
Já se descobriram muitas coisas
que sequer se imaginava até então, como por exemplo, a origem da coragem, da
insegurança e outros traços da personalidade de cada pessoa. Alguns estudos mostram
que na condução dos negócios, por vezes se cai em “armadilhas” do pensamento,
percebidas nos efeitos indesejados e até contrários do que uma determinação, ou
campanha pretendia. O professor e estudioso da neurociência aplicada aos
negócios, Paulo Jacobsen apresenta no site Administradores algumas “armadilhas”
que precisam ser evitadas nas organizações:
- A
armadilha da “confirmação” – Dentre o que se gosta e o que não se gosta, o
cérebro seleciona automaticamente dados e/ou informações que não contrariem as
preferências e o mesmo ocorre com as opiniões sobre as mais diferentes
situações. As pesquisas confirmam que o cérebro distorce o entendimento da
realidade, filtrando sem deixar passar o que contraria, o que está programado
como bom. Este fato tem altíssima relevância na escolha de produtos, marcas, prestadores
de serviços e outros.
- A
barreira do “status-quo” – A reação à mudança já é bem conhecida, quando mesmo
diante de melhores opções evidentes, a pessoa prefere ficar como está. O
que a neurociência confirma é que o hábito organiza-se em redes neurais mais ou
menos permanentes, pois o cérebro se mostra “econômico” e “preguiçoso”,
preferindo os caminhos que dão menos trabalho e gastam menos energia, não
necessariamente, as melhores decisões para cada momento. É preciso lembrar
desta informação sempre que for necessário produzir uma mudança no grupo, pois
o pessoal não é necessariamente teimoso ou defensivo por má fé. Para uma
mudança avançar precisa primeiro garantir o status das pessoas, depois dar certeza
e segurança a elas, além de oferecer autonomia, melhoria de relacionamentos com
os companheiros e de mostrar equidade e tratamento justo.
- A
armadilha das aparências – Na Universidade de Stanford onde está um dos
mais importantes centros de pesquisa sobre neurociências foi realizado um
estudo em que mostra que na grande maioria dos casos analisados, candidatos aprovados
em diferentes vagas tiveram melhores notas nas entrevistas do que em provas,
constatando que aparência e desempenho é que garantiram as vagas. Isso mostra
que alguns sistemas cerebrais fazem com que seja escolhido o candidato errado
nas seleções que envolvem percepção. Uma lista de atributos e realizações, um
rol de qualificações, além do currículo, permite uma comparação mais racional
entre os candidatos, antes mesmo das entrevistas pessoais.
Há um volume muito grande de informações
que podem dar mais racionalidade às decisões e ao dia a dia das pessoas,
permitindo escapar das armadilhas do cérebro, dos vícios, das percepções equivocadas
e dos hábitos. Podemos voltar ao assunto na próxima semana.
Um abraço a todos!
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