
Quando se
percebe que um grande erro foi cometido, como um erro de digitação que derrubou
todo um projeto ou relatório, o esquecimento de uma importante reunião que não
foi anotada na agenda, um erro de cálculo, um equívoco no orçamento e tantas
dificuldades que surgem quando não poderiam, de maneiras diferentes, cada um do
seu jeito experimenta medo, pânico e incerteza sobre o que fazer. Quem abraça o
desafio de uma crise fica animado com a dificuldade e consegue melhores
resultados do que quem coloca todo o esforço para permanecer calmo. Segundo o
coordenador do estudo de Harvard, professor Allison Wood Brook, as pessoas têm
grande desejo de ficarem calmas, entendendo que é a melhor maneira de controlar
a ansiedade, mas isso não é somente difícil, como também por vezes pode ser
inefetivo. O estudo mostra que a maioria de nós quando se sente ansioso e tenta
se acalmar, pensa no que poderia dar errado e apenas alguns se animam na busca
de soluções, pensando nas coisas que podem dar certo.
Para Brook,
não se descompor diante dos erros e da pressão, permanecer focado e efetivo é
algo para prepararmos a nossa mente, onde o medo, a ansiedade e a animação
ocorrem. Quem pode dominar uma crise, é capaz de canalizar suas emoções para o
comportamento que deseja, transformando ansiedade em energia para a busca de
soluções.
Claro que cometer um erro é
constrangedor, seja pela sua frustração, perda de tempo, ou pela repercussão
diante dos colegas, dos seus líderes e subordinados. Você passa a pensar no que
os próximos relatórios sobre a sua avaliação vão apontar sobre esta situação e
o que mais pode ocorrer. Há gente vai mais fundo pensando se o erro vai
ocasionar a sua rescisão, perda da casa, carro ou qualquer outra catástrofe que
piore a ansiedade e afasta do foco real. É importante se perguntar qual o pior
resultado real que pode gerar este erro e no que ele vai importar daqui cinco
anos. Pergunte-se também se este foi o pior fato que te ocorreu até hoje e
ainda, sobre colegas e outras pessoas que cometeram erros graves e hoje estão
bem. Erros lendários geralmente têm pouco efeito no longo prazo e em bons
empregados, pois um erro não define uma pessoa, nem um profissional. Também é
preciso lembrar que as pessoas não são muito focadas e que o seu problema
dificilmente será o centro de todos os acontecimentos. Os líderes, os
subordinados e os colegas terão pouco tempo para pensar no problema causado e
se você se focar na solução, a recuperação será mais rápida do que você pensa
neste momento.
Depois de
prevenir-se do medo e do pânico é preciso se concentrar no que realmente
ocorreu, quais as possíveis repercussões, qual o tempo para evitar, quais
situações causam os maiores problemas, quem precisa ser envolvido, como reduzir
os danos, anotando detalhadamente estas situações, para agir em cada uma delas
com a atenção merecida. É preciso saber que quem fica animado pelos desafios de
voltar das cinzas melhora a performance incrivelmente.
Outro
estudo, da TalentSmart que entrevistou mais de um milhão de pessoas, mostra que
90% dos melhores funcionários são pessoas que conseguem controlar suas emoções
em situações de estresse, permanecendo calmos e no controle da situação. Está
comprovado que a habilidade de gerenciar as emoções e mesmo diante de muita
pressão permanecer calmo para tomar as melhores decisões e agir corretamente,
impacta diretamente na performance dos profissionais.
Um abraço e
até a próxima!
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