Vivemos um
período em que a pergunta “Quem vai vencer?” é bem frequente, a começar pelas
eleições estaduais, nacionais, Copa do Brasil, Libertadores, Brasileirão série
A ou B, Copa do mundo da FIFA, dentre outras. 2022 vai ficar marcado por estas
disputas, mas não é disto que trato hoje. Pressões de muitas formas e ao mesmo tempo, guerra de
informações e narrativas, além da disrupção em cadeias tradicionais de produção
e de consumo abalaram convicções, negócios, aprendizados, com níveis de
incerteza elevados.
As organizações que vencem nos momentos de crise têm sido
aquelas que formam convicções e tomam decisões mais rápidas e ao mesmo tempo
desencadeiam ações de longo prazo. Como em
qualquer crise interna ou externa, nos momentos de dúvida é preciso mostrar coragem
e visão de futuro. Aprendemos em outras crises, que mesmo diante das mesmas
adversidades, nem todas as empresas sofrem e poucas sofrem da mesma maneira.
A questão-chave
é: quais ações decisivas são tomadas pelos líderes de organizações que entregam
os melhores resultados em momentos de incertezas? As organizações que tem
melhores resultados diante das incertezas têm algumas ações em comum, como: rever
constantemente as despesas para manter a saúde financeira e a capacidade de
fazer investimentos; atentar continuamente para a produtividade não importa o
período; pensar a curto, médio e longo prazo ao tomar as decisões; desenvolver agendas
e planos proativos para oportunidades de fusões, aquisições, joint ventures,
parcerias, acordos, etc.; e ajustam seu modelo de negócios à nova realidade.
Faço um
destaque à necessidade de agilidade nas organizações, pois o que tem sido estudado
sobre os casos de sucesso indica que os vencedores atuais em diversos segmentos
são ágeis nos ajustes e encaminhamentos. A máxima de que o feito é melhor do
que o perfeito, é cada vez a regra de ouro. Sabendo que a dificuldade de prever
como vão se comportar os clientes daqui a 3 a 4 anos, a agilidade nos
entendimentos e decisões se torna mais importante.
Priorizar as
ações e a experimentação, desenvolvendo múltiplos cenários para a tomada de
decisão de forma mais rápida é o melhor caminho para as médias e grandes
organizações, que precisam mais do que nunca, montar equipes dedicadas à adaptação
dinâmica diante do desenrolar da crise.
As
organizações com melhores resultados ao longo da pandemia, independente do
setor e do tamanho, foram aquelas que se tornaram mais flexíveis para aprender
e ajustar os projetos e planos de acordo com mudanças no contexto e ainda compreenderam
que não é necessário aguardar todos os processos, projetos e sistemas serem
testados, ter todas as garantias antes de decidir e agir. Aprendendo a
construir e ajustar estruturas e entregas de forma mais orgânica e flexível
durante o processo pode gerar mais sucesso, do que no modelo tradicional.
Quem leu e está
pensando em como fazer isso na sua organização, vai identificar logo que esta
forma de trabalhar tem impactos diretos na estrutura das organizações. Reuniões
frequentes e rápidas com a participação de todos os líderes são fundamentais. Antes
de tudo, é muito importante refletir sobre o negócio em que cada um está, com
perguntas relevantes como: “qual deve ser a profundidade e as incertezas deste
período” e “qual é a disrupção em seu modelo de negócios?” e ainda, “Basta
revitalizar a operação existente ou é preciso criar um novo modelo de negócios?”.
Evidentemente cada grupo e liderança deverá encontrar essas respostas, reforçando
que o mais importante é agir!
Um
abraço e até a próxima!
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