Nestes tempos de realidade volátil, pós-verdade,
informações difusas e dificuldades de entendimento sobre o trabalho e os
estudos, liderar torna-se uma atividade cada vez mais desafiadora. Usar ao
máximo as situações ao redor para aprender sempre e aplicar da melhor maneira
possível, é um dos caminhos.
Quando a verdadeira liderança termina seus trabalhos,
as pessoas tem a sensação de que tudo aconteceu naturalmente. Em funções de
liderança devemos passar confiança e modéstia, especialmente no uso das
atribuições de um cargo. Determinados cargos por si só já inibem o
comportamento natural de várias pessoas. Além disso, a vaidade inevitavelmente
acompanha personalidades fortes que mais facilmente são alçadas aos cargos de
liderança, e por isso, requer um esforço mais para deixá-la de lado. Ser líder
não é sobre tornar-se mais forte, mas fazer as pessoas lideradas cada vez mais
fortes.
Líderes devem ser autênticos adquirindo confiança e o
respeito das pessoas lideradas quando revelam se conhecer e fazem o que falam,
ou seja, quando o discurso é coerente com as ações. Ninguém segue totalmente
alguém em quem não acreditam e nem alguém que não acredita em si mesmo.
Perguntar e ouvir a resposta até o fim, sem se
colocar numa posição de quem tem todas as respostas é uma habilidade das mais
importantes para as lideranças. Lideranças encorajam e buscam permanentemente
novos desafios para si, e em seguida, para seus liderados. A capacidade de
surpreender estimulando relações não convencionais na busca de ideias
inovadoras e revolucionárias está neste caminho. Apontar o caminho, ao invés de
tentar ter todas as respostas, contribui em muito para encontrar soluções em
conjunto. Proteger os comandados preparando-os para mudanças e evitando
lançá-los ao desconhecido é uma atitude esperada da liderança contemporânea. Bons
líderes separam o que precisa ser mudado do que pode ficar como está, dando
encaminhamento às mudanças que permitem a organização prosperar preservando os
valores que possibilitam e sustentam essas mudanças.
Líderes contemporâneos exercem melhor a sua principal
função por seus exemplos, mais do que palavras e gestos. Eles devem ter um comportamento
que ilustra e reforça os princípios que defendem. As organizações tem
necessidade de líderes que não culpam e aprendem sempre para saber conviver e
tirar proveito daquilo que poderia ter sido melhor e não foi. Precisamos de
líderes que seguem a trilha para tentar, que as falhas podem ocorrer e neste
caso será corrigido rapidamente, aprendendo e tentando novamente.
Finalizando, as lideranças dos tempos atuais evitam
se isolar, procuram aproximar-se e aliar-se a outros líderes, aprimorando-se no
convívio com as habilidades dos outros. O legado das lideranças contemporâneas
é formar novos líderes dentre seus liderados na certeza de que a organização
vencedora será aquela que tiver mais e melhores líderes.
Um abraço e até a próxima!
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