sexta-feira, 14 de julho de 2017

Fazendo o que deve ser feito

Dias atrás quando eu participava de um debate sobre gestão empresarial e inovação surgiu uma questão sobre as dúvidas do que priorizar na tomada de decisões. Rapidamente vários participantes manifestaram questões e opiniões como “o tempo é curto”, “temos muito a fazer”, “como escolher o que fazer primeiro?”, “o que não fazer?”, dentre outros. Ainda enquanto os participantes se manifestavam lembrei que também me sinto assim seguidamente e aproveito o espaço de hoje para compartilhar o que faço e como penso nestes casos.
Quando o tempo é curto e há muito o que fazer, penso primeiro naquilo que não deveria ser feito naquele momento e isso já permite tirar a atenção momentânea de algumas demandas. Lembro de uma máxima de Peter Druker quando disse: “Não há nada mais inútil do que fazer com eficiência algo que não deveria ser feito.” Então, me pergunto sempre por primeiro, quando e o quanto cada demanda que tenho pela frente precisa ser atendida e qual o nível de detalhamento e atenção que devo dar a cada uma.
Diante de uma lista grande de demandas importantes procuro lembrar sempre da frase de Andrew Carnegie quando disse “Aquele que quer fazer tudo sozinho, jamais será um grande líder, muito menos aquele que quer ficar com todo o crédito por fazê-lo.” Desta maneira, vou anotando nomes com os quais posso contar para assumirem comigo cada demanda. Algumas dependem da minha supervisão ou orientação, permitindo mais tempo de envolvimento com outras, que dependem mais das minhas habilidades e competências.
É preciso ter muito claro o que é prioridade para cada um de nós, tanto no campo pessoal, quanto profissional. Ter prioridades significa também escolher uma única coisa de cada vez para fazer em cada área, esquecendo um pouco do que vem depois. Ao concentrar-se numa coisa de cada vez em cada área acelera-se e qualifica-se o processo, aumentando a produtividade e o uso do tempo, o que também permite priorizar logo outra demanda.
Lembrar os motivos pelos quais estamos atendendo a cada demanda é essencial para podermos ficar mais seguros de que o que precisa ser feito está bem encaminhado. Por vezes, mesmo sem querer, vemos como barreiras, aquilo que na verdade são desculpas para não fazer o que precisa ser feito. “A culpa não foi minha!”, “Isso sempre foi assim...”, “Mas tem muita gente pior que eu...” são frases que ouvimos de pessoas próximas demonstrando sinais de fracasso ao invés de fazerem o que precisa ser feito. Da mesma forma, aqueles que quando veem um talento diferente nos outros, ao invés de buscar sinergias passam destacar os defeitos destes, assim como aqueles que entendem que os insucessos foram causados pelo azar estão demonstrando sinais de fracasso para fazerem o que precisa ser feito.
Seria maluquice dirigir olhando pelo espelho retrovisor e por isso a vida também deve ser vivida olhando para o que vem pela frente. O que ocorreu no passado não deveria representar barreiras significativas para fazer o que precisa ser feito na vida de cada um de nós. Eu sei que a nossa mente nem sempre colabora e nos faz pensar seguida e insistentemente em erros e reveses do passado, mas é preciso saber que é uma armadilha terrível para fazer o que é preciso daqui para frente.
Ter a mente tão ocupada com os problemas, com a lista de demandas, com o pouco tempo para fazer muito, deixa pouco espaço para as soluções e até mesmo para a satisfação que nos dá a busca da solução. Quando pensamos na solução, no problema resolvido, tudo fica mais fácil. É o que tento fazer.
Para realizar nossos sonhos, precisamos fazer o que precisa ser feito, o que pode parecer simples, mas não é. Filtrar os ruídos e fazer o que precisa ser feito, independente do esforço, das horas, das dores, do tempo, do que temos que deixar de aproveitar, do desconforto, do que temos que desapegar.
Desejo que faças o que precisas fazer!
Um abraço e até a próxima semana!

 

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