Tenho analisado
há anos como diferentes pessoas, com diferentes formações e profissões agem em
relação ao seu trabalho e os consequentes resultados obtidos. Neste caso,
precisamos compreender que resultados do trabalho não são apenas relativos a
salários, prêmios, reconhecimentos públicos, mas também como cada um se sente
em relação às atividades profissionais.
Recentemente o
UOL fez uma enquete sobre o sentimento em relação ao trabalho, na qual mais de
20.000 diferentes profissionais de várias partes do Brasil participaram, tendo
5% respondido que estavam muito felizes, 27% satisfeitos, 51% insatisfeitos e
17% muito infelizes. Mesmo não sendo uma pesquisa científica, uma amostra de
20.000 pessoas é altamente representativa e este tipo de resultado deve nos
motivar para entender como é que tantas pessoas, no caso desta pesquisa 68%, se
dizem insatisfeitas e infelizes no trabalho.
Ao me deparar
com profissionais que simplesmente cumprem o horário, evitam os compromissos
que podem, não querem se envolver, nem saber dos resultados da sua unidade de
negócios, nem da empresa, muitas vezes se dizendo insatisfeitas e infelizes no
trabalho, fico me perguntando quais são as causas, os motivos para viver e
trabalhar, destas pessoas. Quem está infeliz no trabalho certamente não rende
todo o potencial. A questão é como é que há tanta gente insatisfeita no
trabalho e o que as faz infelizes com a atividade? Quantas causas da
insatisfação são externas e quantas são internas, da própria pessoa?
Tenho a
impressão de que as pessoas mais felizes com o trabalho foram as que fizeram da
atividade profissional uma causa para contribuir com o mundo à sua maneira. Já
escrevi aqui que gosto de ler e conhecer histórias de pessoas que se destacam
em diferentes setores e atividades e esta diferença entre ter um trabalho ou
ter uma causa é muito evidente nas pessoas que tem grandes feitos ao longo da
história, nos negócios, nas profissões, na política, no voluntariado, nos
esportes, na religião...
Muitas pessoas
que conheço gostariam de estar em níveis mais altos da hierarquia, ou em
atividades mais relacionadas à sua formação, e ao que mais gostam de fazer.
Algumas dizem que quando estiverem no lugar que almejam, vão se comprometer e
produzir bem mais do que atualmente. Todavia, pense comigo: como é que alguém
vai ser lembrado para uma promoção no trabalho atual, ser convidado ou indicado
para um trabalho novo, melhor, mais valorizado, se na atividade atual, é pouco
produtivo e não se destaca? O mundo via de regra acaba entendendo que se a pessoa
não dá conta, não é produtiva com o que tem hoje, possivelmente não dará conta
de algo maior, ou mais complexo.
Como você deseja ser reconhecido/a no meio
profissional? Como você está se mostrando para o mundo do
trabalho? Qual é a imagem mental que os seus colegas de trabalho tem de você e passam
para quem eles conversam eventualmente ao seu respeito? As respostas a estas
perguntas vão definir as suas condições de você avançar ou não na carreira para
uma atividade profissional mais desejada.
Qual é a sua causa
pessoal e profissional? Se você ainda não tem uma ou mais causas profissionais
para buscar com dedicação e muito envolvimento, sugiro que você tente olhar o
que você deseja do trabalho como uma causa para contribuir com o mundo. Faça do
seu trabalho e do que você quer com os resultados dele, a sua causa
profissional. Perceba que o seu engajamento no trabalho atual, na empresa, na
relação com os colegas, com amigos e família vai mudar e muito.
Quem consegue entender o seu trabalho
como uma causa, apaixona-se pelo que faz, gera inspiração, encontra a sua motivação
e aumenta em muito a satisfação pessoal e profissional.
Pense nas pessoas que você admira
pessoal e profissionalmente. Veja se não é evidente que elas têm uma causa,
lutam muito por ela tendo como consequência reconhecimento e os resultados que
você também gostaria de ter?
Um abraço e até a próxima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário