Se de um lado o câmbio volta a favorecer as
exportações brasileiras e burocracia para exportar reduziu um pouco, por outro os
produtos brasileiros presentes na pauta de exportações tem baixa agregação de valor,
o que resulta numa das maiores dificuldades para que a balança comercial penda
a favor da economia brasileira. Há muito tempo que se sabe que para superar os
produtos industrializados chineses, por exemplo, é necessário que os
empresários decidam competir agregando de valor ao que produzem.
Muitas
empresas já estão fazendo a “lição de casa”, mas muitas mais precisam
fortalecer suas marcas, produzindo produtos mais desejados com maior valor
percebido. Nossas empresas precisam promover os valores de sua produção que respeita
as pessoas e o meio ambiente, dentre outras ações de agregação de valor a
marca, que as empresas chinesas e outras que distribuem produtos que competem
com preços mais baixos no mundo todo, não fazem. Toda e qualquer tentativa de
empresas brasileiras regionais ou nacionais de virarem o jogo em relação ao
mercado interno e externo precisa ser na linha da agregação de valor, fortalecendo
suas marcas, pois buscar vantagem competitiva em custo é algo que não pertence
a grande maioria dos setores de atividade considerando em especial, o chamado custo
brasil.
Certamente
há mais custo inicial, mas o fortalecimento das marcas é a única chance de melhorar
as posições brasileiras tanto no mercado interno, quanto nas exportações. Milhares
de micro e pequenas empresas brasileiras tem oportunidade para exportar, a
exemplo do que ocorre em países com melhor relação na balança comercial. Isso reduziria
a longo prazo a imagem do Brasil como país exportador de commodities e passaria a criar uma imagem de país exportador de
produtos de maior qualidade.
Quem
estuda estratégias mercadológicas têm feito “coro” ao alertar os empresários brasileiros
para a necessidade de inovação e qualificação de suas atividades tanto no
mercado interno, quanto externo. As empresas brasileiras independente do
tamanho e do setor de atividade podem ter produtos para competir internamente
com os produtos importados que a a cada ano chegam em maior volume no Brasil,
vindo de diferentes países, assim como é sabido que podem competir no mercado
internacional de igual para igual com produtos manufaturados de valor agregado.
Quem
vem se sentindo pressionado a reduzir as suas margens há tempos e já tem
dificuldades de seguir neste ritmo, pode estar na pior posição competitiva de
seu mercado. As empresas que não querem ou não podem mais ficar disputando
preço até comprometer o negócio, precisam alterar a estratégia para não
arriscar mais o futuro dos seus negócios. É preciso um mix de produtos que seja
visto como melhores que a média, onde a marca e a apresentação sejam
componentes que deem confiança e credibilidade para que os clientes decidam
pagar mais. No mercado, não basta ser, é preciso também parecer melhor.
Construir marcas fortes, bem vistas, confiáveis e bem relacionadas com os seus
públicos, é o caminho do sucesso e a saída para quem não quer arriscar tudo o
que já fez, reduzindo preços a cada nova negociação, ou tentando enfrentar de
forma inglória importados de diferentes origens.
Uma
marca que transmita confiança ao cliente, com benefícios bem focados no que o
cliente espera e está disposto a pagar, contando com características únicas que
permitam uma experiência positiva para quem consumir ou utilizar, proporciona
maiores margens e assim melhores condições de competição para empresas
independentemente do tamanho.
Desejando
inovação e ótimos negócios, um abraço e até a próxima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário