Anos atrás um colega professor ao fazer uma analogia sobre a falência das
organizações nos lembrava que um avião não cai por uma causa apenas, pois
quando ocorre um problema, sempre é devido há alguns procedimentos e mecanismos
que deixaram de ser usados, ou de funcionar antes, e que a solução sofrendo
interferência de outros dispositivos e a fragilidade do momento, culmina no
acidente. A metáfora é para lembrarmos que nunca é apenas uma situação e sim um
conjunto de fatores, que culminam na falta de condições para se sustentar e ir
em frente.
O Presidente mundial
da Nissan, brasileiro Carlos Ghosn, é tido como o responsável por tirar a
Nissan da falência pela sua forma de liderar. Ao ser questionado sobre a história
recente da empresa em ótima fase, ele
costuma repetir que “A única coisa que faz a diferença é a motivação. Se você
perder a motivação, aos poucos você perde tudo.”
É do lendário e
admirável engenheiro e empreendedor Henry Ford a máxima “Se
você pensa que pode ou pensa que não pode, de qualquer forma você está certo.” Quando
o líder e os liderados de uma organização entendem que está difícil, que as
ameaças são cada vez maiores, que as fraquezas são muitas, eles estão tão
certos, quanto as pessoas daquelas outras organizações que entendem que as
oportunidades são maiores que as ameaças, que os pontos fortes são maiores do
que as fraquezas e de que eles podem fazer muito pelo futuro do negócio e pelas
suas vidas. Assim, podemos entender que a falência financeira é precedida pela
falência motivacional há uns cinco anos antes, talvez. A falta de motivação, o
marasmo impedem a inovação, matam a iniciativa, e os processos de melhoria, de
adequação, de acompanhamento de tecnologias e mercados permitindo que a
concorrência avance e a organização fique para trás.
Concordo com o Jorge Paulo
Lemann dizendo que prefiro ser otimista, pois não conheço muitos pessimistas
bem sucedidos nos negócios. A efetividade maior dos otimistas é atribuída ao
fato de que os otimistas tentam fazer, enquanto os negativos reclamam ou
desdenham de quem vê o lado positivo das coisas. Sobre o otimismo ou do
negativismo é que cada pessoa constrói os caminhos que irá trilhar. Toda a ação
é precedida por um pensamento e pensamentos criam palavras, sentimentos e
atitudes.
Ao escolher deliberadamente
mudar de atitude, é possível concentrar seus pensamentos no que quer. Quando
queremos atrair algo para nossa vida, como uma empresa próspera, um trabalho
melhor, é muito importante que nossas atitudes não contradigam nossos desejos.
Quando queremos uma vida melhor, um trabalho melhor, uma organização mais
próspera, focar no que está ruim, reclamar do que não se tem, pensar “pequeno”,
limita as oportunidades e dificulta o alcance dos desejos.
Mais de 80% das maiores empresas
do mundo tem escrito em suas histórias fatos que mostram as precárias condições
que seus empreendedores iniciaram o negócio, ou seja, do mais absoluto nada, muitas vezes para tentar
sobreviver, resolvendo um problema para alguém. Assim, é possível afirmar que é
sobre as dificuldades que se constroem as oportunidades que proporcionam a
prosperidade.
A falência emocional vem antes
da falência financeira, que é uma consequência de vários fatores para os quais
faltaram ações. Para se prevenir da falência motivacional algumas questões
particulares podem ser respondidas frequentemente por cada um de nós:
- O
que estamos fazendo com as nossas ideias?
- O
que estamos fazendo com nossos pensamentos?
- Como
andam os planos de vida?
- Como
anda o planejamento de carreira e o trabalho atual?
Considerando que motivação é
literalmente “motivo para ação”, cada um de nós precisa encontrar a todo o
momento os motivos para agir em favor dos nossos desejos.
Desejando muitos motivos para agir positivamente, deixo um abraço e até a
próxima!
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