terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Na minha época...

                Acredito que os amigos leitores também ouvem seguidamente a expressão “...na minha época...”. Claro que não sei quanto a vocês, mas particularmente e para os mais íntimos eu aproveito para apimentar a conversa perguntando “De que época você é?”. A intenção é fazer as pessoas próximas se darem conta de que vivem no presente e que sua época é agora também.
                Estamos vivendo uma era única de mudanças! Vejam que nunca antes na história, uma geração mais jovem havia ensinado a outra. Quantos jovens ensinando tecnologia para pais e avós? Quantos professores universitários jovens ensinando turmas com pessoas de mais idade que voltam a estudar pensando numa nova carreira? Nunca antes na história, os “velhos” puderam trabalhar até morrer, completando duas ou mais carreiras profissionais, por viverem mais, com mais saúde e passarem a trabalhar com o que gostam. 
                Nossos filhos, nossos estudantes, nossos colaboradores querem aliar trabalho, estudo e diversão, valorizam experiências e novidades, querem conveniência, terão cada vez menos vínculos, manterão vínculos apenas com o que lhes der prazer, viverão muitos anos, ficarão mais anos na casa dos pais e buscarão mais satisfação e alegria ao longo de toda a vida, não pretendendo aguardar a aposentadoria, até porque sabem que ela chegará para muito poucos.
                Precisamos de um melhor convívio e melhor entendimento entre aqueles que construíram sua vida com base na era dos vínculos e aqueles que já nasceram e aprenderam a viver na era do “ficar”. Respeito tem ligação com a boa educação de casa, da escola, mas também tem tudo a ver com a atitude de cada um. Há quem tenha, outros, não! Todo mundo erra, muitos admitem e conseguem transformar o erro em superação e coisas boas, outros não!
                Em muitos momentos de nossas vidas podemos nos queixar, mas também temos a opção de mudar. Deus nos deu o livre arbítrio para mudar sempre que quisermos e ao longo de toda a vida. Estamos vendo surgir uma sociedade exigente que quer o melhor, quer agora, o mais rápido possível, com o menor esforço possível e pelo menor custo possível! Sempre que ouço alguém falar que está errado, que a juventude de hoje é isso, ou aquilo, que não sabe o que será desta nova geração, eu fico lembrando o que eu ouvia dos mais velhos (geração baby boomer) comentarem sobre a minha geração, os X. A maioria dos comentários era pessimista e erram muito feio! Tempos atrás tive a oportunidade de ler textos (da geração de Veteranos) que versavam sobre as incertezas de como a sociedade seria quando a geração dos meus pais (baby boomers) ficasse adulta e alguns bastante pessimistas, que erraram muito mais feio. Quando leio ou ouço alguém se posicionando de forma pessimista quanto a sociedade futura (gerações Z e Y), fico pensando que é uma repetição de “maus agouros” que certamente não contribui. Graças a Deus e aos esforços de muitos pelo bom convívio, aprendizado mútuo, tem frustrado os pessimistas e teremos sim, uma sociedade cada vez melhor, só que diferente do que idealizamos.
                A vida que temos é resultado do que fizemos e do que deixamos de fazer até aqui! O futuro de cada um segue dependendo das escolhas que cada um faz ao longo da vida. E assim seria irracional esperarmos resultados diferentes, fazendo sempre a mesma coisa e do mesmo jeito. Os que encaram a vida e os negócios diferentemente de nós não estão necessariamente errados e talvez estejam encontrando outras formas de fazer o melhor que podem.
                Você vive neste momento e a sua época é agora, onde precisamos dar o melhor de nós, cada qual do seu modo ao entender-se com a vida, para seguirmos evoluindo, nos dando conta que já conseguimos muito em qualidade de vida, longevidade, saúde, respeito, paz, e tenho certeza que conseguiremos muito mais, quanto maior a “mistura” das idades, das gerações na condução das famílias, das organizações, do planejamento, no respeito as diferenças e no aprendizado de quanto é salutar a diversidade de pensamento e de visão de mundo.
                Para o que não estamos completamente satisfeitos, podemos ficar felizes por temos hoje, amanhã e o restante de nossas vidas para fazermos diferente na busca do melhor.

                Um abraço e até a próxima!

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