas empresas, nas instituições, nas comunidades, nos municípios, onde as
dimensões são menores, mais próximas, os resultados diferentes quanto há mais
foco na critica e quando há mais foco nas proposições de melhorias.
Todos
os grupos, pequenos como a família, ou gigantes como um país, se fortalecem
identificando as adversidades externas e unindo-se internamente, assim como o
contrário também é verdadeiro, ou seja, todos os grupos, independente do
tamanho, se destroem ao tratar como adversário, ou inimigo quem está sob o
mesmo teto, sob a mesma marca, mesma bandeira.
Ao
dizer e escrever que tudo está ruim, sem apontar caminhos ano após ano, governo
após governo, vamos reduzindo os níveis de estima da população, e do
inconsciente coletivo, no país. Lembro da frase do professor James Heckman, prêmio Nobel
de Economia em 2000, quando disse num evento no Rio de Janeiro que “O
maior problema do Brasil, é a baixa auto-estima do brasileiro”. Algumas pesquisas corroboram com esta
afirmação identificando baixos índices de auto-estima. Ou seja, o brasileiro
médio não acredita em si mesmo e nem no país.
Agora, cá entre nós, com tanta gente dizendo e escrevendo
tanta coisa ruim e errada por tantos e tantos anos, sobre nós e nosso país, como
é que vamos ter auto-estima elevada?
Será necessária muita energia, muito esforço coletivo para
fazermos deste país algo melhor e nos próximos 15 a 20 anos. Considero este prazo, pois é o fim
do bônus populacional na maior parte das regiões do país, onde a partir de
então, haverá menos população em idade economicamente ativa. Com menos força de
trabalho, há menos renda, menos tributos, menos investimentos internos.
Então vamos lá, gente, menos reclamação, mais ação! Vamos
olhar para o “meio copo cheio”, ao invés de focar no “meio copo vazio”. Se os
governantes atuais fizerem um mau governo novamente, como tantos outros, quem
vai seguir pagando a conta, querendo uma vida melhor somos eu e você que
trabalhamos muito, geramos muitos impostos, e que infelizmente não vemos o
retorno proporcional.
Vamos agradecer a Deus pelo que temos e usar isso para
construirmos. Que Ele nos dê força para mudar o que pudermos e paciência com o
que não pode ser mudado. Sejamos gratos também aos que nos antecederam por
terem deixado o que conseguiram, para podermos seguir em frente!
Um abraço e até a próxima!
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