Nestes momentos de fim de recessão, crescendo a ansiedade para que
o mercado fique mais favorável ao aumento do consumo, onde alguns negócios reagem
melhor e mais rápido que outros, a tensão aumenta dentro e fora das
organizações. Falar ou escrever sem refletir produz conceitos que muitas vezes
são indesejáveis e contrários a intenção do autor. Sabemos que os negócios
entram em dificuldades por um conjunto de fatores que coincidem num determinado
momento. Na indignação momentânea ou não, há quem equivocadamente pensa que o
cliente é o problema.
Já ouvi empresários, executivos e vendedores desabafando e
apontando questões muito pertinentes, mas eventualmente há quem reflete pouco e
acaba culpando os outros e até o cliente, quando o negócio não funciona como
gostaria. Como é que os clientes e os prospects (aqueles que tem potencial, mas
ainda não são clientes) poderiam ser culpados daquilo que não produziu os
resultados que o empresário e a equipe gostariam? Recentemente li um texto que
repete um equívoco de outros, que se tivessem refletido um pouco ou conversado
com alguém, mudariam de ideia, pois não tem noção do estrago que fazem em seus
negócios. Não foi a primeira opinião neste sentido que li ou ouvi, mas chamou
atenção a forma como empresário protestava entendendo que mais gente deveria
prestigiar o negócio e as promoções da empresa, culpando a comunidade pelos
resultados que não tem vindo conforme o desejado para o seu negócio.
Dispensa dizer que ter um negócio requer disposição ao risco,
ainda mais quando o negócio tem uma boa carga de inovação no seu mercado. Ao
invés de pensar que os clientes e prospects são o problema dos resultados aquém
do desejado, há um conjunto importante de situações para analisar e verificar o
que poderia ter sido feito melhor. Primeiro é preciso analisar o resultado da
ação direta e pontualmente com algumas reflexões como: O seu público alvo
estava desejando exatamente o que foi oferecido? Será que a ação foi bem
promovida? O esforço de divulgar para quem é potencial consumidor foi
suficiente para o resultado desejado? A data foi a mais adequada para o público
potencial?
Com as respostas sinceras sobre as questões acima, é preciso
analisar ainda, o contexto do negócio fazendo outras reflexões como: Como tem
sido a rotina de promoções anteriores nesta linha? O mercado tem o potencial
para os resultados desejados? O volume desejado é compatível com o atual
momento da economia e as condições do consumidor? O empresário e a equipe estão
investindo em relacionamento, prestigiando outros ambientes e espaços para se
aproximar dos clientes? O empreendimento trabalha adequadamente a fidelização
dos clientes, fazendo inclusive que os mais fiéis tragam outros das suas
relações? O atendimento e a relação com as pessoas ao redor tem tido a
simplicidade e a humildade requerida nos dias de hoje para todos os mercados?
Como o negócio, a marca e o ambiente estão posicionados na mente do público? O
negócio tem a dose certa de foco, ou o tamanho da diversidade de produtos e promoções
tem dificultado a posição da marca na mente dos prospects?
Muitas vezes encontramos excelentes negócios, criativos,
inovadores, de bom gosto, com muita vontade dos empreendedores darem certo, que
quando algo não vai bem, pode estar faltando apenas uma boa e sincera reflexão,
com ajustes necessários sendo muitas vezes pequenos, mas com grandes diferenças.
Claro que para refletir com sinceridade sobre o seu negócio a arrogância que
por vezes existe e nem sempre é reconhecida facilmente, precisa ficar de lado.
A ansiedade também atrapalha, pois em atividades inovadoras e criativas em seus
mercados, mesmo tendo resolvido bem as questões apontadas acima é preciso
paciência, “sangue frio”, equilíbrio mental e estrutura financeira para
suportar o tempo de construção do posicionamento no mercado.
Por último e não menos importante, penso que antes de protestar
contra quem ainda não é cliente, precisa haver mais gratidão com aqueles que
são clientes sejam assíduos ou eventuais, pois além de serem estes os que
sustentam o negócio, são eles que podem trazer mais clientes através das redes
de relacionamento.
Um abraço e até a próxima!
Nunca é o problema, temos que apresentar a solução.
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