quarta-feira, 10 de maio de 2023

O futuro do trabalho

 




            Em meio as comemorações do Dia do Trabalhador, as análises sobre o futuro do trabalho também tiveram o seu espaço, e vale compartilhar algumas reflexões com os amigos. Algumas profissões em fase de declínio e morrendo, enquanto surgem novas profissões faz parte do ciclo da humanidade. Então, o que mais podemos observar no futuro do trabalho?

Um número cada vez maior de pessoas está se demitindo de seus empregos e gerando novas atividades com renda para si e geração de novos empregos. As relações de trabalho estão se modificando e algumas, se automatizando. As funções que não exigem muito das habilidades humanas, tendem a ser substituídas por robôs. E estas situações não deveriam causar medo em ninguém, nem grupos, nem classes. Este movimento deve liberar mais pessoas para trabalhos criativos e mais inteligentes. É um ciclo que se repete ao longo da história, vejam: começou na agricultura, foi para a indústria, depois para a prestação de serviços e para a digitalização, e ao que tudo indica a robotização e automatização farão a grande transformação das relações de trabalho. Os trabalhadores terão atividades com menos riscos de acidentes, mais seguras, menos insalubres, mais inteligentes, mais criativas, e assim, mais qualidade de vida.

As habilidades são sempre realocadas para manter, e se possível aumentar, a competitividade no mercado de trabalho. Por este motivo as habilidades necessárias aos trabalhadores são reavaliadas conforme as transformações da tecnologia vão gerando mais impacto nas organizações. De outra forma podemos dizer que os robôs não vão competir com os humanos em vagas de empregos, pois novas vagas dependentes das habilidades humanas serão e precisam ser criadas para que a tecnologia faça o que se espera.

As vagas de trabalho na tecnologia da informação e engenharias como ciber segurança, internet das coisas, inteligência artificial, computação em nuvem, novos materiais, novos produtos, novos processos, condutores de processos robotizados, pesquisadores de engenharia e tecnologia, e outras nesta linha seguirão crescendo forte. Por outro lado, a remuneração média não deve mudar muito nos próximos anos, enquanto a transparência salarial, a flexibilidade nos horários e locais de trabalho podem ter mudanças mais rápidas.

As habilidades e competências leves, chamadas soft skills como a criatividade, resiliência, capacidade de se reinventar e inteligência emocional seguem aumentando de importância nas carreiras e serão cada vez mais requisitadas no mercado.

Estima-se para o Brasil, a necessidade de requalificação de mais de 6 milhões de trabalhadores ao ano, para manter os empregos e a competitividade das empresas. No sul do Brasil, quase 50% das vagas de trabalho formal estão na indústria e se prevê um aumento nas vagas neste setor.

Com as novas gerações Millennials e Geração Z assumindo mais funções de liderança, a hierarquia vai perdendo a importância. Ambientes de trabalho em que todos conversam com todos, independente dos cargos na organização, serão cada vez mais frequentes. Estas gerações são desapegadas de alguns dogmas do mundo do trabalho, como as 8 horas fixas por dia, local fixo de trabalho, preferindo modelos híbridos de horários, locais, remuneração, etc., que devem ser cada vez mais frequentes neste e nos próximos anos.

Ambientes de trabalho mais aconchegantes, customizados com o jeito de cada grupo que os ocupa vão contribuir cada vez mais com a atração e a retenção dos talentos. Você, sua organização estão se preparando para o futuro do trabalho? Espero que esta reflexão tenha contribuído.

Um abraço e até a próxima!

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