Grande parte dos
players do comércio de bens duráveis e de consumo se prepara para seu melhor
período do ano, que promete ser um dos melhores dos últimos anos. O fim do ano,
as festas, o ingresso do 13º salário, arrumar a casa para o Natal, perspectivas
de visitas, férias, verão... é um conjunto imbatível para animar a maioria das
pessoas para as compras.
A Pesquisa Mensal
do Comércio (PMC/IBGE) mostra crescimento das vendas de bens de consumo e bens
duráveis ao longo de 2021, em 9 dos 10 setores analisados. Os
destaques positivos desde o início do ano têm sido os segmentos de “tecidos,
vestuário e calçados”, “combustíveis e lubrificantes” e “outros artigos de uso
pessoal e doméstico”. Diversos outros institutos e organizações que estudam o
setor entendem que as vendas no varejo continuaram aumentando ao longo
do 2º semestre, respaldadas pelos avanços na campanha de vacinação contra a
Covid-19.
Maiores condições de biossegurança provocam outra
alteração importante na circulação de dinheiro. Se no início da pandemia, com muita
insegurança e muitas informações desencontradas o dinheiro foi para aplicações
financeiras conservadoras e depois, com um melhor entendimento e maior convívio
nas casas, os recursos foram investidos em melhorias para a infraestrutura das
moradias, mobiliário, comida e bebida, a partir de agora o dinheiro volta a
cada dia, a ser mais disputado com os setores que mais tiveram retração durante
a pandemia, ou seja, passeios curtos, viagens um pouco mais longas com
hospedagem, além de maior frequência em restaurantes, cinemas, ambientes de cuidados
pessoais e tratamentos não eletivos. Resumindo, o consumo das famílias volta a
ser mais distribuído entre bens e serviços.
As vendas do varejo estão projetadas para fechar o
ano com crescimento de 8,2% em 2021, segundo o IBGE, recuperando com folga a
queda de 1,5% em 2020. A recuperação robusta do setor a partir do 2º
trimestre contribuirá de forma relevante para o crescimento do PIB Brasileiro
este ano, projetado em 5,2%, previsto em analises de órgãos nacionais e
internacionais.
Para quem está no
varejo de bens e serviços, é hora de focar nos preparativos que vão desde o
reforço e a organização dos estoques, melhorias de processos para reduzir filas
e atender rápido pelos meios digitais, melhorar o atendimento para não perder o
contato captado, para a concorrência mais ágil. Seleção de pessoal, calendários
de decoração, de exposição interna, de vitrine física e de exposição externa
quando for o caso, bem como para sites e perfis, devem ser planejados com
antecedência.
Tudo alinhado com
os fornecedores? Como está a sinalização para localizar do ponto de venda
físico? A pintura da fachada e
acabamentos estão com boa qualidade e são atrativos para o público desejado? Analise
também a vitrine e a exposição interna e verificando se a iluminação é adequada
ao longo do dia e também á noite. Lembre-se que nas noites de verão aumenta
significativamente o número de pessoas que passeiam, caminham pelas ruas e
calçadas e por isso fachada, vitrine e organização interna da loja representam
o maior e melhor outdoor que você pode ter.
O ponto de vendas
digital está em boas condições de competir com os demais? As imagens dos
produtos estão adequadas, mostrando-os em cenários de utilização? A comunicação visual física ou digital das seções de mercadorias e dos
preços estão auxiliando no estímulo para a compra? É preciso lembrar toda a equipe
que os ambientes de vendas, físicos e digitais precisam ser vendedores
silenciosos e quem faz isso bem, sabe que são muito eficientes.
As perspectivas são muito boas, mas só
vão transformar em resultados positivos, aqueles que se prepararem.
Um abraço e até a semana que vem!
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