quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Um brinde a 2016!

Passou mais rápido do que pensamos que seria, tivemos mais surpresas desagradáveis do que gostaríamos, mas também não foi tão ruim quanto alguns prospectavam e retrospectiva de 2016 tem manchetes boas e más. O fim de um ano é mais uma daquelas situações em que podemos lamentar pelo que não saiu como desejávamos, nos incomodarmos com as coisas ruins, ou celebrarmos as coisas boas do ano e agradecer o que conseguimos.
Como será 2017? Esperamos que seja melhor, claro, mas de qualquer sorte a minha vida e a sua, são sempre resultados de uma combinação entre o que já fizemos e o que estamos fazendo agora. O escritor T. Harv Eker lembra que “Pensamentos conduzem a sentimentos. Sentimentos conduzem a ações. Ações conduzem a resultados.” Assim, para começar bem o próximo ano, precisamos ser mais agradecidos com o ano que finda.
Sermos gratos é a primeira e mais importante atitude para terminarmos bem um ciclo e partir para outro. Proponho um brinde a 2016, lembrando especialmente:
- do que conseguimos, mesmo que com muito mais esforço do que imaginávamos;
- aos que não perderam a esperança e seguiram em frente, sem reclamar do “azar”;
- pelas metas que estabelecemos e conseguimos alcançar;
- aos que sabem exatamente o que querem e não perdem o foco, mesmo com muitos ruídos ao seu redor;
- àqueles que antes de gastar, buscam uma fonte de receita;
- a todos os que fazem a diferença positiva na vida de outras pessoas;
- aos que sabem retribuir o amor que recebem;
- a quem sabe dar atenção aos verdadeiros amigos;
- as várias descobertas de novas formas de resolver antigos problemas;
- a quem consegue rir dos seus momentos difíceis;
- aos que compartilham o que sabem e o que tem de bom;
- a quem distribuiu felicidade por onde passou;
- a quem decidiu não participar da crise, planejou e investiu preparando-se e aos seus negócios para o novo ano e um novo ciclo de prosperidade;
- a quem investiu no seu próprio desenvolvimento pessoal e profissional;
- aos que cuidaram dos negócios, da mente, do corpo e da alma;
       Sabe-se que é mais feliz quem aprende a gostar do que tem, mesmo buscando condições melhores em alguns pontos da vida. Agradecer a Deus o que conseguimos deste desafiador 2016, gostando do que temos é no meu entender, fundamental para iniciarmos melhor o novo ano.
Ser grato ao que os outros fizeram por nós, é um sinal de grandeza, mas ser grato pelos outros terem permitido que pudéssemos fazer algo para tornar a sua vida melhor, é ainda maior. Ser grato pelo que conseguiu para si e pelos outros é de uma grandeza permitida somente aos mais simples, bondosos e verdadeiros. Samuel Johnson escreveu “A gratidão é um fruto de grande cultura, não se encontra entre gente vulgar.”, enquanto que Esopo pregava que “A gratidão é a virtude das almas nobres.”
Tenhamos todos simplicidade, nobreza, bondade, cultura, verdade, virtude e valores para agradecer o que conseguimos por nós mesmos e com apoio de outros neste 2016.
            Aproveito o espaço para desejar um feliz e abençoado ano novo na alegria da companhia dos nossos mais queridos!

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Precisamos construir marcas fortes

             Se de um lado o câmbio volta a favorecer as exportações brasileiras e burocracia para exportar reduziu um pouco, por outro os produtos brasileiros presentes na pauta de exportações tem baixa agregação de valor, o que resulta numa das maiores dificuldades para que a balança comercial penda a favor da economia brasileira. Há muito tempo que se sabe que para superar os produtos industrializados chineses, por exemplo, é necessário que os empresários decidam competir agregando de valor ao que produzem.
                Muitas empresas já estão fazendo a “lição de casa”, mas muitas mais precisam fortalecer suas marcas, produzindo produtos mais desejados com maior valor percebido. Nossas empresas precisam promover os valores de sua produção que respeita as pessoas e o meio ambiente, dentre outras ações de agregação de valor a marca, que as empresas chinesas e outras que distribuem produtos que competem com preços mais baixos no mundo todo, não fazem. Toda e qualquer tentativa de empresas brasileiras regionais ou nacionais de virarem o jogo em relação ao mercado interno e externo precisa ser na linha da agregação de valor, fortalecendo suas marcas, pois buscar vantagem competitiva em custo é algo que não pertence a grande maioria dos setores de atividade considerando em especial, o chamado custo brasil.
                Certamente há mais custo inicial, mas o fortalecimento das marcas é a única chance de melhorar as posições brasileiras tanto no mercado interno, quanto nas exportações. Milhares de micro e pequenas empresas brasileiras tem oportunidade para exportar, a exemplo do que ocorre em países com melhor relação na balança comercial. Isso reduziria a longo prazo a imagem do Brasil como país exportador de commodities e passaria a criar uma imagem de país exportador de produtos de maior qualidade.
                Quem estuda estratégias mercadológicas têm feito “coro” ao alertar os empresários brasileiros para a necessidade de inovação e qualificação de suas atividades tanto no mercado interno, quanto externo. As empresas brasileiras independente do tamanho e do setor de atividade podem ter produtos para competir internamente com os produtos importados que a a cada ano chegam em maior volume no Brasil, vindo de diferentes países, assim como é sabido que podem competir no mercado internacional de igual para igual com produtos manufaturados de valor agregado.
                Quem vem se sentindo pressionado a reduzir as suas margens há tempos e já tem dificuldades de seguir neste ritmo, pode estar na pior posição competitiva de seu mercado. As empresas que não querem ou não podem mais ficar disputando preço até comprometer o negócio, precisam alterar a estratégia para não arriscar mais o futuro dos seus negócios. É preciso um mix de produtos que seja visto como melhores que a média, onde a marca e a apresentação sejam componentes que deem confiança e credibilidade para que os clientes decidam pagar mais. No mercado, não basta ser, é preciso também parecer melhor. Construir marcas fortes, bem vistas, confiáveis e bem relacionadas com os seus públicos, é o caminho do sucesso e a saída para quem não quer arriscar tudo o que já fez, reduzindo preços a cada nova negociação, ou tentando enfrentar de forma inglória importados de diferentes origens.
                Uma marca que transmita confiança ao cliente, com benefícios bem focados no que o cliente espera e está disposto a pagar, contando com características únicas que permitam uma experiência positiva para quem consumir ou utilizar, proporciona maiores margens e assim melhores condições de competição para empresas independentemente do tamanho.

                Desejando inovação e ótimos negócios, um abraço e até a próxima! 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Não espalhe o medo e o caos!

                 Amigos, quando tiverem problemas pessoais, procurem ajuda e encaminhem logo antes que haja um desgaste maior. Se tiverem problemas de gestão, resolvam, pois quem é gestor, proprietário, executivo de um negócio tem por função liderar e decidir. Todos esperam isso de um líder e gestor, que precisa assumir o seu papel.
                  A empresa que tem problemas de gestão (quem não tem?) precisa focar nas soluções!
               Não se reúne uma equipe para lamentar, reclamar, espalhar o medo e o caos. Isso só vai gerar comentários negativos dentro e fora da organização. Nestes casos, os melhores colaboradores vão começar a buscar outras opções e a desmotivação vai corroer o que ainda está funcionando bem. De nada adianta ficar reclamando e esperando dos subordinados as soluções que na realidade, somente uma boa liderança tem o poder para fazer surgir. É preciso que tanto o líder quanto os membros da equipe assumam seus papeis e caminhem juntos rumo a uma nova fase. Ser mais crítico com a própria relação de líder e liderados é importante para ir adiante. Quem mantém relações ruins, acomodando-se nas reclamações ao invés de desacomodar-se com as ações está doente ou então poderá ficar. Muitas vezes o maior motivo dos problemas das organizações está numa liderança fraca, omissa, procrastinadora, desorganizada, que não está qualificada para a complexidade das suas atividades e para enfrentar o momento da organização, do setor ou da economia.
                As vezes ouço ou leio gestores que se queixam de suas equipes, porém, por vezes os problemas relatados, são vagos, ou incoerentes e outras vezes com razão, porém, sem agir diferente, não vai se obter resultados diferentes. Segue algumas sugestões bem simples e conhecidas que costumam melhorar o desempenho das equipes:
Conversar periodicamente com a equipe: por incrível que pareça, há equipes que não se reúnem e sem saber, por conta disso, vão gerando mais problemas. É fundamental ter uma periodicidade semanal ou quinzenal, para reunir as equipes e estabelecer um diálogo tranquilo e respeitoso onde todos possam falar sem receio de retaliações, seja na hora ou depois. As falas do líder e de quem mais falar devem ser transparentes, diretas e objetivas deixando claro o que se espera da equipe e de cada um. Seriedade e positivismo são duas palavras-chave para agir coletiva, ou individualmente. Para buscar soluções, gerar comprometimento e ainda, garantir a participação, a última reunião deve ser sempre uma boa lembrança.
Boas equipes são qualificadas permanentemente e intensivamente: A falta de qualificação das equipes gera falta de argumento e de conhecimento e a consequência são os problemas sentidos na organização. Qualificar é caro, mas não qualificar é mais caro ainda. Qualificar é arriscado, mas não qualificar é mais arriscado ainda. Colaboradores bem preparados cuidarão melhor e de mais detalhes para garantir o melhor atendimento aos colegas e aos clientes.
Não confunda qualificação da equipe com motivação: Há quem parece confundir a necessidade da equipe aprender, com a necessidade de terem motivos para agir. A qualificação profissional tem a função de ensinar a fazer melhor e a motivação deve auxiliar a terem mais e melhores motivos para agirem, ou seja, mais vontade de fazer. As duas atividades são fundamentais em qualquer organização e por isso, é preciso espaços e momentos adequados.

                Um abraço e até a próxima, lembrando ainda, que gente motivada, não sabendo bem o que fazer, pode gerar uma grande confusão!!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Hoje é o dia!

                Convido os amigos leitores para refletirem hoje sobre aquelas intenções que não são transformadas em ações, porque a pessoa fica esperando o melhor momento. Eu e muitas outras pessoas também temos esta dificuldade, contudo, há diferentes níveis de postergação. A demora, lentidão e a indecisão para tomar atitudes e realizar determinadas atividades como concertar algo, fazer um exame, comprar um bem, solicitar um serviço, resolver um problema gera dificuldades muito maiores com o passar do tempo.
                Todos têm problemas e os nossos parecem bem maiores que os dos outros, mas postergar, ou popularmente “empurrar com a barriga”, ou ainda “deixar para amanhã”, como forma de fuga dos problemas, não só não vai resolver, como na maioria das vezes agrava a situação, e/ou gera perdas importantes. Problemas vêm e vão, sendo fundamental o entendimento de que cada um de nós pode escolher qual rumo dar a nossos próprios problemas. Aquela consciência de parar de culpar os outros pelos problemas que se tem, assumindo o controle da própria vida, é fundamental para assumir uma postura de controle sobre os problemas ao invés de refém dos problemas e dos outros, principalmente se for de quem você não gosta.
                Eu, você, todos nós temos o dia de hoje para fazer tudo o que não gostamos em nossa vida de modo diferente, principalmente quando queremos mais da vida. E para evoluirmos temos que querer mais da vida, com mais paz, saúde, conforto, diversão, reconhecimento, prosperidade, felicidade, menos stress, preocupações, dores, retrabalho, decepções...
                É importante termos pessoas, muitas vezes figuras de destaque que nos inspiram, mas é fundamental conhecer bem suas trajetórias, percebendo que não são perfeitos e não tiveram vidas perfeitas. Particularmente gosto de ler sobre a vida de empreendedores de destaque tanto da atualidade, quando de tempos idos. Todas as histórias que lembro de ter lido, tem em comum o fato de terem “dado a volta por cima” e quantas vezes foi preciso para alcançar seus objetivos. Problemas de gestão? Problemas pessoais? Resolva! Se você é o gestor, lidera e decide, assuma o seu papel. Se é pai/mãe, vizinho, parente, tem um relacionamento... com problemas, você é normal, mas é preciso assumir o seu papel e resolver também.
                Deixando para amanhã, aquela compra, aquele concerto, aquele serviço, aquela conversa, aquele projeto, apresentação, visita, agenda de viagem, encontro, dentre outros, deixa-se de aproveitar mais tempo os bons resultados que poderíamos usufruir se tivermos atitude para resolver e encaminhar hoje. Deixando para amanhã não vai aparecer ninguém para resolver os problemas por nós. Resolvendo hoje, pode ser que eles parem de agravar e certamente deixarão de nos preocupar.
                Se negócios estão ruins, alguns detalhes da vida não estão como você gostaria, hoje é o dia de combinar para conversar com alguém para trocar uma ideia, desabafar, pedir conselhos... É preciso encontrar motivação (motivo para ação) para fazer tudo o que tiver que ser feito, para superar logo os obstáculos e seguir em frente. A família, os negócios, os amigos, as muitas e muitas coisas boas da sua vida são motivos mais do que suficientes para acreditar que hoje é o dia!

                Um abraço e até a próxima!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

O que se vê da sua empresa

              Embora muitos empresários já entenderam que a aparência da sede da empresa é fundamental para o aumento da confiança nos produtos, sejam eles bens ou serviços e na imagem mental que os clientes tem do negócio, ao circular pelas nossas cidades é visível que muitos outros ignoram o fato da fachada ser o grande outdoor de qualquer empresa.
                Como é que alguém pode cuidar tão mal daquilo que o sustenta e a sua família? ... É a pergunta que me faço toda a vez que me deparo com uma empresa cujo pátio e a frente acumula lixo, sucata e sujeira, e/ou cuja fachada está desgastada com a pintura vencida, desbotada, pichada, descascando, revestimento soltando, iluminação queimada, fraca ou desligada, e/ou ainda, vitrine mal organizada, escura, ou com muito reflexo externo. Quando as empresas cuidam tão mal do que é deles e do que deveria atrair clientes que garantissem a sobrevivência do negócio que é deles, a desconfiança sobre a forma como vão cuidar do que é dos clientes, é inevitável, causando afastamento e baixa do valor percebido pelo que oferecem.
                A força do conjunto do que se vê da empresa é que garante uma boa lembrança, cria imagem da marca e gera conceito na mente das pessoas que se deseja atrair e influenciar. Os aspectos externos da apresentação da empresa, seja ela de qualquer ramo de atividade, por terem um forte impacto na imagem devem ser planejados cuidadosamente e serem conservados com cuidado de detalhamento para garantir a atração do consumidor e a satisfação de quem trabalha e compra deste lugar.
                Mesmo que os bens ou serviços sejam bons e que tenham a confiança de parte dos clientes, é normal que muitos deles se constranjam ao serem vistos, ou até se constranjam ao terem que responder que são clientes de serviços ou adquiriram determinados bens da empresa X que possui uma aparência e imagem mental fragilizada. Antes mesmo de conhecerem você, sua equipe e bens e serviços ofertados, a visibilidade, o tamanho, o estilo arquitetônico, as cores, a conservação da pintura, das aberturas e dos materiais de acabamento, assim como a comunicação visual externa, as vitrines, projetam uma imagem e criam conceitos na mente das pessoas sejam clientes, formadores de opinião ou futuros clientes alvo. Quando bem planejadas e cuidadas, a fachada e a vitrine podem representar as mais importantes mídias de uma empresa.
                Além dos aspectos de conservação, o que se vê da sua empresa constrói conceitos desejáveis ou não, que vão desde o sofisticado ou popular, conservador ou jovem, artigos de especialidades ou populares, a uma empresa alegre, inovadora e de sucesso ou triste, decadente que oferta produtos de baixa qualidade e ultrapassados. Pesquisas nesta área indicam que as empresas de varejo e de serviços ao consumidor devem alterar a fachada e a apresentação a cada 3 anos, buscando a atenção de quem passa pelas imediações, garantindo a satisfação e o orgulho de quem prestigia o lugar.
                Independente do setor ou ramo de atividade não se pode minimizar a importância da apresentação visual começando pela área externa e adentrando ao estabelecimento, com a organização das prateleiras, limpeza, aromas, iluminação e luminárias, decoração, manutenção dos pisos, da pintura, infiltrações, passando pela exposição, identificação e precificação dos produtos. Quando os clientes novos passam a ser menos frequentes, os clientes antigos vão se afastando aos poucos e as dificuldades começam a ser vistas no caixa, é preciso avaliar se não é o caso de sair do comodismo e promover uma grande limpeza, organização, identificação, seguidas de melhorias na fachada, vitrine, expositores, iluminação e pintura.
                Com o mercado mais restrito, a concorrência fica cada vez mais acirrada e por isso, a apresentação tanto externa quanto interna bem desenvolvida pode significar uma substancial vantagem competitiva, pois são elementos que determinam não apenas a capacidade de atrair novos clientes, mas também são fatores relevantes para reter os consumidores atuais, valorizar a marca e as pessoas que lá trabalham.

                Mãos à obra e vamos em frente, com um abraço e até a próxima!

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Vender mais e melhor

             Mais do que nunca, estamos todos querendo e precisando vender mais e melhor. Todavia, muitos não estão sabendo como ou não estão sendo capazes de colocar em prática o que sabem.
                Vender é o que sustenta todo o negócio e por isso precisa da maior atenção de todos os que pensam e vivem a partir dele. O que mais tem chamado atenção tanto de consumidores como de investidores atualmente são exatamente os pequenos negócios, que são a maioria dos empreendimentos. Ninguém mais precisa esperar o negócio ser maior do que é para fazer um esforço em criar uma referência positiva. Também é melhor não esperar pelas notícias positivas pelo rádio, jornal, televisão, internet. Para gerar os resultados que precisamos e desejamos, as decisões mais importantes e as ações mais efetivas, são para agora e só nós mesmos podemos tomá-las. Embora os governos, os políticos e o judiciário são os protagonistas do noticiário, não estão tomando as decisões da sua vida, nem dos seus negócios.
                Há muitos consumidores atrás de descontos, e é verdade que há muitas empresas entrando “na onda”, mas melhor do que descontos e liquidações, é promover a agregação de valor oferecendo serviços e novidades. Lembre-se que é sempre importante fazer algumas pesquisas antes de ofertar os novos serviços agregados, novos produtos e as novidades.
                Uma questão da maior importância é que a hora de fazer mais propaganda é agora, quando você quer e precisa vender mais e melhor e quando os seus concorrentes menos preparados se encolheram e entraram em dificuldades. Quando você estiver ocupando a maior parte da capacidade produtiva, vendendo muito bem, muito provavelmente não seja tão importante anunciar, quanto nos momentos de maior dificuldade. Muitas pessoas perderam parte do poder de compra, mas ainda possuem muitas necessidades, desejos e interesses. O que ocorre em períodos como estes é que as pessoas estão mais seletivas, avaliando bem mais se agora é o melhor momento e se realmente vale a pena aquele desembolso. Para vender mais e melhor é preciso mostrar porque agora é o melhor momento para a decisão e o quanto será vantajoso realizar o negócio que você propõe. A diversidade de mídias disponíveis para cada um dos diferentes públicos é cada vez maior e é preciso aproveitar da melhor maneira o momento e as condições para promover os negócios.
                Junte sua equipe e pensem nos clientes que desejam conquistar, identificando o que eles mais gostam, suas preferências, estilos, perfis, e avaliem que as pessoas são atraídas e estão dispostas a pagar por algo que gostam muito e lhes dá satisfação. É muito comum ouvir vendedores e até empresários culparem o mercado, a concorrência, o governo, a crise, os impostos, o clima, o noticiário, e tantos outros, como resposta a simples pergunta “Porque não está vendendo mais?”. Proponho algo diferente, como rever alguns pontos que já discutimos neste espaço, como a vitrine, o estado da fachada, a atratividade do seu ponto de vendas, a iluminação, o aconchego do ambiente, os aromas, a sonorização, a temperatura, a limpeza, a apresentação, dentre outros.
                Vende bem quem entende que o cliente é o protagonista da venda. Ele nunca será fiel, se não formos fiéis e leais a ele. Para quem acha que faz “tudo” pelo cliente, procure refletir se o “tudo” é o seu melhor e mais, se a concorrência não faz melhor, especialmente aquilo que o cliente realmente valoriza. Reflita se não é o caso de ter produtos, serviços e formas de atender e vender que você e sua equipe consideram melhores, mas que não é exatamente o que o CLIENTE que você quer, considera melhor.
                As empresas que vendem mais e melhor, são aquelas que entendem antes de atender, os clientes que elas desejam. As pessoas compram mais, quando recebem mais, portanto, ofereça algo a mais e terá clientes fiéis, fãs e amigos.
                    Esperando ter ajudado a refletir como vender mais e melhor, deixo um abraço a todos e até a próxima!  

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Escolhendo candidatos

Em 4 meses escolheremos os prefeitos e vereadores que administrarão nossos municípios até 2020. Por hora as notícias são de bastidores e muitas articulações seguem sendo feitas em cada localidade, até que daqui algumas semanas saberemos quais são as opções que o eleitor terá para definir a quem serão entregues os destinos da administração pública mais próxima e mais presente onde vivemos.
Dias atrás, caminhando na rua um amigo repórter falava sobre eleições quando me encontrou e sem que eu pudesse refletir muito sobre o assunto, sugeriu que eu opinasse a respeito das eleições e da administração pública. A verdade é que até falamos bastante, mas pensamos e fazemos pouco para uma administração pública melhor. É preciso repensarmos o entendimento de administração pública, que me parece que precisa ser muito mais articuladora das forças da sociedade, do que “fazedora” de obras e muito menos entregadora de bens e serviços. Quando se entende que a administração pública precisa ser a provedora de patrimônio, bens e serviços para um conjunto cada vez maior e mais variado de necessidades, ficam evidentes alguns vícios de origem. Todavia, esta infelizmente, é a tônica da nossa sociedade, tendo consequência a necessidade de onerar cada vez mais a quem produz para sustentar o que muitas vezes torna-se insustentável.
Precisaríamos de lideranças públicas com habilidades de articulação capaz de mobilizar as forças da sociedade para planejarmos o futuro das comunidades para daqui a 50 anos. O que você, os grupos que você participa, sua empresa, as entidades locais querem e precisam do município em que vivem, para daqui 20, 30, 40 anos? O que deve ser feito a cada ano, em cada setor da sociedade para se chegar lá? Seria o plano estratégico municipal, com objetivos claros para cada área do município. Um plano pensado de forma profissional, com objetivos claros sobre o que oferecer para a comunidade, de onde virão os recursos e as responsabilidades de quem vai transformar os objetivos em ações.
As comunidades que tem um bom plano de longo prazo, que sabem o que querem e o que precisam para 2020, 2030, 2040, não devem ter dificuldades para escolher seus candidatos a candidato. Cada grupo político deveria escolher entre os seus integrantes, qual o melhor candidato do momento para liderar a comunidade rumo ao projeto de futuro que todos escolheram.
A disputa das eleições deveria ser sobre a melhor forma com que cada grupo político pretende administrar o plano de futuro escolhido por todos, que ao longo dos anos desencadeará resultados de desenvolvimento em todas as áreas. Há cada 4 anos, avaliando os resultados obtidos em busca da visão de futuro da comunidade, muda-se ou mantém-se a metodologia, trocando ou não o grupo gestor do plano escolhido por todos.
Entendo que as comunidades que tem muita dificuldade para se desenvolver são aquelas que não conseguiram articular-se entre si para definir o que desejam para o seu futuro e por isso escolhem candidatos e elegem líderes atribuindo a eles expectativas que muitas vezes não são capazes de atender. A expectativa aliás, é elevada pelos próprios candidatos em campanha, que pela necessidade de obter votos e o desejo de vencer, prometem resultados que mesmo querendo muito, não sabem se vão e nem como vão atender.  
Por estas e outras entendo que precisamos mudar a forma de entender e de praticar administração pública, começando por entender que todos somos parte dela e que só vamos conseguir decidir bem o candidato quando tivermos um bom projeto futuro para nossos municípios e a partir dele, escolher quem reúne as melhores condições de liderar a todos rumo aos grandes objetivos escolhidos de forma coletiva.

Precisamos melhorar em muito a administração pública em todas as instâncias do país e as eleições municipais estão aí para darmos a melhor contribuição no que está mais próximo de nós. Desejando que Deus ilumine a todos em suas escolhas, deixo um abraço e até a próxima!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Transformando o sonho em resultados

Já refletimos neste espaço que nos períodos em que o ritmo dos negócios fica reduzido, é tempo de planejar, projetar e prospectar novos negócios, novos produtos, novos mercados, enfim, dedicar-se mais a inovação. Tenho falado (e escrito) também que é preciso um bom planejamento e bons projetos para transformar sonhos em realização pessoal e profissional, e não em pesadelos.
Com frequência vemos pessoas com ideias para novos produtos e novos negócios que estão sendo pensado há tempos, mas que precisam de uma melhor reflexão o que somente é possível, com o planejamento e projeções geradas por um bom plano de negócios. Para evitar que o sonho do negócio vire pesadelo, tenho proposto a definição do problema, do público, da visão, da estratégia, dos objetivos e do monitoramento.
Acredito que a primeira reflexão sobre uma ideia destas é definir se o melhor é um novo produto, ou um novo negócio. Qual o potencial de desdobramento deste produto ou deste negócio, em amplitude e profundidade e ainda, qual o potencial de agregação para o negócio maior no qual ele será inserido?
Com um pouco mais de clareza sobre o potencial do produto ou do negócio, é preciso definir bem qual o problema que o produto ou o negócio resolve. Qual a necessidade de empresas ou o desejo das pessoas que o novo produto ou novo negócio se proporá atender?
Definido qual o problema que o produto/negócio irá resolver, é preciso pensar no público alvo. Público alvo é um grupo restrito dentro da população toda, para quem o produto ou negócio será mais atrativo e que terá potencial para adquiri-lo. Quem pagaria pelo que o produto ou negócio oferece? Para quem vamos trabalhar? Quem são, quantos são, onde estão, quais são os principais hábitos em comum do público alvo?
Resolvido o público alvo que o novo produto ou negócio pretende atingir, é preciso definir a visão de futuro, ou seja, onde queremos chegar. Porque estamos desenvolvendo este produto? Porque estamos desenvolvendo este negócio? Como queremos ver este produto daqui a 10 anos? Onde queremos que este negócio esteja daqui a 10 anos?
Tendo claro aonde se quer chegar com o produto/negócio, é preciso escolher a melhor estratégia, ou seja, qual o melhor caminho para chegar lá. Qual das opções existentes é a mais adequada para transformar esta ideia naquele resultado que se quer? Com a estratégia definida, é imprescindível definir os objetivos do que se quer realizar. Os objetivos poderiam ser comparáveis aos quesitos, às etapas para que a visão de futuro seja alcançada. O que se quer realizar ao longo da caminhada para o alcance da visão de futuro neste produto ou neste negócio pretendido.
Um objetivo terá mais condições de ser alcançado com a definição dos indicadores e das metas de cada um deles. É preciso ter claro de que o que não é medido, não é gerido. Desta forma, para saber em cada etapa quais resultados já foram atingidos, quanto falta para alcançar o que se pretende, saber se é preciso mais ou menos investimento, mais ou menos esforço, é fundamental ter definido como serão monitorados os resultados que darão suporte para a tomada de decisões.
Definir o problema que o seu sonho vai resolver, para quem ele será uma solução, quem pagará pelo que será oferecido, aonde se quer chegar a longo prazo, como você fará para chegar lá, quais as etapas do caminho e como serão monitorados os resultados, é a fórmula para transformar sonhos em resultados de médio prazo, evitando os pesadelos futuros. 

Desejando que alguns dos seus muitos sonhos possam ser concretizados mais rapidamente, deixo um abraço e até a próxima!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Como está a sua empregabilidade?

         Um dos resultados nefastos das crises política, econômica, de confiança, especulativa e cambial, é o impacto sobre o emprego. Vamos refletir hoje sobre alguns pontos que por vezes ficam esquecidos para quem se prepara para a seleção de uma nova vaga, para quem quer se manter no emprego e também para quem quer alcançar uma promoção na carreira.
Com mais gente a procura de emprego, quem está recrutando e selecionando tem mais candidatos qualificados para avaliar e escolher quem mais se encaixa no que a organização está precisando. Tempos atrás ouvíamos os responsáveis pelo recrutamento e seleção dizer que estavam pegando a “rapa do tacho”, ou seja, contratavam mesmo sem as condições necessárias e tentavam treinar e qualificar depois de contratados.
O volume de curriculuns que chegam com qualificação e experiência maior do que quem já está ocupando uma vaga é cada vez maior e os executivos passam a se perguntar se não é o caso de trocar algumas peças do seu time, que ainda não conseguiram alcançar a produtividade e o trabalho desejado.
Este cenário deveria fazer com que cada um de nós avaliasse algumas condições que vão além do curriculum. Por força das atividades profissionais tenho conversado seguidamente com pessoas responsáveis pelo recrutamento e seleção em empresas com números elevados de empregados. Seguidamente ouço relatos de profissionais com boa capacidade técnica e boa formação, não são selecionados para novas vagas e também não ascendem na carreira por terem dificuldades com a escrita, com a fala, com conhecimentos gerais, com a dificuldade em demonstrar atitudes positivas em relação a sua vida e pretensões da carreira, além de dificuldades em aprimorar o relacionamento em grupo.
É comum vermos pessoas se perguntando os motivos pelos quais não recebem uma promoção ou uma oportunidade que gostariam. Alguns atribuem a uma “perseguição” ou preconceito de quem seleciona, alegando que tem tal formação, tal experiência, dentre outros. Antes de culpar os outros, é sempre muito importante uma autoavaliação, com crítica as suas condições atuais. Questões como: Há quanto tempo você não faz um curso novo? Quando foi a última vez que você buscou uma nova habilidade profissional? Quanto tempo você está na mesma função? Quais foram as últimas melhorias nas quais você contribuiu para implantar e que geraram bons resultados para o local em que trabalha? A sua imagem pessoal representada pela limpeza e condição de cabelos, unhas, roupas, calçados, é condizente com a função que a organização precisa que você desempenha A sua escrita tem erros de ortografia, acentuação, pontuação e concordância? A sua fala tem forte sotaque e/ou tem erros como dificuldades no plural e singular, ou com os “erres”, muitas gírias, e outros? A forma com que você cumprimenta, pergunta e responde as outras pessoas é cordial, atenciosa e prestativa, demonstrando interesse, dedicação e compromisso com o bem estar no trabalho?
Nem todos percebem em si próprios as dificuldades que abordamos aqui e por isso, muitas vezes precisa-se do auxílio de um colega, um superior e até de profissionais. Há tantas opções de cursos e profissionais que auxiliam a melhorar a escrita, que não precisaríamos ver bons técnicos perderem oportunidades por fazerem textos, laudos, pareceres cheios de erros na forma de escrever. Há tantas oportunidades em qualificar a oralidade em cursos de dicção, desinibição e oratória, bem como no trabalho dos fonoaudiólogos, que não deveríamos ver tantas pessoas perderem oportunidades por dificuldades ao se expressar. Também há em vários locais, especialmente na internet e sem custo, lista de dicas de como cuidar da aparência no local de trabalho em diferentes funções, que não deveríamos mais ver pessoas que perdem vagas que gostariam, por cuidar mal de si mesmo. Por este motivo, antes de dizer que não tem oportunidades, analise tudo o que é oferecido e que você não aproveita e busque melhorar todos os aspectos da sua carreira.
            Desejando uma melhoria contínua na empregabilidade dos amigos leitores, deixo um abraço e até a próxima!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Reinventando o Governo

                Precisamos reinventar o Governo em todas as instâncias, pois embora o governo federal é o que mais vem chamando atenção há tempos, é preciso reinventar a estrutura e a forma de governar no país, os Estados e os municípios.
                Disse Ted Gaebler que "as sociedades funcionam de forma efetiva com governos efetivos" e também, que “o principal objetivo de um governo é ser o catalisador na assistência a comunidade.”
               Em verdade, o problema de um governo não está nas suas pessoas, mas sim, no sistema com que trabalham. Governar é navegar, catalisar, facilitar, promover, juntar recursos públicos e privados, para alcançar objetivos da comunidade. Infelizmente, muitas vezes temos a impressão de que o governo dificulta, emperra, desperdiça, espalha e não auxilia a vida da comunidade.
              Governar demasiadamente é o maior perigo dos governos, dizia Honoré de Balzac. Precisamos reinventar os governos municipais, estaduais e federal, para que eles sejam orientados por missões, buscando resultados, não somente recursos.
              Precisamos nos perguntar por que é que todos precisamos ser avaliados e avaliar performances e desempenhos, e os governos não. O governo deve atender seus clientes, que são os cidadãos e as organizações que juntos sustentam toda a máquina pública com impostos, taxas, multas e contribuições, ao invés de privilegiar os burocratas. Como é possível um governo gastar quase tudo o que produz, com a folha de pagamento? Há quem pense que mais gente e mais organizações devam ser sustentadas pelo governo. Quem pensa desta forma deve imaginar que o governo tem um fim em si mesmo e não deve ter idéia de quem sustenta os governos.
               O governo deve ouvir os seus “clientes” periodicamente, deve ser preventivo sempre e não somente curativo, devendo ser descentralizado atuando por equipes e prioritariamente, deve planejar estrategicamente o futuro. O planejamento deve ser junto com a comunidade, por vários motivos, mas principalmente porque as comunidades compreendem bem melhor os seus problemas que os burocratas que ficam fechados em suas salas. As comunidades são mais criativas e flexíveis e seus serviços custam menos, sendo muito mais rápidos e efetivos. As comunidades focalizam mais as possibilidades, do que os problemas.
Vivemos num momento muito infeliz do país, onde tudo o que se diz e escreve é ideologizado, assim como este texto fatalmente o será. Todavia, antes de um posicionamento ideológico deveria se avaliar que a questão de fundo não é a discussão de “público” versus “privado” e sim, de “competição” versus “monopólio”. O monopólio tende a priorizar os interesses de seus burocratas em detrimento dos seus clientes, independente de ser monopólio público, ou monopólio privado. Quando há competição, quem está na disputa tende a priorizar o atendimento e o respeito das necessidades dos clientes por uma questão de sobrevivência no ambiente e na competição. A competição força os monopólios a atenderem as necessidades dos clientes, encoraja a inovação, aumenta o orgulho e o prestígio dos envolvidos direta ou indiretamente.
É preciso reinventar o governo federal seguindo na pressão por mudanças fortes e estruturais, assim como é preciso prestar mais atenção nos governos estaduais exigindo mudanças de postura para que possam reinventarem-se, saindo da condição de intermediários. Obviamente quem está mais perto de nós todos é o governo municipal e neste podemos e é preciso contribuir agora mesmo, enquanto estão sendo sondadas as alianças, os nomes, as pretensões de quem poderão ser os candidatos ao pleito de outubro. Depois que os grupos estejam formados, com os diferentes compromissos firmados restará a cada um de nós duas ou três opções e em muitos casos, velhas escolhas. Com os compromissos feitos, os candidatos definidos, restará nas urnas, em verdade, poucas escolhas ao cidadão. Para reinventar os governos, precisa-se agir agora, ou conformar-se até que uma próxima geração faça a sua tentativa.

Um abraço e até a próxima!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Para superar o subdesenvolvimento

             Lembram quando o discurso vigente era trabalhar para superar subdesenvolvimento? O Presidente dizia na TV que tínhamos que “apertar o cinto” e meu pai falava que já não havia “mais furos no cinto para apertar”. Descobrimos agora que há uma situação bem pior do que o subdesenvolvimento, que é a recessão com PIB negativo por 2 anos consecutivos, o que nunca antes na história deste país havia ocorrido. Dizem que sempre há o que piorar e assistimos a destruição das bases econômicas com passividade, e pior que isso é assistir passividade de quem teria que pelo menos tentar algo para salvar o país. Sinceramente, tenho grande dificuldade de entender como é que tanta gente com tanto poder consegue assistir ao país que em que nasceram, cresceram, cuja população lhes deu o comando da nação, se deteriorar sem nada fazer, ao longo de tanto tempo.
                Errar todos erramos, proteger nossos grupos é sempre o primeiro instinto, mas é inacreditável ver tanta gente que possui os cargos, as condições e os comandos necessários sequer tentar implementar medidas que pudessem evitar tamanha insegurança jurídica, fechamento de empresas, desemprego, perda de poder de compra e manutenção pela inflação, dentre outras dificuldades.
                Mais do que em qualquer outro momento na história precisaremos de todas as forças para gerar renda, empregos e principalmente tributos para pagar um pouco da impagável dívida pública que se construiu com argumentos comoventes e ações deficientes. Ainda que nós que não temos os cargos, o poder e o comando não podendo fazer muitas coisas grandiosas, precisamos conseguir fazer coisas pequenas ao nosso alcance, de forma grandiosa.
                É fácil entender que o país só pode investir recursos em infra-estrutura e direitos sociais, se arrecadar mais. O que parece muito difícil de se entender é que a arrecadação não tem outra fonte que não justamente do setor produtivo, que tem sido destruído nos últimos anos. Um dos principais pilares para a reestruturação da economia de nosso país e estados é a reconstrução do setor industrial. O agronegócio, que amenizou o desemprego e a queda de vendas de varejo em algumas regiões, especialmente ao nosso redor, tem sido a base das exportações brasileiras. Todavia, pela falta de plantas industriais pequenas ou grandes, com capacidade de transformar a soja, o milho, o leite, a carne, das quais nossos municípios e regiões são grandes exportadores, seguimos vendendo commodities para comprar produtos de alto valor agregado de outras regiões e de outros países. Vejam o caso inusitado, do Rio Grande do Sul, com o 3º maior volume de produção de soja, possui atualmente uma única planta industrial completa para transformar o grão em óleo (!!) e somente outras duas (!!) plantas que exclusivamente refinam e em baixo volume no contexto.

               Para superar as dificuldades econômicas o país precisa exportar, mas a política tributária em vigor é destruidora da indústria nacional, já tendo dado várias amostras de que corrói a economia do país e dos cidadãos. Não precisa ser especialista em economia ou comércio exterior para saber que exportar grãos e comprar os co-produtos e ingredientes diversos do setor de alimentos, condimentos, cosméticos, tintas... exportar aço e comprar veículos, motocicletas, bicicletas, máquinas e equipamentos para a indútria, componentes, aparelhos eletroeletrônicos... dentre outros, é insustentável.
                Não acredito que tenhamos a curto prazo governantes com capacidade de fazer esta mudança, que embora pareça simples, exige visão de negócios e coragem. No entanto, não vejo como recuperar o país sem desonerar a produção de bens de consumo e bens duráveis de maior valor agregado. Uma ação em larga escala para incentivar a agregação interna de valor reduziria a necessidade de importação, reduziria custos internos de transporte das commodities que enchem os caminhões e as estradas rumo aos portos e aumentaria a receita exportando produtos de maior valor.
                Nas áreas em que os governos não conseguem e em algumas em que não deveriam atuar, precisamos de governantes capazes de articular, regular, incentivar, organizar. Para termos governos assim precisamos primeiro, de cidadãos conscientes de que não há geração espontânea de recursos quaisquer que sejam e de eleitores com melhor entendimento do papel dos seus governantes.

                Um abraço e até a próxima!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Erros honestos que destroem carreiras

                Em tempos de preocupação com a manutenção de empregos é importante se perguntar quanto tempo faz que você aprendeu uma nova habilidade, ou superou uma dificuldade na carreira profissional, por iniciativa própria.
                Gente do bem e dedicada podem ter suas carreiras prejudicadas por erros honestos que até nem percebem, mas que as levam a consequências graves, de maneiras sutis. Uma pesquisa recente feita pela VitalSmarts descobriu que 83% das pessoas já viram alguém cometer um erro que teve resultados catastróficos para sua carreira, reputação ou negócio, e 69% admitiram que eles mesmos já fizeram algo que prejudicou suas carreiras: 31% disseram que lhes custou uma promoção, um aumento ou até um emprego; 27% disseram que prejudicou um relacionamento de trabalho e 11% disseram que destruiu sua reputação.
                A ideia da pesquisa é mostrar como o próprio profissional pode ser prejudicial para sua carreira, se não souber como cuidar dos detalhes. O Dr. Travis Bradberry, nos livros Inteligência emocional 2.0 e O Código da Personalidade evidencia as dificuldades que destroem carreiras, como os erros honestos: prometer muito e entregar pouco, o medo de mudar, o ego inflado, a perda da visão do panorama geral, negatividade, baixa inteligência emocional, bajulação dos chefes, jogos políticos e junção de pequenos erros. A boa notícia é de que o mesmo autor identifica que se o profissional estiver consciente das suas dificuldades, quaisquer delas podem ser controladas antes de criar mais dificuldades na carreira.
                Quem promete muito e entrega pouco precisa aprender a controlar este ímpeto, que provavelmente seja desnecessário. Quando se promete, ou mesmo se insinua que vai fazer algo, as pessoas vão ficar esperando e se não ocorrer no tempo ou no volume prometido, haverá frustração. Neste caso, é preciso ser mais realista na hora de prometer metas, prazos, resultados, mencionado apenas o que com certeza entregar. Se puder entregar mais no final, vai surpreender positivamente a todos.
                A carreira profissional precisa ser aprimorada continuadamente para obter melhores resultados. A mudança é inevitável, então, melhor do que de vez em quando fazer uma grande mudança, é ter um crescimento e desenvolvimento contínuo na vida e carreira. Quem se prende muito no que está bem e no que sempre deu certo, tendo medo de arriscar, mudar, pode ser atropelado por aquilo que nem estava considerando. As pesquisas de Bradberry mostram que 91% dos profissionais de mais sucesso são aqueles que conseguem se adaptar melhor as mudanças do local de trabalho e do setor de atividade.
                Sucesso é ótimo, muita gente busca e realmente impulsiona a carreira, fazendo o profissional se sentir melhor. Todavia, é lei do mercado e da vida, que o sucesso pode levar a arrogância e a arrogância pode conduzir ao fracasso. Um ótimo profissional precisa aprender a controlar o seu ego para evitar que o sucesso vire fracasso.
                Os profissionais que trabalham muito naquilo que está a sua frente podem perder a visão do panorama geral. Os profissionais mais bem preparados aprendem a equilibrar as prioridades diárias com metas bem planejadas. Não é perder o foco, nem deixar de lado o que é urgente, mas equilibrar a atenção com o que é urgente e o que é importante e o ambiente interno, com o externo do seu trabalho e setor de atividade.
                Um profissional é contratado para deixar a vida do líder e dos colegas mais fácil e a organização melhor e mais próspera. Quem não está fazendo isso e ainda espalha negatividade, está complicando a vida para todos.  Muitas pessoas cometem o erro de pensar que elas prejudicarão suas carreiras apenas ao cometerem um grande erro, mas a realidade é que geralmente não é algo tão dramático. As pequenas coisas podem ser fatais no longo prazo e por isso é fundamental equilibrar a construção e a condução da carreira evitando erros e mantendo-se em qualificação continuada.

                Um abraço e até a próxima!

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Na minha época...

                Acredito que os amigos leitores também ouvem seguidamente a expressão “...na minha época...”. Claro que não sei quanto a vocês, mas particularmente e para os mais íntimos eu aproveito para apimentar a conversa perguntando “De que época você é?”. A intenção é fazer as pessoas próximas se darem conta de que vivem no presente e que sua época é agora também.
                Estamos vivendo uma era única de mudanças! Vejam que nunca antes na história, uma geração mais jovem havia ensinado a outra. Quantos jovens ensinando tecnologia para pais e avós? Quantos professores universitários jovens ensinando turmas com pessoas de mais idade que voltam a estudar pensando numa nova carreira? Nunca antes na história, os “velhos” puderam trabalhar até morrer, completando duas ou mais carreiras profissionais, por viverem mais, com mais saúde e passarem a trabalhar com o que gostam. 
                Nossos filhos, nossos estudantes, nossos colaboradores querem aliar trabalho, estudo e diversão, valorizam experiências e novidades, querem conveniência, terão cada vez menos vínculos, manterão vínculos apenas com o que lhes der prazer, viverão muitos anos, ficarão mais anos na casa dos pais e buscarão mais satisfação e alegria ao longo de toda a vida, não pretendendo aguardar a aposentadoria, até porque sabem que ela chegará para muito poucos.
                Precisamos de um melhor convívio e melhor entendimento entre aqueles que construíram sua vida com base na era dos vínculos e aqueles que já nasceram e aprenderam a viver na era do “ficar”. Respeito tem ligação com a boa educação de casa, da escola, mas também tem tudo a ver com a atitude de cada um. Há quem tenha, outros, não! Todo mundo erra, muitos admitem e conseguem transformar o erro em superação e coisas boas, outros não!
                Em muitos momentos de nossas vidas podemos nos queixar, mas também temos a opção de mudar. Deus nos deu o livre arbítrio para mudar sempre que quisermos e ao longo de toda a vida. Estamos vendo surgir uma sociedade exigente que quer o melhor, quer agora, o mais rápido possível, com o menor esforço possível e pelo menor custo possível! Sempre que ouço alguém falar que está errado, que a juventude de hoje é isso, ou aquilo, que não sabe o que será desta nova geração, eu fico lembrando o que eu ouvia dos mais velhos (geração baby boomer) comentarem sobre a minha geração, os X. A maioria dos comentários era pessimista e erram muito feio! Tempos atrás tive a oportunidade de ler textos (da geração de Veteranos) que versavam sobre as incertezas de como a sociedade seria quando a geração dos meus pais (baby boomers) ficasse adulta e alguns bastante pessimistas, que erraram muito mais feio. Quando leio ou ouço alguém se posicionando de forma pessimista quanto a sociedade futura (gerações Z e Y), fico pensando que é uma repetição de “maus agouros” que certamente não contribui. Graças a Deus e aos esforços de muitos pelo bom convívio, aprendizado mútuo, tem frustrado os pessimistas e teremos sim, uma sociedade cada vez melhor, só que diferente do que idealizamos.
                A vida que temos é resultado do que fizemos e do que deixamos de fazer até aqui! O futuro de cada um segue dependendo das escolhas que cada um faz ao longo da vida. E assim seria irracional esperarmos resultados diferentes, fazendo sempre a mesma coisa e do mesmo jeito. Os que encaram a vida e os negócios diferentemente de nós não estão necessariamente errados e talvez estejam encontrando outras formas de fazer o melhor que podem.
                Você vive neste momento e a sua época é agora, onde precisamos dar o melhor de nós, cada qual do seu modo ao entender-se com a vida, para seguirmos evoluindo, nos dando conta que já conseguimos muito em qualidade de vida, longevidade, saúde, respeito, paz, e tenho certeza que conseguiremos muito mais, quanto maior a “mistura” das idades, das gerações na condução das famílias, das organizações, do planejamento, no respeito as diferenças e no aprendizado de quanto é salutar a diversidade de pensamento e de visão de mundo.
                Para o que não estamos completamente satisfeitos, podemos ficar felizes por temos hoje, amanhã e o restante de nossas vidas para fazermos diferente na busca do melhor.

                Um abraço e até a próxima!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Brasília e a sua vida

                É certo que Brasília está dominando o noticiário e é verdadeiramente muito difícil não se ver envolvido em algum comentário, discussão ou análise a respeito. Diante de muitas contrariedades e contradições que vemos e ouvimos, uma das poucas unanimidades é que precisamos retomar o crescimento e o desenvolvimento do Brasil o mais rápido possível.
                A retomada do crescimento e do desenvolvimento, com melhoria das práticas de gestão, depende muito mais, assim como sempre dependeu, do nosso trabalho árduo, pois tem sido assim com tudo o que realmente fez e faz a diferença no país. O governo precisa mais dinheiro, que no caso, vem dos impostos e estes, pelo aumento da movimentação da economia, gerada pelo aumento do volume de comércio, da produção primária e secundária. Eu, você, nós todos, precisamos gerar mais impostos, mais empregos, renda, trabalho digno, resultados honestos para que a economia tenha melhoria de desempenho e não há outra forma.
                Assim, caro leitor, sugiro darmos menos atenção a Brasília e mais atenção para nosso trabalho, nossa empresa, nossos negócios. Como vai se desenrolar o processo contra X, é bem menos importante para você superar as suas dificuldades do que como atender melhor, como vender mais e melhor, como aumentar a rentabilidade dos seus negócios. Faça um pequeno teste e veja se você gasta mais tempo comentando e ouvindo sobre os debates de Brasília, ou com um projeto para melhorar a fachada, a exposição de produtos e a vitrine da sua empresa para atrair mais vendas? Também é possível avaliar em minutos por semana gastos com a especulação sobre a última bomba política ou como melhorar a embalagem, o rótulo, os benefícios oferecidos pelos produtos da sua empresa. Você gasta mais tempo ouvindo as posições políticas das pessoas ao seu redor, a especulação dos próximos capítulos ou em estudos sobre como fazer a equipe produzir mais, como fazer as suas máquinas e equipamentos produzirem melhor?
                Você aposta em qual dos lados desta disputa de Brasília? Com a especulação gerada na Bovespa, onde se deve apostar: títulos da dívida, ouro, fundos de ações, fundos imobiliários, commodities? Se estiver com dúvidas, vou dar uma dica de ouro: A melhor aposta neste momento é em você mesmo!
                Tenho certeza de que o seu futuro depende de muitas coisas, mas principalmente de você, do que você fez, faz e fizer e do que deixará de fazer. Entendo que a maior descoberta que uma pessoa pode fazer é o entendimento de que pode modificar a sua vida apenas mudando suas atitudes e mentalidade. Mentalidade correta permite atitudes corretas e estas produzem ações corretas, que por sua vez proporcionam as melhores soluções. É possível mudar nossas vidas e a vida daqueles que nos cercam, mudando nossa atitude diante da vida e influenciando da mesma maneira, a quem nos cerca.
                Claro que estamos diante de um conjunto de problemas que se acumulam, como a crise econômica, crise política e crise especulativa. Mas é preciso lembrar que todo o conjunto de problemas gera um conjunto de oportunidades. Não há ninguém impedindo você de estudar e se preparar para quando o mercado de trabalho aquecer e voltar a disputar os melhores profissionais! Não há ninguém impedindo a sua empresa de realizar o planejamento estratégico, ou rever processos, sistemas e implantar projetos! Você não está impedido de escrever um plano de negócios para seu possível novo empreendimento. As crises não impedem ninguém de visitar os velhos clientes e verificar como estão, o que estão fazendo, do que eventualmente estejam precisando e que você poderia encontrar uma forma de fornecer. Quando olho por este prisma lembro da frase de Kelly Young, quando disse que “O problema não é o problema, o problema é a atitude em relação ao problema.”
                Assim, convido você para agirmos mais para mudar nossas vidas e nossos negócios, pois o Brasil e os brasileiros estão precisando muito e o mais rápido possível.

                Um abraço e até a próxima!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

É preciso um novo ciclo

               
           É tempo de soja, de safra e de Fenasoja e de repensar algumas questões desta cultura. O surgimento da cultura da soja no noroeste do Rio Grande do Sul gerou um ciclo de desenvolvimento e prosperidade em muitas regiões de acordo com a expansão que foi tendo pelo interior do Brasil. O grão que ganhou escala de cultura agrícola nas terras vermelhas do noroeste gaúcho é hoje uma das commodities de maior expressão na balança comercial brasileira, sendo a principal do setor agrícola e tendo criado ao seu redor uma cadeia complexa que gera um grande conjunto de oportunidades.
                A cultura que foi o principal motivador para abrir fronteiras, foi decisiva para criar cidades, desenvolver indústrias de máquinas e equipamentos e algumas indústrias de transformação gerando grandes e complexas cadeias produtivas. Conforme dados da FAO e USDA, a soja responde por 56% da área cultivada do Brasil, que é hoje de 58,5 milhões de hectares. O crescimento segue sendo importante, sendo 3,5% maior desta para a última safra e acumulando 7,7% nos últimos 10 anos no Brasil. No mesmo período o Paraguai teve um crescimento de 9,2% e na Argentina, 10,5%, mostrando que o avanço da soja há muito não tem mais fronteiras.
                O preço da soja tem determinado muitos negócios e observa-se uma correlação forte entre os valores recebidos pelos produtores e a cotação do dólar, frente ao real. Desta maneira, gerir a comercialização in natura do grão exige alto conhecimento da dinâmica cambial dos mercados interno e externo. Uma das questões pouco comentadas é a queda constante que se observa nos preços da soja ao longo dos últimos 90 anos, que está atualmente estimada pelo Bureau of Labor Statistics, Bloomberg, Itaú, é de 20,59%, enquanto a área produzida tem aumento de 17%. Uma análise histórica desde 1926, deixa claro que a cadeia da soja auxiliou muito a nossa economia, mas para continuar sendo este pilar importante necessita que os produtores, a sociedade, os governos se ajam de forma mais rápida incrementando a cadeia com vistas ao aumento do valor agregado, frente aos mercados em cada vez maior competição.
                Há muito de nossas vidas e de nossos negócios atrelados a cadeia da soja e exatamente por isso deveríamos entender melhor como evolui ao longo dos anos e desde que surgiu como negócio de grande escala. A medida em que aumenta a oferta do produto no mercado os preços vão caindo e ainda, vão surgindo produtos que direta ou indiretamente substituem a soja como ela é utilizada atualmente, o que faz com que os preços caiam mais do que o aumento da produtividade consegue compensar. 
           Com os sinais de esgotamento do modelo cada vez mais forte, a necessidade de profissionalizar a cadeia da soja, reduzindo custos, aumentando a produtividade, agregando valor ao produto torna-se ainda maior. Desenvolver as indústrias de transformação da soja numa ampla e variada linha, não só é pertinente, como necessário para a prosperidade das regiões que são dependentes da soja.
                Somos a 9ª maior economia do planeta, mas representamos apenas 3% de tudo o que se produz no planeta. Temos a 25ª posição na participação do comércio exterior, representando apenas 1,2 a 1,4% do comércio internacional e isso é resultado de políticas públicas que fecham o país para acordos comerciais internacionais.
                 Poderíamos ter ganhos muito maiores se conseguíssemos ter uma gestão pública melhor, capaz de realmente entender que o setor produtivo é que gera os tributos que são capazes de sustentar todo o restante. Melhores condições logísticas de escoamento da produção, como ferrovias, hidrovias, mais e melhores estradas reduziriam em muito o chamado custo Brasil, mudando muito os resultados para toda a cadeia produtiva da soja. A capacidade de armazenamento estimada em 1/3 do que se produz, gera perdas de produto, de qualidade, ainda mais custos de transportes e retira quaisquer condições de aguardar um bom momento no mercado internacional.
                Assim como outras tantas áreas de nosso país, a cadeia da soja precisa e merece um novo ciclo de inovação para continuar sendo um dos pilares da nossa economia.

                Um abraço e até a próxima!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Da ideia para a realidade

                Tirar aquela vontade de ter seu próprio negócio do campo das ideias para transformar em realidade é a maior barreira que as pessoas encontram e é o que geralmente diferencia um empreendedor das outras pessoas. Ideias de novos negócios, novos produtos, assim como a visão de mais e novas oportunidades, muita gente tem. Iniciativa, atitude e coragem para colocar as ideias em prática bem menos gente possui.
                Muita gente pensa que precisa encontrar algo totalmente novo para iniciar um negócio, mas muitos dos melhores e maiores negócios existentes, não surgiram de ideias originais, pois antes deles já havia outros negócios similares, nos quais se inspiraram para fazer um novo negócio em outro lugar, ou melhor, ou maior. Há efetivamente muitas oportunidades para novos negócios em atividades já existentes e que carecem de mais negócios, de inovação em distribuição, atendimento, conveniência, amplitude geográfica de atuação, diversificação de produtos, dentre outros.
                Um motivo apenas, seja ele qual for, não é o suficiente para montar um negócio. Os motivos devem ser vários como aumentar a renda, oferecer algo as pessoas gostariam, precisam e não tem o suficiente, realizar um sonho, auto empregar-se, ter mais autonomia pessoal e profissional, empregar gente da família, dentre outros.
                Os motivos pelos quais um negócio entra em dificuldades e “fecha as portas” também são sempre vários. Ninguém fecha um negócio por um único motivo, pois é um conjunto de coisas que vão se sobreponto, aumentando a dificuldade até que se decide pela formalização do encerramento de atividades.
                A atual situação econômica do Brasil abre espaço para o crescimento do empreendedorismo. Segundo a pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), escritório de pesquisa que avalia e fornece informações monitoradas frequentemente sobre empreendedorismo, 3 em cada 10 brasileiros adultos (entre 18 e 64 anos), possuem uma empresa, ou estão envolvidos com a criação de um negócio próprio. A pesquisa indica ainda que esta taxa cresceu de 23% em 2005, para 34,5% até 2015. O incentivo das instituições de ensino, falando mais sobre o assunto e incluindo disciplinas de empreendedorismo, assim como o apoio das incubadoras de novos negócios, a ação de muitas entidades, as diversas ações governamentais e até o desemprego são pontos que estimularam mais a criação de novos negócios.
                Ter um emprego é confortável, seguro, com baixo risco, principalmente se for público. Todavia, para quem não valoriza tanto o conforto, a segurança e tem confiança na sua capacidade de assumir riscos e superar as dificuldades, ter um negócio próprio permite sonhar muito mais alto. Sonhar com mais renda, com acesso a melhores condições de vida, maior liberdade, é o que estimula muitos a concretizarem suas ideias.
                A ideia de um produto, de um negócio, só tem valor quando colocada em prática. Todavia, antes de investir, é preciso se certificar se o negócio é viável e principalmente, em que condições ele se torna viável. É indiscutível que os negócios que “quebram” nos primeiros meses ou anos, têm na baixa qualidade das análises de mercado ou até na falta delas e do estudo de viabilidade financeira, a principal causa. Fazer um bom plano de negócios, ter disciplina para seguir o que foi analisado e planejado no plano de negócios, ter motivação para superar as dificuldades que surgirem, são fundamentais para o negócio surgir, crescer e se desenvolver. 
                As famílias tem um papel crucial no estímulo, ou desestímulo ao filho que vai crescendo e ouvindo o que os pais e os familiares pensam sobre o futuro dele. Em geral, por superproteção, muitas famílias passam os anos da infância e adolescência dizendo aos filhos que devem estudar para concursos públicos, ou se preparar para trabalhar em “tal” lugar. Quando este jovem se deparar na escola, faculdade ou outra entidade com algum programa de estímulo ao empreendedorismo, terá uma resistência já construída, para querer ter um negócio. Para termos mais empreendedores e de sucesso, precisamos iniciar em casa, com estímulos positivos diversos, que propiciem o convívio com bons exemplos de empreendedores e negócios.   

                Um abraço e até a próxima!
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