segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Mais transformações no varejo

O comportamento do consumidor há muito vem provocando transformações no varejo, mas a evolução da tecnologia da informação vem provocando uma onda impressionante de mudanças em favor de mais benefícios ao consumidor e de maior competitividade para as lojas.
                Temos um cliente que independente da idade, renda, local de residência, busca cada vez mais informações sobre produtos, empresas, preços, e muitas vezes dentro da sua própria loja. Por outro lado, as próprias lojas, com maior uso da tecnologia tem contribuído sobremaneira para conhecer melhor o cliente, garantir melhores relacionamentos, mais vendas e mais valor percebido. Este conjunto aponta a necessidade de um grande número de negócios se reinventarem.
                Muitas destas mudanças além do fato do consumidor estar cada vez mais conectado, são motivadas pela transformação demográfica da população brasileira. A redução drástica no número de nascimentos e a maior longevidade, mostra um envelhecendo médio acelerado da população. Muitas parcelas da população fazem parte do grupo que hoje está no auge do uso da internet e da mobilidade. Essa mudança, gera uma grande necessidade de ampliar, qualificar e fortalecer os pontos de contato com o consumidor.
                Temos na integração do mundo on-line e do off-line, na proliferação rápida das redes sociais, na mobilidade, na personalização e na desintermediação, uma transformação na relação entre clientes e empresas. O e-commerce parece intrigar mais gente, mas é só a ponta do iceberg. Os executivos do varejo precisam aprimorar a visão de longo prazo e adaptar os negócios de forma mais rápida, para não sucumbirem diante da concorrência que está mais atenta e mais ágil.
                Vendedores munidos de tables para mostrar opções que estejam no estoque, ou em outras filiais, ou ainda do que está encomendado e por vir, assim como lojas do varejo físico entregando as compras em casa, dispositivos para interatividade do cliente com a loja e produtos, são situações cada vez mais frequentes e responsáveis por aumentos significativos na fidelidade, no relacionamento e consequentemente nas vendas. As redes sociais tem sido outro ponto crítico da estratégia de transformação do varejo. Quem tem um bom produto, boa estrutura, bons serviços, tem cada vez mais o consumidor como seu promotor, por outro lado, para quem tem mau atendimento, falta ética, comete falhas graves, tem o consumidor como algoz, buscando relatar para uma grande número de pessoas as situações desagradáveis pelas quais passou. Pesquisas mostram que mais de 80% das pessoas das gerações Y e Z, acredita que deve compartilhar a satisfação, as boas experiências com empresas, produtos e suas marcas para amigos, família e colegas, usando redes sociais e os contatos físicos. O resultado disso é que muitas empresas já contabilizam bom incremento no faturamento, utilizando bem as redes sociais.
                As possibilidades dos mais diversos serviços móveis, aumento da conveniência, facilidades, proximidade, seguem aumentado, o que amplia a necessidade de atenção das empresas e impacta diretamente na cadeia de fornecimento e na logística. O consumidor moderno quer o melhor, quer agora, pelo menor preço possível, o que gera uma sensação de imediatismo para quase tudo. 
                A necessidade de inovação pode ser um grande desafio para a mente de muitos gestores, porém, estes desafios quando bem aproveitados podem produzir bons resultados para todos. As empresas que oferecerem soluções para economizar o tempo das pessoas, podem ganhar muito dinheiro, no entanto, quem não souber fazer isso estará “fora do jogo”.  Os gestores, principalmente do varejo, precisam lembrar da máxima do evolucionista Charles Darwin que dizia que sobrevive mais não os mais fortes, nem os mais rápidos, e sim aqueles que melhor se adaptam.

                Desejando que você adapte seu negócio ao melhor para seu cliente e que ele retribua prosperidade para seu negocio, um abraço a todos e até a próxima!

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Lidando com um adversário no trabalho

Como existem conflitos não é mesmo? Havendo algumas pessoas reunidas por algum interesse, não demora a surgir algum conflito. Mesmo que o ambiente seja familiar, empresarial, social, religioso, enfim, o conflito é inevitável em algum momento. Alexandre Prates, é um autor que fala do assunto e segundo ele, “os conflitos surgem por um simples motivo: as pessoas possuem valores diferentes, logo, o que é importante para um, não é importante para outro. O que me incomoda, não incomoda o outro. E, nesse contexto, as desavenças ocorrem a todo o instante, pois eu, assim como você, quero preservar os meus valores, aquilo que eu não abro mão.”
                Mais importante do que saber que o conflito estará presente em todos os grupos, é compreender que o problema não está no conflito e, sim, na consequência gerada por ele. É preciso saber que se discutir com você, debater ideias, depois é possível sair juntos para almoçar. O debate de ideias é saudável, no entanto, a maioria das pessoas, quando questionadas, contrariadas, tem a sua vaidade ferida e tende a atacar para se defender. Alguns relutam a reconhecer que a ideia do outro é melhor, pois não querem perder a razão, ou não querem arriscar o status que acham que tem. Outros, por receio de perder uma posição ou promoção, criam atritos para diminuir a reputação de colegas que eventualmente poderiam gerar alguma sombra ou comparação.
                Neste contexto, criar um adversário no trabalho, muitas vezes é rápido. O autor citado nos lembra algumas dicas, de como lidar com este adversário:
permita-me lhe trazer algumas dicas para lidar com esse incômodo:
1. Saiba que ter adversários é normal - Se você não tem adversários é por que não está fazendo o seu trabalho direito. Vários autores têm pregado que quando as pessoas se incomodam conosco, é sinal de que estamos nos destacando. Mas, entenda bem que estamos falando de resultados, de entrega, de comprometimento e não de destaque por comportamentos inadequados, ou seja, bajular o chefe, vestir roupas extravagantes, extrapolar nas brincadeiras, etc. Se você é bom, vai se destacar e, quando isso acontecer, terá adversários.
2. Fortaleça a sua reputação - A reputação é o maior patrimônio de cada pessoa, como quem contribui com as pessoas, preserva a sua imagem, não entra em fofocas e, principalmente, faz o seu trabalho de forma extraordinária. Amplie a percepção de valor que as pessoas enxergam em você, caso deseje que seu valor percebido, é pouco no seu entendimento.
3. Entregue resultados - Eles podem te protegem, pois comprovam o tamanho da sua competência. Se você é um grande vendedor, vai ter muitos adversários, mas jamais conseguirão fazer nada contra você. Quem tem resultado e apresenta-os nos locais certos e adequados, tem credibilidade.
4. Seja firme e verdadeiro – O seu adversário pode ser falso, desonesto, dissimulado, isso não importa. Se você agir igual, dará armas para que ele use contra você. Se ele fez uma fofoca a seu respeito, chame-o e esclareça imediatamente. Se ele mente, fale sempre a verdade. As pessoas sempre ficam perto de quem fala a verdade. Se ele não parar, chame-o para uma reunião, não esqueça de convidar o seu superior, e apresente o que está acontecendo com muita calma e serenidade.
5. Não se desespere - Lembre-se, você está certo! O sucesso está sempre ao lado de quem faz as coisas certas. Sei que a vontade, muitas vezes, é gritar, brigar, mas isso não ajudará. Coloque a pessoa no seu devido lugar e da melhor forma que você pode fazer: com sabedoria! Nenhum adversário ou inimigo resiste a ser colocado no seu lugar.
Sucesso!

Um abraço a todos e até a próxima!

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Proatividade na prática

Você se considera proativo? Ao analisar muitos curriculuns profissionais e acadêmico, é possível observar que muitas pessoas inserem em seus curriculuns esta qualidade, que é imprescindível para bom profissional. Todavia, ao fazer as entrevistas com alguns, constata-se que muitas pessoas não sabem o real significado de ser proativo, ou não tem um bom autoconhecimento. Por exemplo, ser proativo é bem diferente de ser reativo e em nada tem a ver com a passividade com que alguns encaram as situações que a vida impõe.
               Uma pessoa proativa se caracteriza por antecipar soluções para evitar possíveis problemas futuros, bem como desenvolve ações antes de ser cobrado para que seja feito. A proatividade também implica num comportamento onde a pessoa se responsabiliza por suas próprias escolhas, sabendo que está colhendo o que de alguma forma plantou no passado e que para ter dias melhores, precisa mudar hoje o que está fazendo em relação aos pontos em que pretende que sua vida seja melhor.
                A leitura do meio em que vive e do ambiente em que trabalha, aponta para quais situações futuras? Uma pessoa proativa faz esta leitura e se prepara, se antecipando a estas possíveis situações, visando tirar o melhor proveito para sua vida pessoal e profissional. Desta forma, uma pessoa proativa acaba sendo vista como ágil, inteligente, produtiva e otimista.
                Não pode se considerar proativo uma pessoa que apenas reage diante do que surge na sua vida como aqueles que passam “apagando incêndios” na vida pessoal e profissional, aqueles que frequentemente culpam os outros pelas coisas que não deram certo, ou que não gostam na sua vida, ou ainda, que ficam esperando por resultados melhores no futuro, sem mudar nada no seu presente. Ser reativo, é melhor do que ser passivo, claro, mas é preciso muito mais para se considerar proativo.
                Os gestores preferem os proativos, porque são pessoas que estão sempre em busca de soluções e estes são muito melhores de se trabalhar, do que aqueles que estão frequentemente trazendo problemas para os gestores solucionarem. Os proativos não precisam ser tão cobrados, pois eles buscam propostas antes que o gestor lhes cobre uma solução e eles também são preferidos, porque os reativos ficam esperando que o gestor esqueça e ao invés de buscar solução, preocupam-se mais com os argumentos que vão utilizar, quando forem cobrados pelo gestor. Assim, um empregado proativo é mais valorizado porque é mais comprometido com a busca de soluções. Uma pessoa passiva fica impressionada com os incidentes e no máximo dispara o velho “Viu? Eu avisei!”, enquanto uma pessoa reativa sai correndo para acudir e depois busca algum culpado pelo incidente. Já um proativo busca sinais de possíveis incidentes e providencia a solução de problemas que poderão ocorrer e quando vislumbra situações positivas pela frente, desenvolve ações para aproveitar melhor os resultados.
                Ser proativo requer mais esforço constante, ficando atento aos sinais do que pode ocorrer, tanto positiva, quanto negativamente. Todavia, esta postura evita esforços e stress quando as coisas ocorrem e precisam ser aproveitadas ou evitadas de forma rápida e eficiente.  Assim, convido vocês amigos leitores para uma reflexão sobre a sua proatividade, observando quantas vezes fica passivo diante das situações, quantas vezes reage e até precipitadamente, ou buscando em outros a responsabilidade pelo que acontece e enfim, quantas são as situações nas quais há uma antecipação, permitindo maior planejamento e aproveitamento, ou evitando problemas para si e para os outros.
                Para quem gostou e quer aprofundar os conhecimentos, faço algumas sugestões de leituras como os livros “Seja a pessoa certa no lugar certo”, de Eduardo Ferraz, “Atitude”, de Justin Heral e “Se tiver pressa ande devagar”, de Lothar Seiwert.

                A propósito, reflita sobre a sua proatividade e veja se deves incluir, manter ou excluir do seu curriculum, a proatividade como uma das suas virtudes! Um abraço e até a próxima!
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