Li outro dia que em alguns idiomas
antigos, como os originais da bíblia, crise é sinônimo de decisão. É sabido
que para os chineses, o sinal que representa a palavra crise é o mesmo que oportunidade,
tempo, perigo e solução.
Se observarmos ao longo de um dia, de
uma semana, é impressionante o número de vezes que ouvimos falar em crise por
todo o nosso país neste 2015 que se encerra. Lembro o significado da palavra
crise em outros idiomas, pois só temos visto e ouvido notícias sobre crise na
política, na economia, na saúde, na infraestrutura, nas instituições, nas
relações, como a expressão de situações difíceis em que fica-se com poucas
oportunidades e praticamente nunca como oportunidade.
O que parece ser a maior crise da
história brasileira não exige menos do que as nossas maiores e melhores
forças e energias para superá-la. É preciso atitude, frente aos desafios da
vida de cada um de nós, aliada a determinação, esforço, cooperação,
criatividade, inovação e persistência. Tivemos neste 2015 muitas
oportunidades para aprender como viver, conviver e se desenvolver neste
cenário tão controverso. Eu, você e cada um dos nossos conterrâneos estamos
desejando um ano novo melhor para todos os seus mais queridos e é preciso que
tenhamos aprendido bem as lições de 2015. Não podemos admitir que o
sacrifício de nosso bem estar, o risco de nossos negócios, os empregos, o
desenvolvimento seja corroído pela inércia de ficarmos mais tempo esperando
para ver o que vai acontecer com a política, com a próxima eleição municipal,
com o clima.... Não merecemos, nem nossas famílias, que as nossas
expectativas, nossas esperanças sejam frustradas pela paralisia que toma
conta quando todos ficam com medo. A capacidade de investimento, o movimento
do comércio, o aquecimento da indústria está ligado diretamente ao nível de
otimismo das pessoas que fazem a economia girar.
Há poucos, é verdade, mas corajosos,
talentosos e bons brasileiros e brasileiras iniciando novos ou ampliando seus
negócios atuais, inovando, construindo e fazendo a sua parte. Há muita gente
esperando uma boa oportunidade e um empurrãozinho para investir, comprar,
decidir. Estes esperam um pouco mais de segurança, de certeza, de garantia de
valor, para movimentar o dinheiro que está parado em locais que parecem mais
seguros. Em 2016 precisamos fazer mais uso da sabedoria popular onde se diz
que “os exemplos arrastam” para mostrar mais do que está dando certo, do que
está funcionando. Semanas atrás trabalhei no extremo oeste de Santa Catarina
onde fiquei além de impressionado, comovido e motivado com a qualidade dos
empreendimentos e com os volumes de investimento e movimento da economia das
pequenas cidades daquela região. É visível que lá há bons exemplos e que
estão arrastando vários “vizinhos”. Sou um admirador e especial incentivador
dos negócios que surgem nas Incubadoras de empresas, onde temos excelentes
exemplos de novos negócios com grande potencial surgindo em números cada vez
maiores em várias partes do país. Precisamos olhar mais para estes movimentos
tão positivos neste ano novo e menos para as tragédias, sejam elas
econômicas, naturais, políticas, pois as vezes parece que quanto mais
notícias ruins vemos, mais notícias ruins aparecem.
Num texto de Charles Chaplin se lê algo
como ...se não gostei do que tive até aqui, tenho o hoje e toda a vida para
ser o que eu quiser... Todavia, para isso é preciso mais atitude, aceitando dirigir
a sua própria vida ao invés de permitir que ela seja decidida pelos
acontecimentos ao seu redor.
Que neste ano novo, você querido/a
leitor/a possa voar mais alto, continuar com a inspiração, mas ter muito mais
atitudes positivas para realizar os seus melhores sonhos!
Um feliz, próspero e iluminado 2016
para todos!
|