Há muitos e muitos
anos se fala da necessidade dos empresários locais e de um modo geral,
brasileiros e de todos os ramos de atividade, de competir agregando valor ao
que produzem e oferecem. Vários indicadores vêm mostrando que há pouco retorno
sobre o grande esforço e uso de recursos sejam eles humanos, infraestruturais e
naturais.
Agregar valor a
produção e oferta local valoriza a região, as pessoas envolvidas, gera
prosperidade e tributos que melhoram a estrutura e as políticas públicas. Muitas
empresas vêm fazendo esta “lição de casa”, por outro lado muitas ainda precisam
fortalecer suas marcas, e claro, aumentar a valorização do que produzem. As
empresas locais, assim como boa parte dos negócios do país, precisam promover sua
produção de diferentes formas, quer seja na divulgação do respeito as pessoas,
aos insumos utilizados, o cuidado com meio ambiente, os processos diferenciados,
a tecnologia utilizada, dentre outros. Estas e outras ações de agregação de valor
devem ser acompanhadas de investimentos no fortalecimento da marca, reduzindo a
competição por preços que muitas vezes é maléfica para os negócios,
especialmente para os que não possuem grande escala. Buscar vantagem
competitiva em custo é para poucos setores brasileiros, num tempo em que até o
varejo está globalizado. A carga tributária, os encargos sociais, a papelada
que alguns órgãos insistem em manter, mesmo que todos considerem inútil e
ultrapassada, a logística baseada no modal rodoviário, as péssimas condições de
muitas rodovias, enfim, o chamado custo brasil impede grande parte dos negócios
de competir por preços.
O fortalecimento
das marcas, que só se sustenta a longo prazo com entregas diferenciadas, é a melhor
chance de melhorar as posições brasileiras tanto no mercado local, quando no
mercado nacional e nas exportações. Milhares de micro e pequenas empresas brasileiras
tem oportunidade para exportar, a exemplo do que ocorre em países com melhor
relação na balança comercial. Na condição de exportador de commodities, o Brasil não gera riqueza proporcional ao esforço, não
melhora a imagem internacional e atrapalha os poucos que tentam produzir e
exportador de produtos de maior qualidade e construir marcas reconhecidas pelo
valor superior.
Quem estuda estratégias
mercadológicas e/ou analisa a média geral das ações das empresas locais, ou até
mesmo nacionais têm feito “coro” ao alertar os empresários sobre a necessidade
de inovação e qualificação de suas atividades tanto no mercado interno, quanto externo.
Independente do tamanho e do setor de atividade podemos ter mais produtos para
competir internamente com os produtos importados cada vez mais disponíveis
entre nós.
Quem sente pressão
para reduzir as suas margens e percebe dificuldades aumentando, precisa mudar
para sair desta posição. As empresas que não querem ou não podem mais ficar
disputando preço até comprometer o negócio, precisam alterar a estratégia para
não arriscar ainda mais o futuro dos seus negócios, da família e dos
colaboradores. É preciso um mix de produtos que seja visto como melhores que a
média, onde a marca e a apresentação sejam componentes que gerem confiança e
credibilidade para que os clientes entendam e decidam pelo valor superior. No
mercado, não basta ser, é preciso também parecer melhor. Construir marcas
fortes, bem vistas, confiáveis e bem relacionadas com os seus públicos, é o
caminho do sucesso e a saída para quem não quer arriscar tudo o que já fez, reduzindo
preços a cada nova negociação, ou tentando enfrentar de forma inglória as
disputas por preços.
Uma marca que ajude
o cliente a ter uma referência positiva em meio a tantas opções existentes, que
transmita confiança, com benefícios claros e bem focados no que ele espera e
está disposto a pagar, contando com características únicas que permitam uma
experiência positiva para quem consumir ou utilizar, proporciona maiores
margens e assim melhores condições de competição para empresas independentemente
do tamanho.
Desejando ótimos
negócios, um abraço e até a próxima!
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