segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

O que está por vir

 


A conhecida publicação “The Economist" coletou pesquisas de mais de 50 especialistas para indicar o que está por vir em 2021 e seguintes. Compartilho hoje e na próxima semana alguns destes pontos, na minha interpretação.

Há cada vez mais pessoas dando fortes sinais de querem e precisam voltar a viver em comunidades, se divertir, trabalhar e agir em grupos. O trabalho, porém, em muitas funções, seguirá remoto e por vários motivos, dentre eles, pelas horas de trânsito, preparação de ambientes, viagens e hospedagens em função do trabalho. Estas são algumas ações que ficarão e  mudam de forma muito significativa as práticas que se viviam antes da pandemia. Mudanças nos ambientes e estruturas das casas, das empresas, assim como ambientes virtuais e soluções para gestão de informações seguirão recebendo investimentos e demandas.

       Com o passar dos anos veremos mudanças na arquitetura das casas, sendo mais tecnológicas e considerando o espaço para o trabalho. As estruturas das empresas também terão mudanças para considerar o apoio às posições de trabalho em casa. Esta tendência que é forte e já pode ser percebida de diferentes formas, tende a mudar a preferência do local de moradia, que muitas vezes era definida pela proximidade física do trabalho, já que este aspecto deixa de ser importante para um número cada vez maior de pessoas.

A produtividade vai depender mais dos indicadores de resultados, com índices controlados por plataformas especializadas em produtividade, do que do acompanhamento dos líderes. A contratação de pessoal será repensada, desde os acordos sobre dias e horários de trabalho, até onde mora o/a profissional. Tende haver cada vez menos diferença entre contratar pessoal local, nacional, ou estrangeiro, pois cada vez mais gente terá alcance global. A concorrência pelos bons profissionais tende a acirrar e a ultrapassar mais rápido as fronteiras.

Todas as atividades repetitivas tendem a ser automatizadas, bem como os negócios repetitivos tendem a se tornar virtuais e por assinatura, abrangendo um número cada vez maior de ramos que vão desde a espiritualidade, terapias, entretenimento, alimentação, bebidas, transporte, serviços dos mais diversos e o que os empreendedores e clientes puderem imaginar.

       As atrações turísticas naturais tendem a ser mais apreciadas do que nunca e o turismo para entretenimento se fortalecerá a partir do segundo semestre de 2021, cada vez mais incrementado de tecnologia desde a promoção, aquisição, operação, experiências. Locais antes considerados remotos, experiências autênticas, porém, com mais assistência e acompanhamento, tendem a atrair mais turistas, lembrando que a interação será a base do entretenimento do futuro. 

     Os dados pessoais tenderão a receber cada vez mais atenção e as plataformas tendem a mudar. Antes as pessoas não se importavam em trocar seus dados e seu tempo por alguns serviços, mas de agora em diante, as pessoas tendem a preferir pagar, do que doar seu tempo e dados. As grandes marcas precisarão se valer da sua credibilidade, pois tudo pode ser copiado ou replicado, exceto o prestígio.

Na área da saúde passaremos a ver cada vez mais consultas e outros serviços adaptados ao digital e remoto. Os “testes rápidos” de Covid seguirão por um bom tempo até que as pessoas se sintam seguras e abre mercado para outros testes rápidos de outras doenças. É provável que as pessoas fiquem menos doentes com vírus, bactérias e outras doenças que podem ser evitadas com o aumento dos hábitos de maior higiene das mãos, do próprio corpo, dos alimentos, das roupas e calçados, das casas, escolas, ambientes de atendimento e de trabalho.

       As pessoas tendem a agir mais em função da economia pessoal, aprender mais, ensinar os filhos e gerar novas formas de transações comerciais. A mudança de hábitos de consumo que já é notória tende a manter a troca de roupas e calçados mais “sociais/elegante” por itens mais casuais. Menos gastos com atividades sociais como bailes, festas, shows, viagens, permitirão mais gastos com eletrônicos, jardins, decoração, móveis, entretenimento, ensino.

     A pesquisa segue prospectando outros setores e o assunto deve chamar a atenção de muita gente e por isto, na semana que vem seguimos com este assunto.

       Um abraço e até lá!

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