O
título é uma frase célebre de um dos escritores contemporâneos e brasileiros
que gosto de ler e assistir, que é o professor universitário e palestrante Mário
Sérgio Cortella, que de dentre outros assuntos, tem deixado um legado
importante para refletirmos sobre o exercício da liderança nas organizações.

Como você já ouviu muitos
outros, Cortella também defende que devamos sair do óbvio, pois “O óbvio nos
deixa no mesmo lugar, temos de ir além, procurar a excelência, fazer mais do
que a obrigação, pois ela é o ponto de partida.”
O autor defende que cinco competências são essenciais para o líder:
abrir a mente, elevar a equipe, inovar a obra, recrear
o espírito e empreender o futuro e cada uma delas, com coragem, paciência
e humildade. Coragem para enfrentar o
medo, conseguir fazer de outro modo, fazer aquilo que não está habituado e paciência
e humildade para saber que não se sabe tudo. A seguir, faço um detalhamento das
cinco competências mencionadas:
- Abrir
a mente – Com a velocidade das
mudanças ao nosso redor e no mundo todo, não dá pra liderar com a cabeça no
passado. É preciso perceber as mudanças e ser flexível para poder melhorar
sempre. Ver as oportunidades do ambiente ao redor, para agir antes dos demais,
é uma das habilidades mais importantes do líder.
- Recrear
o espírito – “Recrear” que não é
o mesmo que brincar, é saber também que seriedade não é sinônimo de tristeza. É
preciso festejar as conquistas com a equipe, criando as circunstâncias em que o
reconhecimento, a alegria e o bem-estar estejam presentes no ambiente de
trabalho. Para muitos de sua equipe, estas ações serão quase tão importantes
quanto a remuneração.
- Elevar
a equipe – As pessoas não devem
ser usadas para o líder e/ou a
organização crescer e depois serem descartadas, assim como o líder não pode deixar
de repartir a glória com quem o auxiliou nas conquistas do grupo, da
organização. O bom líder é aquele que faz com que todos os que estejam ligados
a ele também cresçam. Tenho convidado as pessoas a refletirem que é muito mais
honroso liderar um grupo de gênios, de estrelas, do que liderar um grupo
limitado, onde apenas o líder tem boas competências. Portanto, é mais
inteligente e atrativo para o líder, cercar-se de pessoas com as melhores
competências.
- Inovar
a obra – Um líder precisa ser
capaz de criar o que dá vitalidade, indo além do óbvio. Um grupo precisa de um
líder justamente para ter alguém que motive e desafie a ir além do que já foi
conquistado. O líder também precisa que o grupo inove, mas para isso é preciso
estimular, dar o exemplo ao pensar e agir além do óbvio. É preciso que todos
entendam que não se alcançam resultados diferentes, fazendo sempre a mesma
coisa.
- Empreender
o futuro – Aquele líder que tem
e mostra esperança indo atrás, não desistindo, cuidando do que é importante,
vai contagiar a equipe e criar o futuro que o grupo pretende. Coordenar os
esforços para a criação do futuro esperado pela equipe é uma das partes mais
importantes da missão de um líder.
Sempre que falo e escrevo sobre
liderança, lembro que estamos num momento da história em que há uma carência
importante de líderes tanto em quantidade, quanto em qualidade. É preciso
formar líderes em casa, nas escolas e em nossas organizações. Já dizia Peter
Druker, que a maior missão de um líder deveria ser formar outros líderes, e que
somente assim a organização iria prosperar e se desenvolver cada vez mais
rapidamente. Por mais habilidoso que seja, um bom líder é apenas uma pessoa,
portanto, um ser limitado. Para fazer mais e fazer melhor precisamos de outras
pessoas, com capacidade de liderar, empreender e qualificar os processos.
Na esperança de que o texto
auxilie na sua reflexão, deixo um abraço e até a próxima!
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