Um dos resultados nefastos das crises política,
econômica, de confiança, especulativa e cambial, é o impacto sobre o emprego.
Vamos refletir hoje sobre alguns pontos que por vezes ficam esquecidos para
quem se prepara para a seleção de uma nova vaga, para quem quer se manter no
emprego e também para quem quer alcançar uma promoção na carreira.
Com mais gente a procura de
emprego, quem está recrutando e selecionando tem mais candidatos qualificados
para avaliar e escolher quem mais se encaixa no que a organização está
precisando. Tempos atrás ouvíamos os responsáveis pelo recrutamento e seleção
dizer que estavam pegando a “rapa do tacho”, ou seja, contratavam mesmo sem as
condições necessárias e tentavam treinar e qualificar depois de contratados.
O volume de curriculuns que chegam com qualificação
e experiência maior do que quem já está ocupando uma vaga é cada vez maior e os
executivos passam a se perguntar se não é o caso de trocar algumas peças do seu
time, que ainda não conseguiram alcançar a produtividade e o trabalho desejado.
Este cenário deveria fazer com
que cada um de nós avaliasse algumas condições que vão além do curriculum. Por força das atividades
profissionais tenho conversado seguidamente com pessoas responsáveis pelo
recrutamento e seleção em empresas com números elevados de empregados.
Seguidamente ouço relatos de profissionais com boa capacidade técnica e boa
formação, não são selecionados para novas vagas e também não ascendem na
carreira por terem dificuldades com a escrita, com a fala, com conhecimentos
gerais, com a dificuldade em demonstrar atitudes positivas em relação a sua
vida e pretensões da carreira, além de dificuldades em aprimorar o
relacionamento em grupo.
É comum vermos pessoas se
perguntando os motivos pelos quais não recebem uma promoção ou uma oportunidade
que gostariam. Alguns atribuem a uma “perseguição” ou preconceito de quem
seleciona, alegando que tem tal formação, tal experiência, dentre outros. Antes
de culpar os outros, é sempre muito importante uma autoavaliação, com crítica as
suas condições atuais. Questões como: Há quanto tempo você não faz um curso
novo? Quando foi a última vez que você buscou uma nova habilidade profissional?
Quanto tempo você está na mesma função? Quais foram as últimas melhorias nas
quais você contribuiu para implantar e que geraram bons resultados para o local
em que trabalha? A sua imagem pessoal representada pela limpeza e condição de
cabelos, unhas, roupas, calçados, é condizente com a função que a organização
precisa que você desempenha A sua escrita tem erros de ortografia, acentuação,
pontuação e concordância? A sua fala tem forte sotaque e/ou tem erros como
dificuldades no plural e singular, ou com os “erres”, muitas gírias, e outros?
A forma com que você cumprimenta, pergunta e responde as outras pessoas é
cordial, atenciosa e prestativa, demonstrando interesse, dedicação e
compromisso com o bem estar no trabalho?
Nem todos percebem em si
próprios as dificuldades que abordamos aqui e por isso, muitas vezes precisa-se
do auxílio de um colega, um superior e até de profissionais. Há tantas opções
de cursos e profissionais que auxiliam a melhorar a escrita, que não precisaríamos
ver bons técnicos perderem oportunidades por fazerem textos, laudos, pareceres
cheios de erros na forma de escrever. Há tantas oportunidades em qualificar a
oralidade em cursos de dicção, desinibição e oratória, bem como no trabalho dos
fonoaudiólogos, que não deveríamos ver tantas pessoas perderem oportunidades por
dificuldades ao se expressar. Também há em vários locais, especialmente na
internet e sem custo, lista de dicas de como cuidar da aparência no local de
trabalho em diferentes funções, que não deveríamos mais ver pessoas que perdem
vagas que gostariam, por cuidar mal de si mesmo. Por este motivo, antes de
dizer que não tem oportunidades, analise tudo o que é oferecido e que você não
aproveita e busque melhorar todos os aspectos da sua carreira.
Desejando
uma melhoria contínua na empregabilidade dos amigos leitores, deixo um abraço e
até a próxima!
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