sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Atitudes de vencedores

 


Vivemos um período em que a pergunta “Quem vai vencer?” é bem frequente, a começar pelas eleições estaduais, nacionais, Copa do Brasil, Libertadores, Brasileirão série A ou B, Copa do mundo da FIFA, dentre outras. 2022 vai ficar marcado por estas disputas, mas não é disto que trato hoje. Pressões de muitas formas e ao mesmo tempo, guerra de informações e narrativas, além da disrupção em cadeias tradicionais de produção e de consumo abalaram convicções, negócios, aprendizados, com níveis de incerteza elevados.

As organizações que vencem nos momentos de crise têm sido aquelas que formam convicções e tomam decisões mais rápidas e ao mesmo tempo desencadeiam ações de longo prazo. Como em qualquer crise interna ou externa, nos momentos de dúvida é preciso mostrar coragem e visão de futuro. Aprendemos em outras crises, que mesmo diante das mesmas adversidades, nem todas as empresas sofrem e poucas sofrem da mesma maneira.

A questão-chave é: quais ações decisivas são tomadas pelos líderes de organizações que entregam os melhores resultados em momentos de incertezas? As organizações que tem melhores resultados diante das incertezas têm algumas ações em comum, como: rever constantemente as despesas para manter a saúde financeira e a capacidade de fazer investimentos; atentar continuamente para a produtividade não importa o período; pensar a curto, médio e longo prazo ao tomar as decisões; desenvolver agendas e planos proativos para oportunidades de fusões, aquisições, joint ventures, parcerias, acordos, etc.; e ajustam seu modelo de negócios à nova realidade.

Faço um destaque à necessidade de agilidade nas organizações, pois o que tem sido estudado sobre os casos de sucesso indica que os vencedores atuais em diversos segmentos são ágeis nos ajustes e encaminhamentos. A máxima de que o feito é melhor do que o perfeito, é cada vez a regra de ouro. Sabendo que a dificuldade de prever como vão se comportar os clientes daqui a 3 a 4 anos, a agilidade nos entendimentos e decisões se torna mais importante.

Priorizar as ações e a experimentação, desenvolvendo múltiplos cenários para a tomada de decisão de forma mais rápida é o melhor caminho para as médias e grandes organizações, que precisam mais do que nunca, montar equipes dedicadas à adaptação dinâmica diante do desenrolar da crise.

As organizações com melhores resultados ao longo da pandemia, independente do setor e do tamanho, foram aquelas que se tornaram mais flexíveis para aprender e ajustar os projetos e planos de acordo com mudanças no contexto e ainda compreenderam que não é necessário aguardar todos os processos, projetos e sistemas serem testados, ter todas as garantias antes de decidir e agir. Aprendendo a construir e ajustar estruturas e entregas de forma mais orgânica e flexível durante o processo pode gerar mais sucesso, do que no modelo tradicional.

Quem leu e está pensando em como fazer isso na sua organização, vai identificar logo que esta forma de trabalhar tem impactos diretos na estrutura das organizações. Reuniões frequentes e rápidas com a participação de todos os líderes são fundamentais. Antes de tudo, é muito importante refletir sobre o negócio em que cada um está, com perguntas relevantes como: “qual deve ser a profundidade e as incertezas deste período” e “qual é a disrupção em seu modelo de negócios?” e ainda, “Basta revitalizar a operação existente ou é preciso criar um novo modelo de negócios?”. Evidentemente cada grupo e liderança deverá encontrar essas respostas, reforçando que o mais importante é agir!

Um abraço e até a próxima!

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Organizado para o fim do ano?

 


              Campanha eleitoral, Copa do Mundo de Futebol, e logo depois Natal, festas de Ano Novo e férias de verão... com esta sequência, mais do que nunca o ano novo vai deixar a impressão de chegar mais rápido.

                A cultura nacional de envolver-se tanto com a “Copa” por exemplo, tem impacto econômico bem importante e identificado pelos economistas que estudam o PIB, mostrando que é notório nos anos de copa e eleições reduzindo ainda mais do que normalmente a produtividade por trabalhador. Para quem não sabe ou não lembra, a produtividade do trabalhador brasileiro já é muito baixa, o que pode ser visto nos estudos da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Por curiosidade, os países com maior produtividade do mundo são Luxemburgo, Irlanda, Noruega, Dinamarca, Alemanha, França, Suíça, Áustria, Holanda, Islândia. Os estudos também indicam que o trabalhador norte americano por exemplo, que nem está entre os 10 melhores em produtividade, leva apenas 15min para produzir o que o que o trabalhador brasileiro leva 1h.

                Considerando que a cada 2 anos o Brasil está envolvido em eleições e que elas coincidem com os anos da Copa do Mundo da FIFA ou com as Olimpíadas, a produtividade do trabalhador brasileiro tem 5 anos com importantes quebras de ritmos ao longo de uma década. Além das atenções que ficam divididas, a polarização das últimas eleições aumenta o sentimento de alguns que aguardam os resultados das eleições para investir, inovar, mudar, planejar, etc., mesmo que já sabemos que embora os discursos sejam bem diferentes, os fatos, os números e a história mostra que mudou muito pouco.

                Já dizia Sêneca, que o vento nunca estará bom para quem não sabe para onde ir. Todavia, planejar é a ação mais importante a fazer, para aqueles que sabem onde querem chegar e tem objetivos claros. Sabe-se que por diversos motivos, o fim do ano representa um período de maior movimento na economia, especialmente no varejo de bens e serviços. Também é importante lembrar que a concorrência está cada vez mais acirrada, com muitos competidores precisando vender e movimentar seus negócios, além das vendas pela internet e ainda, da entrada dos novos competidores substitutos com novas formas mais rápidas, mais baratas e mais eficientes de fazer muitas atividades. Se você, sua equipe, sua empresa ainda não fez, ou não concluiu os planos para aproveitar melhor este fim de 2022, é hora de começar.

Como serão preparados os pontos de vendas, os pontos de contato com o cliente... como está a identificação das proximidades da sede da empresa, a fachada, as vitrines, a limpeza, o jardim, a exposição externa, a pintura do prédio...? E o site, os perfis nas redes sociais, as listas de contatos, o CRM...? As imagens e os textos estão atualizados? Como será feita a orientação da equipe de vendas, de atendimento e do telefone sobre as novidades que estão sendo preparadas? As compras e as encomendas para deixar o estoque bem abastecido já foram realizadas, então é mais fácil planejar como fazer o melhor uso do que haverá em estoque para conquistar o cliente e realizar os resultados.

Planejar não é tudo, mas é essencial. No planejamento surgirão as ideias para inovar em diversos pontos e assim é mais fácil motivar tanto a equipe quanto os fornecedores e representantes que podem contribuir, quanto os clientes que são sempre sedentos por novidades. Colocar o plano no papel também é fundamental para a percepção dos detalhes que faltam e que podem ser aprimorados. Com o plano escrito e revisado fica mais fácil compartilhar o conjunto das atividades com as pessoas que precisam exercer seus papéis para que tudo funcione conforme o projetado.

Para concluir, lembre-se que um plano só faz sentido se puder ser colocado em prática e para isso, sempre é necessária uma boa distribuição de tarefas, envolvendo várias pessoas e distribuindo atividades conforme as capacidades de cada um. Quanto mais pessoas envolvidas, maior a força da mobilização. Algumas coisas serão feitas como você faria, mas os ganhos de motivação e satisfação pelas contribuições na mobilização do esforço para ter um fim do ano melhor serão maiores.

Qualificando a força de trabalho e planejando as ações já é difícil, imagino o tamanho da dificuldade sem fazer isso. Então, mentes e mãos a obra, que o fim do ano vem aí e precisamos usar o melhor de cada um, para fazer deste o melhor fim do ano dos últimos tempos!

Um abraço e até a próxima!

O que o Brasil precisa

 


                A lista do que o Brasil precisa é tão extensa que por vezes parece mais fácil listar o que o país não precisa. Esta lista poderia começar com “não precisamos mais divisão do que já temos”. Jogar segmentos da população e atores da economia uns contra os outros é nefasto, considerando o poder de destruição das relações, mas é conceito clássico e presente em livros conhecidos. Embora a prática “dividir para governar” integra o modelo mental de muitos líderes das esferas públicas, e também de entidades e empresas, entendo que a história já provou que é uma barreira para o desenvolvimento.

A polarização entorno das 2 candidaturas que alcançaram o segundo turno na eleição para Presidente da República que já havia ocorrido em 2018 é uma estratégia tradicional e muito eficaz para os concorrentes que a utilizam, porém, além do aumento da divisão da sociedade, atrasa-se o desenvolvimento por falta de cooperação, inibe-se o surgimento de novas lideranças, e consequentemente compromete-se o futuro.

A intensa divulgação de pesquisas pelos mais diversos canais da mídia construiu uma expectativa diferente da realidade e por este motivo, diversos resultados das eleições novamente surpreenderam. A renovação do legislativo que já havia sido em torno de um terço na última eleição, não foi tão grande desta vez. A polarização entre 2 candidaturas para Presidente da República, em eleições gerais, ocasiona uma menor atenção para as disputas a Governador, Senador, Deputados Federais e Estaduais, o que também não é bom para a sociedade.

Há décadas se fala na necessidade de renovação do Senado e Câmara Federal, para aprovação das reformas que o Brasil precisa e principalmente, para a redução dos vícios na relação entre os 3 poderes. O discurso pró-reformas está presente em quase todas as candidaturas e com o legislativo renovado, o clima para reformas é mais favorável, no entanto, mesmo com o passar de diferentes siglas e tendências ideológicas pelo executivo, há décadas não são enviados projetos de reformas para o legislativo apreciar, nem mesmo para a sociedade discutir.

Enquanto a renovação do legislativo foi um ponto positivo das últimas eleições, o ponto negativo tem sido o agravamento da divisão do país, especialmente entre os segmentos. Parecendo ser intencional, esta divisão é provocada pelo foco na discussão de temas periféricos, como os costumes ao invés de temas centrais como economia, educação, saúde, infraestrutura.

O Brasil precisa de disputas políticas mais saudáveis onde os concorrentes aos cargos públicos deveriam apresentar propostas e mostrar exemplos de ações que eles mesmos e seu grupo de apoiadores realizou em outros momentos, locais e instâncias. Assim, a sociedade poderia entender a que veio cada candidatura e discutir quais propostas atenderiam melhor as necessidades da população.

 Um grupo de lideranças políticas focadas em soluções, ao invés de disputas de preferências, deveria articular as mais diversas lideranças políticas, sindicais, associativas, empresariais, sociais,  responsabilidades e tarefas de acordo com suas principais habilidades e competências para juntos finalmente organizar e aproveitar as melhores potencialidades para desenvolver o Brasil e propocionar uma vida melhor para nossa gente.

Há quantas décadas se fala em projeto nacional?

Quem montou uma proposta e apresentou para receber contribuições e ser apreciada?

Uma sociedade com notórias dificuldades de entender o contexto, avaliar cenários e planejar a médio e longo prazo, é o ambiente propício para o velho modelo “dividir para governar”. E neste ambiente, “matar” o outro, aquele que se posiciona diferente, ao invés de discutir, argumentar, ajustar e buscar com agilidade o melhor entendimento e as melhores soluções parece ser o único caminho para muitos. Assim, o país com problemas complexos tem seu povo esperançoso de ações efetivas relegado a condição de 2 torcidas adversárias.

         Respeito é o que precisamos antes de tudo! Se união, mobilização, racionalidade está difícil neste momento, podemos tentar pelo Respeito!

Um abraço e até a próxima!

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Inovar é preciso

 


Precisamos conversar, ouvir, falar, ler, estudar mais sobre inovação e é acreditando nisso que vez por outra voltamos ao assunto neste espaço. A carreira, os negócios e até os relacionamentos precisam de inovação para seguir se desenvolvendo.

Quando a gente se põe a pensar na quantidade de coisas novas surgindo aparecem vários sentimentos, não é mesmo? - Animação com todas as novidades, novas soluções, novas coisas que vão surgir, insegurança com o que vai mudar, desejo de também criar e apresentar novidades, e a certeza de que todos somos capazes de inovar, não somente as grandes mentes, pesquisadores, empresas e marcas.

A inovação pode e deve cada vez mais, fazer parte da rotina das pessoas para funcionar em vários níveis. A inovação também significa “renovação”, ou seja, transformar algo sem alterar a essência. Uma nova identidade visual da marca, uma nova embalagem, novos temperos, novas receitas, novos cortes, novas formas de comunicação, novas práticas, são inovações também. Mesmo que para o mundo, para a humanidade aquela ação seja bem conhecida, se renovar melhorando a vida das pessoas, já se está diante de uma inovação. Explorar algo novo e buscar sucesso em processos, produtos e práticas de gestão, é preciso e também significa inovação.

      Aumentar a tolerância ao risco, desapegar-se de opiniões negativas ou pessimistas, querer fazer primeiro, experimentar mais, são alguns dos comportamentos necessários para inovar mais, mesmo que em níveis iniciais.  

         A inovação em bens de consumo, bens duráveis e serviços tem por objetivo criar versões melhores e para isso é preciso ter clareza de que sempre há oportunidades de melhoria. A inovação no modelo de negócios por sua vez é quando a empresa implementa uma nova forma de estimular seu ecossistema ou até mesmo pivota, altera o modelo completamente, buscando melhores resultados.

             Já a inovação em cultura e gestão é quando a antiga forma de entender a organização começa a ser substituída por formas mais modernas, mais leves, e com melhores resultados. Quando os colaboradores deixam de ser controlados pelos horários e passam a ter seu trabalho mensurado pelos resultados do seu trabalho, inclusive podendo tomar algumas decisões diariamente, tem-se uma empresa mais inovadora e mais ágil.

                Em todos esses casos, novos mercados e possibilidades se abrem, criando mais oportunidades de inovação. Inovar é preciso e é possível trilhar, perseguir esta cultura diariamente, com objetividade e foco. Inserir a inovação na cultura da organização não acontece de uma hora e nem dá resultados imediatamente. Conforme já dito e escrito, é preciso correr algum risco de forma controlada e mensurável, descobrindo, testando, experimentando continuamente.

O importante é que não se demore! Vamos em frente, porque inovar é preciso.

Um abraço e até a próxima!

  

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