Precisamos acreditar que um novo Brasil é
possível, pois a crença é fundamental para termos mais força para que cada um
mude a realidade ao seu redor e com a soma dos esforços individuais.
Acredito
que não haja dúvidas de que o comportamento médio do brasileiro precisa mudar
para haver um novo Brasil. Aqueles pais que se vangloriam pelas colas que
faziam na escola, que fazem manobras arriscadas e ilícitas no trânsito, dentre
outros, precisam entender que os filhos veem os pais como exemplos de vida. As
ocasiões que a vida reserva, vão revelar em ações, o que cada um aprendeu ao
longo da vida e as colas, as transgressões, os jeitinhos, que foram
naturalmente se incorporando a jeito de levar a vida, tendem a se transformar
em propinas, desvios, golpes pequenos ou grandes, dependendo do tamanho dos
recursos que estiverem a sua frente.
Algumas gerações mais
velhas, com as quais ainda convivemos e pode-se compartilhar ricas
experiências, tiveram bem mais dificuldades no acesso aos estudos do que as
gerações mais novas. O estudo era um privilégio para muito poucos e mesmo quem
queria, muitas vezes não tinha como estudar. Hoje vivemos tempos em que não se
precisa mais de tanto esforço ou distâncias para estudar, considerando a
quantidade, proximidade e variedade de cursos, além da sobra vagas e até mesmo
bolsas de estudos e financiamentos facilitados. Outra diferença importante, é
que os mais antigos viveram tempos em que quem não demonstrava esforço
suficiente para bom desempenho nos estudos precisava dar satisfações para
escola e para os pais, sendo muitas vezes repreendidos e até castigados. Hoje,
são os professores que muitas vezes precisam dar satisfações as famílias quando
os filhos são desleixados, não tem frequência suficiente, são indisciplinados, desistem,
reprovam ou faltam com respeito. A gratidão pela insistência em tentar ensinar
alguém que muitas vezes está sem vontade para aprender, é certamente uma das
maiores raridades da atualidade.
O tempo vai passando, as práticas
ganhando escala e já vivemos tempos em que muitas vezes são membros das equipes
que fazem queixas dos seus líderes, quando estes se sentem cobrados por
melhores resultados, por mais empenho, mais entusiasmo. Os que reclamam aos
colegas e protestam aos superiores quando o líder quer que façam o que foram
contratados para fazer tem grande chance de ser parte daqueles estudantes que tentam
responsabilizar professores e instituições quando não tem frequência e
desempenho satisfatório.
Precisamos de um novo
Brasil, começando no seio das famílias com valores morais e éticos passados em
boas conversas e bons exemplos, de pais para filhos, que cheguem na escola e
vão para faculdade com capacidade para terem vergonha de querem aprovação sem
frequência, falta de estudo e empenho insuficiente. Um novo Brasil com
profissionais, líderes e gestores bem formados técnica e moralmente que tenham
consciência do certo e do errado não aceitando vender ou comprar algo em troca
de favores e benefícios pessoais, daria poucos espaços para os que insistirem
em levar vantagens pessoais em tudo. Precisamos de um novo Brasil onde filhos sejam
educados em casa e que possam seguir para as escolas e faculdades sabendo que o
certo é o certo, mesmo que ninguém esteja vendo e mesmo que possa parecer que
só eles estejam fazendo, assim como o errado é errado, mesmo quando pode parecer
que todos estejam fazendo.
Podemos ter um novo Brasil,
mudando o jeito de pensar de cada um, sendo disciplinados e educando filhos
para uma vida em que se tenha claro que não há vantagem se não for ético, legal
ou outros ficarem no prejuízo. Precisamos de um novo Brasil que inicie dentro
de nossas famílias, passe pelas nossas organizações e alcance todas as esferas
de poder.
Um
abraço e até a próxima!
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