quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Intoxicado pelas próprias atitudes

                Uma pessoa considerada madura e ponderada deve conseguir colocar a razão, frente a emoção. Embora possa parecer fácil para alguns, são raros os casos em que alguém consegue suportar as pressões diárias sem ter as emoções abaladas de alguma forma. Vivemos num momento em que muitas pessoas abrem mão de cuidados com sua saúde em longo prazo, para buscar mais resultados financeiros e materiais, em curto prazo, onde fica mais difícil agir de forma mais temperada, moderada e equacionada, com ações e atitudes sabiamente controladas para uma vida pacífica e harmônica com os que o rodeiam.
                A inteligência emocional já foi muito mais comentada e escrita do que atualmente, mas a falta desta inteligência segue dificultando a vida de muita gente, desempregando ótimos curriculuns e atrasando o desenvolvimento de negócios e pessoas. Todavia, não é possível gerar mais inteligência emocional de forma rápida. Para quem tem alguma dúvida, sugiro uma pequena reflexão sobre quantas pessoas você conhece, que não aceitam ser contrariadas em suas propostas, ideias e argumentos, assim como quantas amizades sabemos que foram desfeitas quando uma parte foi sincera ao emitir uma opinião mais contundente, e ainda, quantas pessoas revidam da mesma forma, algo que entenderam como sendo um ataque. É preciso lembrar ainda que aqueles que tem muito orgulho, são egocêntricos e vaidosos terão bem mais dificuldade de alcançar a resiliência, pelo fato de colocarem foco em outros pontos como por exemplo, se importar demais com a ignorância alheia.
                Para não ser intoxicado pelas próprias atitudes nem pelas atitudes alheias que não contribuem com o seu desenvolvimento pessoal e profissional, é preciso criar um escudo emocional que suporte eventos ruins e desconfortos das mais diversas formas. Para ter resiliência, não abalar-se tanto e por tanto tempo com dificuldades na vida e na profissão, é preciso esforço continuado e a vida toda. Uma criança cujos pais (tios, avós) a protegem tanto a ponto de tentar evitar qualquer dificuldade, não está sendo preparada para os desabores da vida adulta certamente trará e nestes casos, terão maior impacto.
                Quase todas as conquistas que desejamos exigem esforço, dedicação e alguns  sacrifícios, com paciência e muita tolerância. Quem consegue ter mais paciência e tolerância pode sofrer mais no início, para trilhar um caminho mais tranquilo, com bons frutos a longo prazo. Quem não domina a intolerância tende a não ter grandes problemas a curto prazo, porém dificilmente terá recompensas futuras, pois não é possível colher muito sem ter plantado boas sementes.
                Finalizo com algumas sugestões a partir de um conjunto de textos sobre resiliência, pelas quais pode-se evitar a intoxicação com as próprias ações e atitudes:
- ter mais esperança em si e nas pessoas ao seu redor;
- evitar se preocupar com as picuinhas;
- usar as críticas a seu favor;
- gerir bem as situações desconfortáveis;
- evitar situações cuja probabilidade de trazer disabores são grandes;
- não negociar as situações em que você mais acredita;
- bloquear os seus ímpetos negativos, e se possível, dos mais próximos;
- enfrentar seus medos para ganhar mais energia e coragem;
- amar e compreender ao próximo;
- corrigir os erros o mais rápido possível e evitar valorizar demais suas dificuldades;
- aprender a ser criativo/a e usar a criatividade a seu favor;
- valorizar o que você já possui e que faz a sua felicidade.

                Desejando uma vida mais resiliente a todos os leitores, um abraço e até a próxima!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Não dê voz e vez ao medo!

                O texto de hoje é motivado pela campanha de várias entidades empresariais que tem por slogan “Não de voz e vez ao medo”. A recém lançada campanha “Reage RS”, tem recebido a cada dia mais adesões e mostrando que muita gente está querendo mudar o rumo desta sequencia de resultados desastrosos. É preciso que a campanha se espalhe do sul para o restante do Brasil, pois estamos todos cansados de fatos deprimentes. O motivo principal das entidades que lançaram o movimento é reverter o quadro de sensação de insegurança da população, sobre os mais diferentes assuntos como saúde, segurança pública, impostos, política, estrutura e outros. É um convite para as pessoas voltarem a transitar nas ruas, a consumir e a investir com tranquilidade.
                A ideia principal da campanha, é combater a percepção de que tudo está ruim e vai piorar. As entidades estão otimistas em reverter essa situação de extrema gravidade, quebrando esse “gatilho” de insegurança que é acionado a cada novo escândalo, nova tragédia, greves, demissões, enchentes, aumento de tarifas, etc. Precisamos de gente encorajada, entusiasmada movimentando as cidades, e o comércio para que possamos manter os negócios e manter os empregos. Embora o momento é de maior atenção e cuidado, é preciso conscientizar as pessoas que moram, trabalham, convivem conosco, que nos ouvem, que nos leem de que, se ficarem em casa, seguirem reduzindo tão drasticamente o consumo e os investimentos, as coisas realmente vão piorar. Sem o movimento no comércio os empregos vão reduzir em maior número na indústria e aumentar o impacto na economia já em grandes dificuldades.
                Com tanta notícia ruim sobre a política, economia, corrupção, violência, tragédias climáticas, a tendência é que a desesperança e o medo generalizado, aumentem, ocasionando maior reclusão da população em suas casas e os consequentes impactos diretos no consumo. Concordo com Ralph Emerson na afirmação “O medo derrota mais pessoas que qualquer outra coisa no mundo.”, pois o medo que vivemos no momento é uma tragédia coletiva que paralisa corpos e mentes por todo o país.
                É sabido que nos momentos de ameaças e dificuldades para alguns, aparecem oportunidades para os mais sábios. Todavia, temos que lembrar o que dizia Lucius Lactantius, conselheiro de Constantino I: “Onde o medo está presente, a sabedoria não consegue estar.”, pois as oportunidades ficarão mais difíceis de serem vistas, ofuscadas pelo medo generalizado e aí, as oportunidades aparecem para menos gente.
                Fases de medo são comuns em nossa civilização e Platão já dizia “Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro. A real tragédia da vida é quando os homens tem medo da luz.” Os economistas tem analisado que dificilmente vamos sofrer por mais três anos e meio. Claro que as soluções não estão claras por enquanto, mas isso não quer dizer que não existam. As soluções oportunidades estão escondidas em algum lugar entre 2016 e 2018, à espera da redução do medo, ou de alguma oportunidade, de algumas notícias positivas, pois tanto a política, quanto a economia costumam nos surpreender, lembrem-se disso.
                A cada dificuldade que se apresenta precisamos lembrar que desistir é uma saída de fraqueza, enquanto persistir é a alternativa que os fortes escolhem!

                Um abraço e até a próxima!

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

É preciso ser a melhor opção

                Acredito que se fala tanto em satisfação do cliente pelo fato de muitos não conseguirem nem chegar próximo deste quesito mínimo. Para ser preferido pelo cliente, as vezes é preciso fazer muito, outras vezes nem tanto, mas é preciso sempre ser a melhor opção.
                Vamos lá, cá entre nós, quando precisamos ou queremos algo, como é nossa escolha? Em última análise, escolhemos sempre a melhor opção que estiver ao nosso alcance, não é mesmo? Não escolhemos a melhor opção entre toda as opções existentes, nem entre todas as opções que conhecemos. Escolhemos a melhor, entre as opções mais convenientes para nós! Isto quer dizer tempo, prazos, distância, status, praticidade, custo para o cliente, relacionamento, facilidade, compreensão, dentre outros.
                Uma relação com quem consome pode ser simplificada na busca em ser a melhor opção, frente a concorrência pela preferência do cliente. Para ganhar determinado público, é preciso conhecer as opções deste segmento e se posicionar para ser a melhor opção. Se a concorrência for grande, a tarefa será difícil, mas com pouca concorrência, não é preciso muito esforço.
                Numa situação em que a concorrência é pouca e o cliente não tem muitas opções, a tranquilidade é tão grande que pode levar a uma acomodação perigosa a ponto de não se perceber o surgimento de outras opções ou de uma parte dos clientes irem em busca de opções que não lhes são oferecidas, fazendo assim, surgir um novo rival. O único modo seguro de concorrer e obter fidelidade de quem se deseja é ser a melhor opção para quem desejamos que esteja conosco por muito tempo.
                Para os amigos leitores sugiro algumas questões que podem auxiliar numa avaliação simples da relação com a concorrência, com os clientes atuais e com os clientes que queremos:
- quais são todas as opções que cada segmento dos seus clientes atuais e desejados possuem?
- além dos rivais, que oferecem algo parecido com o que você faz, no mesmo mercado em que você está, há novos entrantes que possam vir a oferecer também algo parecido com o dos atuais rivais?
- além dos rivais e dos novos entrantes, quais as possibilidades que os clientes possuem, de substituir o que você e os seus rivais e entrantes oferecem, por soluções que atendem necessidades do cliente, só que de outra forma?
- com muita sinceridade e a maior neutralidade possível, pergunte-se: Em quais pontos você tem a melhor opção a oferecer, frente as demais opções que o cliente pode escolher?
-  quais os pontos que você pode melhorar na sua condição atual para ser a melhor opção de escolha de mais clientes?
- o que você precisaria implementar para ser a melhor opção de um número maior de clientes?
                Muito se fala e se discute sobre ampliação de mercado, manutenção e atração de clientes, mas quem quiser garantir clientes, ampliar a abrangência do seu mercado, o número de clientes, vender mais, precisa aprimorar o seu negócio e ao invés de correr o risco de se perder em meio a muitas questões e hipóteses que surgem, precisa focar nos fatores que vão garantir que seja a melhor opção para os clientes que deseja-se manter e atrair.

                Desejando ótimos negócios e relacionamentos a todos, um abraço e até a próxima!

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Satisfação não é suficiente

                Nos novos cenários de mercado não basta mais ter clientes satisfeitos, pois é preciso superar o que se espera de nós. O que se espera de nós é formado pela expectativa dos clientes e das outras pessoas a nosso respeito, pelo que foi prometido, seja pela propaganda, ou pela habilidade da força de vendas, ou ainda, pela fama que a empresa e o produto ganharam com o passar do tempo. Se foi prometido muito, as pessoas vão esperar muito.
                Mesmo entregando bons serviços e bons produtos, com bom atendimento pode-se ter pessoas frustradas se foi prometido o ótimo! Frustra-se as pessoas quando elas recebem menos do que se esperava de nós. Atende-se a expectativa entregando exatamente o que se espera e mesmo querendo e merecendo elogios, isso somente ocorrerá se entregarmos mais do que foi esperado.
                Para superar expectativas precisamos prometer o suficiente para atrair o cliente e entregar pelo menos um pouco mais do que ele passou a esperar. Embora a princípio isso pareça difícil, muitas vezes são coisas simples que superam as expectativas, como um abraço, por exemplo. Um abraço sempre supera as expectativas, lembrando que há muitas formas de abraçar, como um sorriso e um aperto de mão, acompanhados de palavras carinhosas.
                As empresas mais centradas nos clientes são mais acolhedoras e podem com a acolhida, superar as expectativas. Dos serviços gerais ao dirigente maior, todos podem ter uma forma de abraçar quem escolhe esta organização, seja com aperto de mão, sorrisos, abraços ou palavras afetivas. São atitudes que abraçam, tendo todos “ligados” no cliente, vendo-os, tocando-os, sentindo-os.
                No livro “Abrace seus clientes”, Jack Mitchell recomenda que sua empresa deve parecer um lar, onde os clientes devem ser chamados pelos primeiros nomes, tratados como convidados e sendo oferecido mimos como café, chá, água, lanchinhos e pequenas diversões. Oferecendo serviços que são comuns em outros locais mas que na sua empresa representem um luxo seu, seus clientes se sentirão verdadeiros reis. Em uma cultura de acolhimento, o autor recomenda que nos aventuremos sendo criativos, o que sempre pode nos garantir frente à concorrência.
              É preciso conhecer profundamente os clientes que queremos manter para sempre, compreendendo-os verdadeiramente, sabendo tudo o que for possível sobre eles, para poder fazer a melhor relação possível. Para uma cultura acolhedora, é preciso gostar de pessoas, a começar pelos gestores maiores da organização, que vão disseminando esta forma de moldar o negócio. Toda a organização enfrenta obstáculos, a superação dos mesmos, com cortes e outras medidas de recuperação não podem afetar justamente quem mantem o negócio, que são os clientes.
                É preciso definir bem quem nós queremos conquistar para sempre e dedicar-se para oferecer a estes uma condição que os mantenha fiéis ao negócio e ainda promovendo-o para suas redes de contatos.

                Um abraço e até a próxima.
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