quarta-feira, 28 de maio de 2014

Líder ou sabotador?

A provocação é forte e é para chamar a atenção de como as pessoas na posição de gestoras podem ser líderes de processos, ou até sem querer, sabotadoras de sua equipe. Conforme já escrevemos nesta coluna, o líder deve ser um facilitador do desempenho das pessoas e compartilho aqui alguns pontos que reforçam este entendimento.
                 O consultor e escritor Alexandre Prates em entrevista para a revista Venda Mais, na edição maio de 2014, apresenta pontos de sua pesquisa com mais de 5mil profissionais de diferentes áreas, com questões abertas sobre os fatores que mais prejudicam o desempenho profissional. O estudo visa mostrar os pontos em que o gestor pode ser o líder que conduz a equipe e a organização para o desenvolvimento mútuo e o sucesso, como também pode ser, até sem querer, o sabotador do desempenho da equipe e da empresa.
                A partir do conceito “Antes de alterar as ações, altere as percepções e as ações acontecerão.”, o autor enfatiza a necessidade de cada um de nós, líderes ou liderados, mudarmos primeiro internamente para que depois as mudanças exteriores ocorram verdadeira e solidamente. Assim, você deve estar ciente de que quando você quer mudar o desempenho de um ou mais de seus colaboradores, você deverá trabalhar para que seja mudada a forma como ele, ou eles veem a organização e seu posicionamento como líder.
                Com este conceito, é preciso avaliar o nível de interferência do líder na ação do liderado, pois se for além da medida, prejudicará o desempenho do profissional, ou dos profissionais afetados pela ação de interferência. O estudo citado mostra que os líderes que obtém melhores desempenhos de suas equipes vêm trocando a pergunta “Como motivar minha equipe?” por “O que impede minha equipe de se engajar com a empresa?”
                Para obter um maior engajamento das equipes, o estudo mostra que as organizações devem responder algumas questões que todos os profissionais se fazem a respeito do lugar onde trabalham:
- Onde a empresa quer chegar? Vale a pena? Vai ao encontro dos meus ideais?
- O meu líder confia em mim? Ele se preocupa com o meu crescimento profissional?
- Onde a empresa quer que eu chegue?
                Quando as respostas das questões acima, não estão claras o suficiente, a visão de futuro dos profissionais fica turva e eles têm dificuldade de se motivar. Prates também recomenda o desenvolvimento de 3 questões fundamentais para aumentar a motivação e o comprometimento das equipes:
- senso de participação – as pessoas tem necessidade de se sentirem parte de alguma coisa, principalmente, que fazem parte das decisões da organização e que suas opiniões além de serem ouvidas, são levadas em conta; 
- senso de realização – mostre a cada dia que o trabalho da pessoa é fundamenta para a empresa;
- senso de reconhecimento – o reconhecimento move ações e traz autoestima, por isso, ofereça prontamente e constantemente um feed back, pois as pessoas precisam do reconhecimento dos outros.   

                A reflexão precisa ser muito mais profunda para que você consiga avaliar melhor os que impede o desempenho do seus liderados e como promover eficiência e produtividade, mas espero que estes pontos possam despertar um entendimento diferente de lideres e liderados. Desejando mais ação, engajamento e produtividade na sua equipe, um abraço e até a próxima!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Resolvendo conflitos

Os conflitos estão presentes em quase todas as dimensões da nossa vida. Nem sempre e nem todos nós sabemos resolver adequadamente estas situações. Momentos tensos em reuniões, encontros, conversas são indicativos de que algum problema paira no ar e que um conflito está por vir a tona. Nestas situações em que olhares se entrecruzam, outros se evitam e a franqueza fica em 2º plano, a sensação é desagradável e frustrante.
                 Para algumas pessoas os conflitos podem ser extremamente produtivos e saudáveis, seja no processo de solidificação de um time competente da sua empresa, ou como aprendizado e experiências em conflitos com pessoas de equipes de outras organizações. Conforme o dito popular, a unanimidade é burra! A diversidade de ideias, posições, entendimentos, conhecimentos, é sempre muito saudável e enriquecedora, melhorando resultados e criatividade para a organização e para as pessoas que participam dispostas a aprender e a crescer em todas as oportunidades possíveis.
                A maior dificuldade é sempre a forma como é conduzida a situação de conflito e a sua solução. Compartilho alguns passos sugeridos pelo autor e colunista Jeffrey Gitomer, para o encaminhamento de conflitos para busca de melhores resultados:
Pondere – antes de tomar uma decisão final, antes de dar uma resposta definitiva, ter determinada postura, pense nas questões apresentadas com diferentes pontos de vista;
Empatize – compreenda os sentimentos e emoções das partes envolvidas. Considere e valorize a participação de todos;
Clarifique – esclareça através de perguntas, informações, dados, entendimentos que possam estar subentendidos ou nas entrelinhas da discussão;
Valorize – de maneira enfática, reconheça a contribuição de cada um na discussão estabelecida;
Antecipe – antes de iniciar uma reunião, esteja preparado para abordar temas críticos;
Revolucione – na busca por soluções, pense “fora da casinha”, inove sempre;
Valorize relacionamentos – fomente uma cultura que valorize os relacionamentos. Assim o foco das discussões será maior no coletivo do que no individual.
                É preciso lembrar que todas as relações interpessoais implicam em duas pessoas distintas e únicas, pelo que é natural que possam ocorrer situações em que não se está de acordo, em que se têm opiniões e pontos de vista diferentes. Algumas vezes esta situação gera desentendimento, ou a sensação de desentendimento e assim, levar a conflitos que, por um lado, se resolvidos, podem gerar um progresso significativo na relação, fortalecendo-a. No entanto, por outro lado, estes conflitos podem fazer com que ambas as pessoas se sintam incompreendidas, zangadas, contrariadas ou magoadas, podendo fazer com que a relação deteriore ou não progrida mais. Por estes e outros motivos, precisamos todos entender cada vez mais, sobre como solucionar conflitos buscando os melhores resultados.
                Desejando que você encontre sempre as melhores soluções para os seus conflitos, um abraço e até a próxima!

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Despertando inovação

                Você já deve ter lido e ouvido muito sobre inovação, inclusive nesta coluna. Volto ao assunto nesta semana, incentivado pela leitura de uma entrevista da revista Exame, com David Kelley consultor atuante numa das regiões mais inovadoras do mundo, o Vale do Silício, na Califórnia, EUA, onde também é professor na Universidade Stanford. Acaba de chegar ao Brasil o livro Confiança Criativa, escrito por ele e pelo irmão, Tom Kelley e assim creio que as ideias sobre inovação, oriundas do autor, estão bem apresentadas.
                Para Kelley, criatividade não se ensina, se desperta. Para muitos parece impossível tornar alguém criativo, mas a verdade é que todos podem. Ele lembra que com o tempo, e às vezes por culpa das empresas, (ou das famílias e das escolas, acrescento), as pessoas desistem de correr riscos. No entanto, é possível recuperar essa confiança e tornar-se criativo. Vejam que uma pessoa criativa não tem medo de tentar. Pessoas criativas arriscam, mas o processo tem muito mais científico do que pode parecer. Todas as pessoas criativas são sistemáticas na forma de pensar, embora quase nunca se deem conta disso.
                Para inovar nas organizações, a recomendação é observar como os clientes interagem com os produtos, pois desta forma se torna mais fácil perceber as necessidades. Tolerar o erro, porém, está longe de significar disposição para perder dinheiro. “A mediocridade é o preço mais caro que uma empresa pode pagar”, diz o autor. Com inovação, surgem internamente novas perspectivas, inspiração e novas formas de ganhar dinheiro.
                Inovação é o oxigênio para as corporações, mas sabemos que ainda parece ser exceção, em algumas organizações onde os executivos passam horas em frente a um computador e falam com as mesmas pessoas. É preciso ir para a rua e conviver com quem usa o que você oferece ou quer oferecer, pois é no campo que as grandes ideias surgem. Erroneamente muitas organizações costumam ter uma grande ideia e depois ir a campo para procurar entender como as pessoas lidaram com o que foi criado. Quando se começa um projeto pelo desejo ou necessidade de quem usará, a comercialização que é o que trará resultados, ficará facilitada e em muito. 
                O autor cita algumas de suas clientes como exemplo: a 3M, onde 15% do tempo das pessoas deve ser dedicado a tentar algo novo, que pode dar certo ou não e o Google, onde esse tempo sobe para 20%. Estas e outras empresas sabem que é preciso ter muitas ideias para chegar a uma muito boa. Por isso que há muitas coisas interessantes acontecendo nelas, o tempo todo.
                As mudanças levam muito tempo e por isso é preciso iniciar de forma pequena, por exemplo, criando um programa de incentivo à inovação. Na medida em que aparecem  resultados, mais gente desperta para inovar, criar. As pessoas podem não entender o processo criativo, mas elas sabem muito bem o que é sucesso e vão querer embarcar nele.
                Finalizando, amigos leitores, é preciso lembrar que a maioria aceita o caminho mais fácil, que é seguir a mesma rota sempre. Por este motivo precisamos nos questionar a todo o momento, pois não é por que todos estejam fazendo que é correto, nem porque ninguém fez que está errado. O sucesso vem por fazer diferente, mas este é o caminho que tem o início mais árduo.
                Um abraço e até a próxima!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Revendo os seus pontos fortes

Muita gente acredita que ponto forte é algo que se sabe fazer bem feito, ao passo que ponto fraco é algo que precisa ser desenvolvido. Ao olhar mais atentamente, percebe-se que é preciso diferenciar um ponto forte de uma habilidade bem desenvolvida e que é preciso pensar de maneira mais simplificada o que é visto como ponto fraco, ponto forte e habilidade. A psicóloga e escritora Gisele Meter afirma que ponto fraco é qualquer atividade que te faça sentir-se mais fraco, entediado e desmotivado, mesmo que seu desempenho seja excelente, pois é algo que esgota energias e causa tédio ou faz com que você se desvie de seu objetivo principal, aquele idealizado por você ao longo dos anos. Resumindo, segundo a autora, ponto fraco é aquela atividade que o fato de lembrar dela, já causa desânimo, angústia ou tristeza. Com alguma frequência vemos isso a nossa volta, não é mesmo? Uma atividade profissional, uma aula, uma regra, ou rotina que a pessoa não gosta, pode sim ser o ponto fraco de alguém, por ser algo que a enfraquece, mesmo que seja algo realizado de maneira excelente e inquestionável.
 Por esta mesma analogia, o ponto forte é algo que como o próprio nome diz, faz sentir-nos mais fortalecidos, sendo aquilo que desperta a vontade em fazer, que motiva e que não precisa de esforço para manter a concentração, porque é prazeroso, realiza e faz bem. Conforme Gisele, quando você conclui algo que gera uma sensação imensa de bem estar, você está diante de um dos seus pontos fortes. A autora afirma que o perigo é confundir pontos fortes com habilidades bem desenvolvidas, por induzir a pessoa a ficar por anos a fio fazendo o que no fundo não suportam, simplesmente porque consideram que aquilo é o ponto forte delas, não percebendo que levaram anos treinando tal habilidade para serem exímios executores daquilo que fazem de maneira quase que automática.
O que estamos levantando aqui pode ser parte da dificuldade de muitos que se dizem infelizes no trabalho, na carreira e na vida de forma geral, pois passam grande parte do tempo focando nas habilidades e não nos pontos fortes. Fazendo isso, geram insatisfação, potencializando ainda mais os pontos fracos. A princípio parece contraditório pensar assim, mas fácil de comprovar quando olhamos para nós mesmos e ao nosso próprio redor.
Vejam amigos, que boas habilidades pessoais aplicadas naquilo que a pessoa não gosta de realizar podem acabar se transformando em pontos fracos, trazendo angústias, frustrações e até desespero, parecendo estar no lugar errado, ou andando em círculos sem caminhar para a direção que foi sonhada.
Assusta pensar que é possível passar uma vida profissional longe dos pontos fortes, apenas alimentando as fraquezas, mas é preciso atenção, pois o que gera profissionais medíocres é em boa parte, a falta de reflexão sobre o que se faz do próprio trabalho. Por acomodação ou por falta de coragem muitas pessoas seguem vivendo de maneira medíocre, em um emprego que não agrega, não desenvolve e não as realiza, desperdiçando toda sua energia em algo que não faz bem.
Você perceberá que está desenvolvendo um ponto forte, quando ao final do dia, tem aquela sensação de missão cumprida, de ser valioso e principalmente de sentir que está no lugar certo, fazendo o que é certo, sem procurar atender expectativas alheias ou aquilo que os outros acham que você faz bem. Ninguém sabe melhor de suas potencialidades do que você mesmo!
Finalizando peço que os amigos leitores lembrem sempre desenvolver aquilo que os fortalece e os faz sentir realizado, pois o restante podem ser tentativas, por vezes frustradas, de agradar aos outros e até de enganar a si mesmo.
                Um abraço e até a próxima!ra e determinação rumo a sua realização.

O persistente não é imediatista, ele sabe que as grandes realizações custam tempo e esforço; por isso, dedicará o máximo de seu tempo e seus melhores esforços, de maneira contínua, até alcançar a vitória. As maiores dificuldades e os maiores obstáculos cedem diante da persistência.

Lembre que a água perfura a rocha não por causa de sua força, mas de sua persistência! Persistência é a capacidade de continuar onde os outros desistem!
determinação rumo a sua realização.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...